Beside You ☁ h.s.

Chapter forty-five. (√)

POV Emma Walles

Abri levemente os olhos, fechando-se rapidamente novamente por causa dos raios de sol que iluminavam o quarto. Estendi o meu braço, esperando sentir assim o corpo de Harry, mas acabando por sentir nada, o que fez com que eu suspirasse fundo, sabendo perfeitamente que isso iria acabar por acontecer. Sentei-me na cama, um pouco desiludida comigo mesma, por ter deixado algo deste género ter acontecido. 

Levantei-me lentamente da minha cama, observando a confusão no meu quarto, por causa do que aconteceu ontem, tentando ao mesmo tempo encontrar alguma pista de onde ele poderia estar, algo que apenas acabou em um tremendo falhanço, pois não consegui encontrar nada. Caminho até ao espelho que se encontrava na casa de banho, no meu quarto, acabando por desviar o meu olhar para o meu corpo, descobrindo que vergava uma camisola de mangas curta branca enorme, mas que com o meu peito e as minhas curvas, faziam com que fosse um pouco mais curta e mais justa. 

Eu não tinha um corpo de modelo, ou igual aquelas raparigas nas capas de revista que provavelmente  sofrem de algum problema de anorexia ou simplesmente que não estão saudáveis, para além disso, para mim esse não é o corpo perfeito. 

Suspiro, perguntando-me a mim mesma se assim que adormeci nos braços de Harry, depois da noite que ambos presenciamos ele me tinha vestido esta camisola de manga curta e as cuecas que vergava, algo que fez com que apenas revirasse os olhos. 

"Harry?" Chamo o seu nome, suficientemente algo para que o mesmo pudesse ouvir, em qualquer lado do meu apartamento, mas nenhuma resposta foi ouvida, mas mesmo assim eu precisava de ter a certeza que ele me tinha deixado. Eu sei que ele nunca iria fazer tal coisa. 

Prendo o meu cabelo, num coque despenteado, saindo do meu quarto, caminhando até a cozinha, não vendo Harry em qualquer lado. 

"Já acordaste." Ouço uma voz junto ao meu ouvido, sentido as mãos do mesmo na minha cintura, que depositou de seguida um beijo no meu ombro. Conseguindo sentir o seu perfume, que conseguia identificar a metros.  

"Eu acordei e não te senti ao meu lado." Mordi o lábio, virando-me assim para o mesmo, para o poder olhar nos olhos e para poder observar o seu belo rosto. "Então vim a tua procura." Explico. 

Harry sorri. "Apenas fui fumar um cigarro e a varanda, enquanto apreciava a bela vista que tens." Explicou-se, unindo os nossos lábios, conseguindo saborear o saber a menta, que suponho que o mesmo tenha lavado os seus dentes, assim que tenha acabado de fumar, para eu não acabar por levar com o cheiro a nicotina. Um sabor doce

"Oh, okay." Respondo, sorrindo de volta. Apenas ficando a observar os seus olhos, que apenas se pareciam com rubis que foram delicadamente esculpidos. "Ja tomas-te o pequeno-almoço?" Pergunto. "Estou com fome." Acrescento. 

"Ainda não." Responde. "Eu estava a espera que acordasses para irmos tomar o pequeno-almoço fora ou assim." Acrescenta enquanto depositava vários beijos meu pelo rosto, fazendo rir. 

"Por mim, tudo bem." Sorri. "Oh, eu tenho algumas coisas combinadas para a hora de almoço." Prenunciei, mordendo o lábio de seguida, com medo que Harry começasse a perguntar sobre o que eu tinha planeado, pois sinceramente não lhe queria contar que tenho consultas diárias no hospital, por causa do problema que tenho.

"E será que posso saber quais coisas?" Ele perguntou, num tom sensual, sem saber do que se tratava, deixando-me um pouco com medo. Eu penso que Anne tenha dito ao seu filho, porque não lhe conseguia guardar tal coisa, que eu andava a ter algumas consultas e que estava doente, mas eu não tenho a certeza sobre isso, portanto não queria arriscar muito. 

Minutos se passaram e eu continuei sem prenunciar qualquer resposta, o que o deixou confuso. Eu conseguia ler isso pela sua expressão facial. Ele sabia que algo se estava a passar, mas também tinha medo do que fosse. 

"O que me estás a esconder, Emma?" Perguntou, sem nunca tirar os seus olhos de mim, esperando uma resposta vinda de mim,  que esclarecesse a razão pela qual eu não lhe quiz responder. 

"Eu não te estou a esconder nada." Prenunciei, mentindo descaradamente, saindo do aconchego dos seus braços, caminhando assim até ao eu frigorífico, para não precisar de o encarar, pois acabaria por apenas lhe contar a verdade. 

"Se tu não estivesses a esconder algo, tu não irias fugir de mim, como tu acabaste de fazer, Emma." Ele suspirou, um pouco chateado e talvez desiludido comigo. "Conta-me o que se passa." Quase que implorou. "Eu odeio que me escondam coisas!" Afirmou, um pouco chateado. 

"A vida é minha, eu posso esconder o que me apetecer!" Defendi-me. "Tu não necessitas de agir como se fosses meu pai." Acrescentei, sentando-me no sofá, começando assim a chorar. 

Eu não conseguia aguentar mais as lágrimas que tenho contido durante os últimos meses. E para além disso, todas as vezes que tinha que falar sobre a minha doença, eu acabava sempre por começar a chorar, porque todas as consultas me faziam ficar ainda mais nervosa e com medo que a minha vida fosse acabar em alguns anos, meses ou semanas. Eu tinha medo de não conseguir construir uma família e de não conseguir alcançar tudo o que tenho planeado para o meu futuro. 

"O que se passa, Emma?" Harry perguntou, sentando-se ao meu lado, puxando-me para os seus braços, para me abraçar, mas eu apenas me afastei. "Tu passaste-te?!" Prenunciou, um pouco chateado. 

"Tu não sabes o que se esta a passar, por favor cala-te!" Implorei, aninhando-me, limpando as lágrimas que escorriam pelo meu rosto. 

Obviamente que eu não queria ter falado com ele daquela maneira, mas eu simplesmente não conseguia ligar com o seu estava a passar, tudo ao mesmo tempo. Eu não estava pronta para tudo isto. Eu sinto-me perdida e como se estivesse a ser torturada todos os dias. 
Eu já me perguntei se estava a dar em louca. As consultas diárias e os resultados que nunca me eram mostrados, apenas faziam com que eu ganhasse mais medo, todos os dias.