Conqueror

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Harry acordou cedo naquela manhã. Foi muito difícil sair dos braços quentinhos de Draco e ir até a cozinha - de onde vinha barulhos e gemidos duvidosos, que Harry tinha medo de descobrir de quem eram.

- AH, MEU DEUS DO CÉU! - Gritou, cobrindo os olhos com as mãos depois de jogar uma almofada nos pais, que se beijavam fervorosamente, apoiados na ilha da cozinha. - Eu já pedi pra vocês fazerem isso em um quarto!

- Desculpe, filho - Sirius desceu da ilha, com um sorriso sacana no rosto jovial. Harry conhecia bem aquela cara do padrasto, e sabia que ele não se arrependia de nada; Lupin estava completamente diferente. Seu rosto cheio de cicatrizes estava extremamente vermelho, como um tomatinho.

- Pai, achei que você já tivesse uma ideia do quão desconfortável é encontrar vocês quase transando na cozinha. - Andou até o armário, pegou duas canecas e encheu de água, colocando por alguns segundos no micro-ondas. Podia sentir o olhar de seus pais nas suas costas, mas não se importou.

- Quer ajuda com algo? - Lupin perguntou, se colocando ao lado do filho com uma caixinha cheia de sachês de chá na mão.

- Verde, por favor. - Estendeu a mão, pegando o sachê da mão do pai. - Ele não estava muito bem ontem. Sabem, o pai dele fez coisas horríveis, e ele tem machucados abertos nas costas até agora.

Suspirou.

Pode sentir seus pais entristecerem-se atrás de si, e achou que talvez fosse melhor conversar sobre outra coisa - mas sobre o que conversaria? Sua mente estava completamente lotada de pensamentos sobre o namorado.

- Lucius está preso, meu pequeno. Ele tem muitos anos de cadeia para pensar sobre o que fez. - Lupin começou a mexer nos cabelos rebeldes do filho, pois sabia que aquilo acalmava o coração agitado de sua criança (talvez não tão criança quanto ele imaginava).

- Eu sei. - Suspirou novamente, tirando as canecas do micro-ondas para colocar o chá em seguida.

Sirius andou até o filho e passou a mão nas suas costas, sentindo a tensão nos músculos do jovem.

- Filho, faz o seguinte. Vai no seu quarto, dá um beijo de bom dia no seu namorado e enche ele de carinho. É tudo o que ele precisa nesse momento difícil. Nós terminamos o café de vocês dois. - Empurrou o filho para as escadas, sorrindo com animação. Harry revirou os olhos, mas riu no caminho do quarto.

Puxou a manga do pijama para baixo, se sentindo nervoso ao encarar a porta do quarto. Nunca sabia como conversar com Draco sobre o assunto "família", pois sempre achou que estava invadindo a privacidade do namorado, mas naquele momento era preciso.

Entrou no quarto e andou calmamente até a cama, encontrando um Draco enrolado nas cobertas e agarrado à um travesseiro. Seu corpo estava nu e cheio de marcas das chibatadas horríveis que seu pai lhe "presenteou".

Tocou o rosto claro do namorado, vendo o contraste entre suas peles. Harry, que tinha sua pele com cor de chocolate ao leite, era completamente o oposto de Draco, que parecia uma folha de papel.

- Hey, meu amor. Bom dia - Beijou a ponta do nariz do parceiro, que sorriu no sono. - Seu dorminhoco. Acorde.

Os olhos cinzas apareceram, sonolentos, focados em Harry. Draco bocejou e enrolou os cabelos do moreno nos dedos, com um sorriso pequeno e insistente no rosto.

- Bom dia, Potty - Levantou o rosto e deu um beijo nos lábios do namorado, que retribuiu com carinho.

- Está tudo bem? - Harry passou os dedos levemente pelo pescoço do namorado, vendo os pelos claros se arrepiarem.

- Estou melhor. Seu pai tem remédios bons pra dor. - Voltou a se deitar, mas não deixou o contato físico com o namorado terminar. Segurava firmemente a mão do parceiro.

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