Cap. 29

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Eu mexi um pouco mais no Instagram, só que não demorou muito pra tia Gi chamar nós três pra comer, eu a mais morta de fome, lógico que corri pra mesa.

A comida da tia Gi é incrível, do tipo que você abre o zíper da calça jeans pra continuar comendo.

Raul : Tá boa a comida da sogra Anna ?

Tio Cláudio : Você tá namorando com um dos meus filhos Anna ?

- Não tio, é só uma brincadeira nossa.

Raul : Mas bem que o Ricardo queria

Ricardo : Eu estou quieto, não me mete.

Terminamos de comer sem conversar muito e por estar podre de cansada e de barriga cheia eu resolvi ir para o quarto.

Já tava deitada a alguns minutos quando escuto a porta abrir, olhei para ela vendo o Ricardo entrar e logo se acomodar no espaço vazio no meu lado na cama. Passamos os dois a olhar para o teto, em silêncio, até Ricardo quebra-lo

Ricardo: Você já passou a ficar confusa sobre uma coisa que sempre pareceu certa como era na sua vida Anna ?

- Eu acho que sim, porque da pergunta Rick?

Ricardo: Nada não, só curiosidade. O que acha de irmos pra varanda ?

- Nossa, eu nem lembro a última vez em que eu fui na varanda dessa casa, lembro de nós dois e o Raul brincando naquele lugar.

Ricardo: Pois é, foram bons tempos, sempre fomos um trio, desde pequenos, nós nos conhecemos naquela confraternização dos professores, nossas mães nunca tinha nos levado mas resolveram combinar de levar nós três.

– Desde então somos nós três, juntos pra tudo, eu lembro de todas as vezes que vocês estiveram juntos comigo.

Raul: Ei, tá rolando um momento nostalgia ? Lembra quando eu dei dicas pra Anna pra ela dar o primeiro beijo ? Eu lembro que você ficou bravo comigo por um tempão mano, porque nossa 'Aninha' não podia nem saber o que era isso.

Ricardo : E quando nós fomos escondidos para aquele circo e o atirador de facas escolheu a Anna como voluntária, nós não queríamos deixar você ir com medo de você morrer e todo mundo levar bronca.

– VOCÊ TAVA PREOCUPADO COM A BRONCA RICARDO ? EU IA MORRER SEU FILHO DE UMA BOA MÃE DESGRAÇADO.

Os dois gargalhavam e eu tentei manter a pose de brava que infelizmente não durou muito e comecei a gargalhar com eles.

Ricardo: Vamos logo pra varanda !

Ele se levantou e eu e o Raul o seguimos até a varanda da casa.

Assim que chegou o Raul se jogou em um pequeno sofá, sobrando só a rede para eu e o Ricardo dividirmos.

Eu acabei deitando com a cabeça apoiada no abdômen do Ricardo e ele fazia carinho no meu cabelo.

E ficamos nós, os três, olhando o por do sol, apenas admirando estar naquele lugar.

Eu senti o Ricardo me puxando pra cima, como se quisesse que eu o olhasse, me virei tentando não desequilibrar e cair da rede.

Assim que olhei pra ele vi que ele me encarava de uma forma estranha.

E movimentou a boca como se fosse falar algo mas não saiu som nenhum quando ele murmurou um "Me desculpa por isso"

E então eu senti os seus lábios nos meus, ele estava me beijando, era o que eu menos esperava.

Ele colocou uma mão no meu pescoço e outra na minha cintura me trazendo mais para perto (como se isso fosse possível) sem nunca quebrar o beijo, o beijo apesar de lento carregava um pouco de desespero.

Assim que nossos lábios se afastaram pela falta de ar, o Ricardo me olhou e assim que iria abrir a boca para falar algo eu coloquei meu dedo entre seus lábios, em sinal para que ficasse quieto, e novamente juntei nossas bocas, dessa vez começando o beijo, senti ele sorrir. Era como se soubéssemos que isso hora ou outra ia acontecer.

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⏰ Última atualização: Apr 14, 2018 ⏰

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