Drunk In Love

"If you don't want sex, don't tease me"

Depois daquele feriado, não voltei a falar com Luke, e isso deixou-me inquieta. Não o vi na universidade. Até um dia. Estava a ir para a sala onde ia ter Alemão III, já atrasada e com o passo apressado porque provavelmente já não apanhava lugar nas primeiras filas e ele apareceu a minha frente. 

"Olá, já não te via a algum tempo.", falou rápido e com um sorriso nos lábios.
"É, digo o mesmo. Mas Luke, estou atrasada para a aula, falamos depois.", tentei passar por ele, mas era como se ele soubesse todos os movimentos que eu ia fazer e voltou a ficar a minha frente.
"Faltares a uma aula não te vai matar.", disse ele num tom de brincadeira.
"Sim, eu sei. Mas não gosto de faltar as aulas.", digo num tom monótono.
"Só de manhã, a tarde, fazes o que quiseres.", sorriu e arrastou-me dali para fora sem me dar tempo de formular uma resposta para lhe dar. 

Apesar de todos os meus protestos, levou-me até ao seu carro e trancou-me lá dentro depois de entrar neste.
"Prometo-te que não te vais arrepender.", ligou o carro e saímos do parque de estacionamento da universidade. 

***

Estava silêncio, não se ouvia a minha voz ou a voz do Luke. Nem mesmo música.
Ele conduzia bem, como se já fizesse aquilo a centenas de anos e conhecesse os caminhos por onde andamos de cor. 

"Tive saudades tuas.", murmurou ele e olhou-me pelo canto do olho.
Arregalei um pouco os olhos mas não lhe respondi. Para ser sincera, não sabia muito bem o que lhe responder. 

"Diz-me que não estás chateada comigo.", afirmou ele num tom de gonzo. Só me apetecia bater-lhe e depois, ao virar a cara para o olhar nos olhos, essa vontade enorme de lhe bater passou a uma vontade enorme de o beijar. Foi instantâneo.
Ele parou o carro na beira da estrada e eu tirei o sinto. Inclinei-me um pouco para ele e sussurrei-lhe ao ouvido: "Se não queres que fique chateada contigo, faz com que esta manha valha a pena.", mordi-lhe o lóbulo da orelha levemente depois de pronunciar estas palavras no tom mais sexy que consegui fazer. 

A meu ver, acho que o deixei um pouco excitado porque ficou de queixo caído e sem resposta.
Ainda não sei como, mas levantei-me desajeitadamente e sentei-me no colo dele. Meti os meus braços a volta do pescoço e dele voltei a murmurar-lhe ao ouvido: "Não quero sexo. Surpreende-me.", deitei a minha cabeça no seu ombro e colei os meus lábios ao seu pescoço deixando de vez em quando beijos na sua pele exposta. 

"Se não queres sexo, é melhor não me provocares", disse ele depois de dar um beijo delicado na minha bochecha.  
"Mas eu quero provocar-te. Quero ver até que ponto aguentas.", sorri docemente e dei-lhe um beijo nos lábios. Um beijo rápido.  

Ele sorriu e não respondeu, ficou simplesmente a olhar para mim. 

"A Malia disse alguma coisa quando me viu sair do teu apartamento?"
"Não.", fiz uma pausa, "Até ir ao meu quarto e encontrar um pacote de preservativo no chão.", ri ao lembrar-me do momento. Ele sorriu, "Ah, ela mandou-me dar-te os parabéns porque, segundo ela, não é qualquer um que usa um XL.", tapei a cara com as mãos talvez por embaraço por ter acabado de dizer aquilo.
"Diz-lhe que agradeço e sim, ela tem razão, não é para qualquer um.", piscou-me o olho e depois começou a brincar com a pequena argola preta que tinha no lábio.
Sempre que estou com ele, a vontade de o beijar é tão grande que tenho medo de me descontrolar a qualquer momento. Aquela argola também não ajuda muito. 

"Estive a pensar, e uma coisa que eu adorava fazer na vida, era sexo contigo numa banheira ou na praia, de noite de preferência.", disse Luke enquanto brincava com a ponta dos meus cabelos, parando segundos depois para olhar para a minha expressão.
"Sempre a surpreender-me, Hemmings.", disse eu com um sorriso nos lábios, pode-se dizer que era um sorriso parvo porque talvez eu própria também quisesse que isso acontece-se, "Devo sair de cima de ti para continuar-mos a nossa viagem?", disse eu.
"Faço o que quiseres, esta manha mandas em mim. Todo eu a tua disposição.", sorriu presunçosamente e puxou-me, delicadamente, para si. 

