Beside You ☁ h.s.

Chapter forty-nine. (√)

POV Emma Walles 

"Menina Walles, temos más notícias." O mesmo informa-me, deixando um pouco confusa, esquisita e mais outros sentimentos que eu não conseguia explicar naquele momento.

"O que se passa?" Harry pergunta rapidamente, deixando-me espantada pois ainda a minutos estava perdido nos seus pensamentos. Claro que para mim não era normal estar acompanhada nas consultas, o que fez com que o médico me mandasse um olhar confuso, ao reparar que estava acompanhada por alguém. 

O médico suspirou, como se estivesse a preparar para dizer o que tinha a dizer, deixando-me ainda com mais medo. "Tenha calma, senhor." O médico pediu calmamente, mas calma era a última coisa que corria pelas veias de Harry naquele momento. Eu podia ser a sua mão, que se encontrava ainda entrelaçada na minha, que a mesma tremia um pouco, deixando-me a perceber que o mesmo se encontrava com medo. Mais do que eu. 

Mordi o lábio, não sabendo o que fazer ao certo. "Ambos precisam de ter calma, o que eu tenho para dizer não é assim tão fácil de dizer." O médico tentou explicar-se. 

Harry revirou os olhos. "Eu estou calmo." Harry respondeu, com a sua voz rouca. A voz que me tanto trazia prazer. Mesmo que eu nunca irei admitir tal coisa, a sua voz de certa maneira que me trazia arrepios de prazer, algo ao qual eu não estava habituada. "Comece logo de uma vez, eu não consigo lidar com suspense." Harry prenunciou, um pouco irritado. 

Harry e eu estávamos a espera de respostas. Para alem disso, o médico ainda a minutos atrás referiu que as notícias que tinha, não eram boas o que apenas fez com que nos ambos ficássemos ainda com mais medo do que estivesse para vir. Das respostas que eu estava a espera a quase três meses. Três dolorosos meses, que passaram dolorosamente devagar. 

"Bem, o cancro alastrou-se mais um pouco." Diz enquanto pousa o seu olhar nos variados papeis que se encontravam nas suas mãos sabendo que são apenas o resultado de todos os exames que eu fiz hoje. Se eu iria morrer, eu iria morrer. 

"Isso significa o que?" Harry pergunta, deixando-me desconfortável. Eu não queria que ele soubesse mesmo o que se passava. Eu só lhe contei que tinha um cancro e não um cancro terminal no coração que apenas me dá mais 3 ou menos meses de vida. 

"A menina Walles terá agora um prazo mais.." O médico fez uma pequena pausa para tentar escolher as palavras certas. "Limitado de certo modo. Um prazo mais curto do que havíamos dado." Finalizou, deixando assim o que rapaz sentado ao meu lado ainda mais confuso. 

"De quanto tempo?" Harry perguntou ao médico, o qual pousou o seu olhar em mim, perguntando-me se podia contar ao meu rapaz, quando tempo eu tinha. "Cerca de um mês." Respondeu e apenas numa fracção de segundos. Harry levantou-se, encostando-se a parede em frente a mim, com a sua cara virada para a parede, não me dando oportunidade de ver o que o mesmo estava a sentir naquele momento. O que me deixou com medo. 

"Como é que tu pudeste esconder isso de mim, Emma?" Harry perguntou, num tom decepcionado, virando-se agora para mim, dando-me oportunidade de ver o seu rosto. "Como?!" Mencionei, implorando por uma resposta ou reação vinda de mim. 

"Eu vou-vos deixar sozinhos, acho que precisavam de espaço." O médico murmuro, retirando-se rapidamente da sala. 

(...) weeks later (...)

Era hoje que eu iria ter o dia mais feliz da minha vida, especialmente porque iria ser com Harry. Desde a nossa pequena discussão no consultório, a minha vida mudou de alguma maneira. Harry acabou por entender a razão pela qual eu lhe escondi o tempo que eu tinha para viver e que realmente não iria conseguir por mudar o futuro e fazer com que vivesse durante mais tempo. Mesmo assim, forçando-me a fazer alguns tratamentos, que iriam acabar por me dar um prazo mais longo. Talvez porque ele realmente precisava de mim ao seu lado. 

"Vamos fazer um piquenique e depois vamos comer uns gelados!" Harry prenunciou alegremente. "Depois vamos passear a beira mar!" Acrescentou, fazendo com que eu apenas me risse por causa do seu entusiasmo.

"O que se passa contigo?" Pergunto, com um sorriso no rosto e com o olhar parado nele ainda confusa. Afinal, porque é que estava assim tão contente? "Estás tão contente, por alguma razão é!" Sorri, esperando por uma resposta. 

"Apenas gosto de sair de casa e ir passear contigo, nos acabamos sempre por nos divertir bastante." Responde. "Mas antes temos que passar pelo super-mercado aqui perto, esqueci-me de comprar bebidas." Acrescentou, com um sorriso enorme no seu rosto.