Draco vestia uma camisa de aspecto velho e com listras cor salmão. Sua pele branquinha fazia contraste com a grama, mas era algo que agradava os olhos de Harry, que observava o namorado de longe.
O céu estava em um tom forte de rosa e azul, uma visão quase poética e calorosa.
- O que você tanto observa, amor? - A voz de Draco retirou Harry de seus devaneios.
- Pensando, apenas. - Sorriu. Andou na direção do namorado, sentou ao seu lado e fechou os olhos, apenas sentindo a brisa morna da primavera.
- E você gostaria de compartilhar? - Ouviu uma risada nasalada. Seu sorriso aumentou e, sentindo sua alma leve, se deitou na grama.
- Fico muito feliz em te ver bem. Acho que nunca vi seus olhos brilharem tanto - beliscou levemente o nariz do namorado, que riu baixinho - Sua risada é tão bonita...
- Pare, Potter. Vou ficar da cor dos cabelos do Weasel. - Cobriu o rosto com os braços, fazendo a camisa levantar e deixar sua barriga magra e cheia de cicatrizes a mostra.
- Agora são só marcas do passado. - Harry tocou a maior delas, que era mais grossa que seu dedo. Draco se encolheu e soltou um riso engasgado.
- Harry James Potter, não ouse... - O loiro semicerrou os olhos, olhando para o namorado em um tom acusatório.
- Não ouse o que, Draco? - Os dedos se mexeram, o que fez Draco se encolher e rir como uma criança.
- Pare! Harryyy... - Com a respiração ofegante, conseguiu prender as mãos do moreno nas suas.
- Seu sorriso também é lindo. Deus, tudo em você é lindo. - Seus olhos verdes e apaixonados não desgrudavam do sorriso envergonhado do namorado.
- Eu namoro um grande poeta. - Draco brincou, puxando o zíper do casado de Harry para cima e para baixo.
- É só o que eu penso. - Um sorriso delicado tomou posse dos lábios inchados de Harry, e o loiro se esticou para tocar os lábios delicadamente nos do mais novo.
- Gosto dos seus pensamentos - Levantou os olhos para o céu, que escurecia lentamente - Acho que eu nunca parei para observar o céu. Sempre tive muita coisa na cabeça para notar o quão incrível é essa visão da lua e das estrelas.
Harry olhou para o céu, com um o peito aquecido. Uma imagem fixa veio na sua cabeça, e ele não conseguiu evitar o riso que lhe saiu pela garganta.
- Você falou igual a Luna. - Se virou para o namorado, que que fechou os olhos por alguns momentos.
- Faz muito tempo que não falo com ela. Sinto falta das loucuras que ela diz. - Se levantou, estendendo a mão para Harry se levantar também.
- Onde você quer ir? - Aceitou a mão, andando com o namorado até o portão do jardim, que levava até a rua.
- Quero fazer algo que faça com que eu me sinta vivo. - Andou rapidamente pela rua, pulando as linhas da calçada.
- Você fica tão fofo desse jeito. - Comentou o moreno, levantando os óculos no nariz.
- Minha mãe brincava comigo quando a gente saía para caminhar. Era raro quando acontecia, mas era muito bom. - Draco parou. Encolheu os ombros, o corpo tremendo levemente.
- Ah, amor - abraçou o corpo do maior por trás, ficando na ponta dos pés para apoiar a cabeça em seu ombro - A gente vai conseguir tirar ela de lá.
- Não sei se quero. - suspirou - Ela vai ficar melhor com ajuda. Eu já me sinto um peso enorme para você, imagine eu e minha mãe juntos.
- O que você escolher está bom para mim, Dray. - Puxou o braço do namorado, andando calmamente ao seu lado enquanto observava a rua.
- Obrigado - o loiro murmurou baixinho, e Harry apenas sorriu em resposta.
Um toque de celular distraiu o moreno, que atendeu rapidamente ao ver o nome de Sirius na tela.
- Pai? Oi! - Passou o braço livre pela cintura de Draco, que ficou tão próximo do namorado que conseguiu ouvir cada palavra do sogro.
- Onde você tá, menino? - a voz escandalosa de Sirius fez Draco rir - E levou o loirinho com você!
- Estamos dando uma volta. Achei que você estivesse tendo um "jantar romântico" com o papai. - Sirius quase gritou ao responder aquele comentário.
- Você conjugou certo, eu estava! Mas um certo filho meu decidiu sair de casa e não responder as mensagens. - Harry ouviu o padrasto bufar.
- Desculpe. Nós voltaremos pra casa já já. - Se despediu do pai, sorrindo ao guardar o celular.
Draco sentiu certa inveja. Ele gostaria que seu pai fosse daquele jeito - assim, talvez, ele tivesse uma vida normal.
Quase se bateu por pensar daquele jeito. Não devia ter inveja, afinal, se é assim, é porque era para ser. Se apertou mais contra os braços de Harry.
- Eu te amo. - Beijou a testa do rapaz. Cuidadosamente, passou o nariz pela bela cicatriz de raio na testa do mais novo.
- Eu também te amo. - Harry passou os dedos pelo colarinho da camisa de Draco, que cruzou os braços e olhou distraidamente o cabelo bagunçado e cacheado do homem na sua frente.
- Está tudo bem? - Harry perguntou, de cenho franzido.
Draco tirou um segundo para pensar. Não podia responder um simples "não" e sair andando - era com seu namorado que estava falando, e falar que sim seria uma mentira descarada.
Optou por suspirar e negar com a cabeça, o que considerava uma maneira delicada de dizer que não queria conversar sobre o assunto.
- Vamos pra casa. - Segurou a mão do moreno, se deliciando com as pele quente do rapaz.
Harry levantou a mão, tocando delicadamente o rosto fino de Draco. O loiro fechou os olhos e inclinou a cabeça contra a mão do mais novo.
Se aproximaram cada vez mais - primeiro, tocaram o nariz calmamente, respirando o mesmo ar; depois, tocaram os lábios, de uma maneira tão delicada que mal sentiram; então, abriram as bocas e deixaram as línguas se encontrarem e se entrelaçarem de seu próprio jeito.
Podia estar um frio do caramba lá fora - a única coisa que importava para os dois era a maneira deliciosa que suas bocas se encaixavam e como suas línguas escorregavam uma contra a outra.
Se afastaram. Um fio de saliva era a única coisa que unia as bocas inchadas e molhadas.
- Sim. Vamos para casa.
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OI PESSOAR
Então, eu sinto muito pela demora desse novo cap
Bom, quem acompanha minha outra fic sabe que eu tive problemas de estômago (ainda tenho) e fiquei internado por um tempo. Não estive muito criativo pra postar, então eu sei que esse capítulo tá bem fraquinho, mas eu prometo compensar vocês!
Obrigado por lerem<3
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Conqueror
RomanceHarry, com seus 19 anos, era, aparentemente, feliz aos olhos alheios; o que era mentira. Tinha amigos, pais maravilhosos e um namorado incrível que lhe fazia muito bem. Porém, seu namorado sofria com um peso horrível chamado "relacionamento abusivo...