Ri-me e por muito que quisesse continuar com esta viagem, estava bem aqui com ele. Ele com o seu humor diário e eu sem saber o que lhe responder, há melhor que isso? 

"E se fossemos para a casa do lago dos meus país?", falou ele contra a minha nuca, o que me deixou levemente arrepiada.
"Pode ser.", com ajuda dele, voltei ao meu lugar e prosseguimos com a nossa viagem.

Ele abriu um pouco os vidros deixando entrar uma leve e agradável brisa de vento, de seguida ligou o rádio e uma melodia que se adequava ao ambiente em que nós os dois nos encontrávamos começou a tocar, Sweater Weather dos The Neighbourhood.
Eu adoro os The Neighbourhood, sem dúvida alguma que são das minhas bandas preferidas. 

Enquanto ele guiava, uma das suas mãos estava pousada na sua perna e, num gesto muito calmo, levou essa sua mão até a minha perna e pousou-a ai fazendo leves padrões sobre o tecido das minhas calças.
Olhei para a sua mão e senti uma necessidade enorme de pousar a minha mão sobre a dele, como se fosse uma coisa óbvia que eu tinha que fazer para mostrar que não me importava que ele tivesse a mão ali. Mas não o fiz. 

Ele olhou-me pelo canto do olho e sorriu pensando que eu não o observava.
Continuamos assim o resto da viagem, calados a ouvir as músicas que iam passando e com a mão de Luke a fazer-me leves caricias na minha perna. 

***

"Isto é tão bonito.", disse eu quando Luke me estava a abrir a porta do carro.
Ele sorriu em resposta e trancou o carro. Meteu as chaves deste no bolso das calças e começou a andar na direção de uma grande casa de madeira que se encontrava a beira de um lago. 

"Da última vez que cá estive, deixei tudo arrumado. Agora não sei se o meu irmão cá esteve.", disse ele quando chega-mos à porta de entrada. Estranhei não haver fechadura mas depois apercebi-me, quando o vi a digitar um código, que a casa tinha um sistema de segurança avançado. 

Provavelmente tiveram problema e acharam melhor assim.
Ouviu-se um click, sinal de que a porta já estava aberta e Luke empurrou-a para podermos entrar.
A casa, é sem dúvida alguma, das casas mais lindas que já vi.
A decoração não é muito complexa, mas também não é simples. 

"Bem, bem vida a casa do lago dos Hemmings.", disse Luke ao dirigir-se para o sofá. Ai sentou-se e tirou o seus Vans pretos metendo-os de lado.
Ainda estava a absorver tudo a minha volta, olhando para todos os pequenos pormenores da casa. 

"Vens sentar-te ou tenho de te ir ai buscar?", disse ele.
Reparei que ainda estava na entrada, e depois de me aperceber disso fui sentar-me no sofá no cadeirão que ficava perto do janelão da sala que dava vista para o lago.

Ele olhou para mim meio confuso, como se não percebesse o porque de eu me ter sentado longe dele.
Anui e ele logo desviou o olhar, pegando no comando para ligar a grande televisão que estava a nossa frente. 

Fez zapping durante uns segundos até encontrar um canal que lhe agradou. Eu observava atentamente cada pormenor do seu ser, desde o pequeno sorriso que se formava nos seus lábios todas as vezes que acontecia alguma coisa estúpida no programa até a maneira como ele respirava calmamente, vendo o seu peito subir e descer a um ritmo calmo. Podia ter passado horas, ou até mesmo minutos porque eu continuava a observá-lo atentamente para tentar perceber um pouco mais sobre este rapaz loiro, misterioso que conhecia numa festa.

Ele apanhou-me a olha-lo e sorriu docemente.

"Vamos até ao jardim de trás.", num movimento rápido apagou a televisão e levantou-se calçando os seus sapatos.
Fiz o mesmo que ele e segui-o até a uma porta toda de madeira que, supostamente, dava para o jardim de trás da casa.
Abriu a porta e deixou-me passar, estava a espera que fechasse a porta mas não, deixou-a aberta. 

"Dá muito trabalho ter que estar a por aquele código sempre que quero entrar em casa."

OLÁ
este capitulo está um pouco secante mas PROMETO que o próximo vai ser muito melhor! Já estou a trabalhar nele!!
Espero que gostem, votem e deixem comentários, negativos ou positivos para mim é me indiferente! 
OBRIGADA LADIES! 
bea xx