"Be careful with him."

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O jardim era lindo, tinha vários canteiros com flores de todos os tipos, formas e cores.

Ao fundo, encostado a uma vedação de camélias estava um barco de madeira que tinha escrito "Hemmings" a letras trabalhadas. O barco era branco, todo branco.

Do outra lado do jardim, havia uma árvore enorme, e escondida pelas folhas, calculei eu que fosse uma casa na árvore dele.

Havia uma zona de estar por baixo da árvore com vários sofás de rua e com uma pequena mesa no centro. 

"Até te podia levar a dar uma volta no barco pelo lago, mas isso é romântico de mais. E nós somos apenas amigos, bons amigos. Certo?", perguntou ele olhando-me. Apercebi-me que estava a espera que lhe respondesse e um simples "Sim" saiu-me pelos lábios.

Comecei a andar até as flores para as poder ver melhor. Havia algumas que eu nem sabia da sua existência. 

"Minha mãe adoro flores, devias ver o jardim da minha casa. Esta repleto delas.", comentou ele vendo que eu estava interessada nas flores.

Não lhe respondi e continuei a observar as flores. Ouvi um cantarolar baixinho vindo de trás de mim. Era Luke, estava a cantar a música que ouvimos no carro, a Sweater Weather. 

Não me atrevi a olhar para ele ou a fazer um comentário do tipo "cantas bem" ou "canta mais alto" porque sabia que ele iria fazer o contrário.

Por isso, fiquei ali a olhar para o jardim em que me encontrava e a ouvir Luke a cantarolar uma das minhas músicas preferidas.

****

Ele veio deixar-me na escola depois de almoçar-mos num pequeno café que ficava na zona da casa do lago dele.

Cheguei mesmo em cima da hora, porque estava complicado sair do carro.

Ele queria vir buscar-me depois da escola, mas eu disse que não porque tinha de estudar para o teste de condução que vou ter na sexta, e hoje já é quarta.

Ele dizia que era fácil e que me ia safar, e que normalmente não se estuda para um teste onde o que se tem de fazer é conduzir. 

Mas ele não consegui-o levar a sua avante porque acabou por responder um "Como queiras" e destrancou a porta do carro.

Cheguei a aula de Latim e por sorte, ainda não tinha começado. 

O Calum estava encostado a parede onde havia cacifos com os auscultadores nos ouvidos e reparou em mim indo na sua direção. Um sorriso apareceu-lhe formou-se nos seus lábios e retirou os auscultadores dos ouvidos.

"Allison.", cumprimentou-me sempre com o sorriso nos lábios.

"Calum. Então, está tudo bem?", encostei-me à parede a seu lado.

"Tá tudo. Faltas-te de manha, passou-se alguma coisa?", o sei tom de voz mudou de amável para meio preocupado. 

"Não, não se passou nada. Não me senti muito bem. Só isso.", falei calmamente, tentando parecer o mais natural possível. Odeio mentir ao Calum, mas se lhe dissesse que tinha faltado as aulas para ir curtir com um rapaz que conheci numa festa numa casa de fraternidade ele, muito provavelmente, me iria dizer para ter juízo e depois ia perguntar quem era o rapaz e não quero que ele saiba de nada disso. 

Pelo menos por enquanto. 

"O que é que aconteceu esta manhã? Alguma novidade?", perguntei eu.

"Na aula de história, a professor deu uma grande novidade!", disse ele meio entusiasmado, "Vai haver um baile cá na escola. Os lucros deste vão para comprar material para os alunos de Medicina."

Drunk In LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora