Faces De Vidro

O assassino

                Todos esperavam Thomas se manifestar e falar quem era o assassino, o medo estava estampado na cara de cada um, eles pareciam não querer saber da verdade, mas era preciso doesse a quem doesse. O punhal estava exposto sobre a mesa para todos verem e logo foi relacionado que aquilo era a arma que usaram para matar Nathan. O clima tinha ficado tenso, os corações estavam a mil, tanto do culpado como também de quem não era, pois o medo de saber era grande.

-Primeiramente quero dizer que foi difícil, todos vocês tinha motivos para ter cometido o assassinato, inclusive eu, não nego, mas foram pequenos detalhes que me levaram ao assassino. –Thomas falava com total convicção de suas palavras, ele esperava que o assassino se manifestasse de alguma forma antes de ele citar o nome, mas primeiro iria expor os fatos até que não restasse mais dúvidas. –Ele como todos tinha motivo, mas o que lhe levou a matar não foi os motivos expostos por ele e sim aquilo que ele anda atrás ainda hoje. John tinha todos os motivos e razões para cometer tal ato, cheguei a pensar que foi ele em um determinado tempo, pois tudo apontava que era ela, mas depois mudei de opinião e fiquei dividido entre ele e Cassandra que diferente dele ansiava pela morte de Nathan. Lucio sempre foi o mais relaxado desde que chegou, ele quase me ludibriou, mas meus argumentos tem lógica e são válidos. Nathan namorava e tinha um relacionamento com Alana filha de Lucio, John até poderia ter matado ele por ciúmes, já Cassandra poderia ter matado por causa do estupro, mas Lucio o matou por causa da fazenda. –Todos olharam para Lucio que suava, este por sua vez não tinha para onde correr.

-Isso só pode ser um engano, eu não matei ninguém. –Disse Lucio Tremendo.

-Claro que matou Lucio. Vocês lembram das histórias sobre essa fazenda que nossos pais e velho Chico nos contavam, que essas terras eram ricas em diamantes e valiam bilhões de dólares? Você lembra seu Chico? –Lucio olhava fixamente para Thomas com um olhar de raiva ameaçador, Thomas como precaução tira sua arma e aponta para Lucio. –Lembro sim, a história é verídica. Minha família mora nessa fazenda há cinco gerações e eles guardam esse segredo desde que os índios foram expulsos daqui. Essa fazenda é rica em diamantes e outras pedras preciosas. –Disse velho chico aos outros enquanto iam ligando os fatos.

-Assim que eu vi o punhal e lembrei das histórias e de outros fatos, tudo fez sentido. Lucio sabia que a fazenda valia milhões, ele queria nos comprar a fazenda por uma ninharia e iria ficar com os milhões para ele. Como ele está falido, essa foi a única solução que ele encontrou para sair da crise, por isso que nesses sete anos sua filha nunca se casou. Ela não precisava, pois ele já tinha tudo armado para sair da crise. Ele comprava a fazenda por uma ninharia e no final depois que a fazenda fosse só dele ele pagaria suas dividas, recuperaria seu banco e suas propriedades, ele nunca quis a fazenda por valor sentimental e sim econômico.

-Mas onde Nathan entra nisso? –Disse John Chorando.

-Nathan por intermédio de Alana soube que Lucio estava falido. –Disse Thomas apontando a arma para Lucio.

-Mas por que Nathan ambicioso como era sabendo que Lucio estava falido continuo com Alana? –Indagou Cassandra. –Naturalmente ele procuraria outra mulher rica.

-Sim Cassandra, mas ele sabia dos planos de Lucio, talvez tenha ouvido alguma conversa dele, mas Lucio vai nos dizer, o fato é que ele sabia dos planos de Lucio e ambicioso como era, talvez tenha compactuado com Lucio e lhe chantageado com uma boa parte dos milhões da fazenda. Naquele dia de chuva talvez em uma discursão, ambos se desentenderam e Lucio avarento como é, não aceitaria dividir os diamantes com Nathan, então Nathan enfurecido obviamente saiu foi em direção a porta e foi aí que Lucio lhe atacou por trás e lhe esfaqueou, por isso o corpo foi encontrado em direção a porta e perfurado pelas costas. Após isso Lucio teve tempo de sair pela janela despercebido e como meu cavalo tinha fugido assustado com as trovoadas segundo seu Chico, então meu cavalo fugiu para a casa grande bem no momento que Lucio saia pela janela e então Lucio o pegou e saiu montado nele, por isso seu Chico o viu chegando ao estábulo com meu cavalo, então Lucio se molhou na tempestade, tirou seu casaco e o enterrou com a arma do crime, foi o ultimo a chegar e disse que estava cavalgando, mas suas mãos naquele dia estavam sujas de sangue, eu lhe perguntei o que era e ele me disse que tinha se ferido, contudo, após descobrir que foi ele quem matou, o sangue obviamente era de Nathan. Por último a arma do crime só poderia ser de Lucio. Seu chico disse que estava enterrada, ou seja, se fosse uma faca comum, em cinco anos ela estaria toda enferrujada, mas era uma faca de ouro e prata, por isso se manteu conservada, então quem de nós tinha dinheiro suficiente para possuir uma faca de ouro e prata. O único com dinheiro e luxúria para possuir um punhal assim é você Lucio.

Todos estavam convencido de que o assassino era Lucio, não havia mais dúvidas da veracidade das provas e dos argumentos. Lucio seria preso e enforcado segundo o estatuto da época. Lucio não deixaria isso acontecer tão fácil, ele perderia tudo o que conquistou. Com um pouco de agilidade ele pega o punhal em cima da mesa e então segura velho Chico com o punhal em seu pescoço ameaçando lhe matar. –Sim fui eu, Nathan não era nada, ele não merecia tocar em um só centavo das riquezas dessa fazenda. Thomas larga a arma ou eu mato o velho.

-Lucio não faça isso. –Disse Cassandra.

-Que Deus tenha pena da sua alma filho, se arrependa, enquanto há vida há esperança. Se arrependa antes que mora. –Disse John segurando seu rosário.

Antes que Thomas pudesse largar a arma, seu Chico tira uma pequena navalha de seu bolso na qual ele carregava para todos os lados e então perfura uma das pernas de Lucio com a intenção de fazer o mesmo lhe soltar, porém o pior acontece, Lucio por instinto corta o pescoço do velho que morre em seguida. Thomas sem pensar ao ver o corpo do velho caído atira duas vezes em Lucio que cai morto em seguida.

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