Três dias haviam se passado desde que minha mãe me disse que meu pai havia retornado à cidade. Ela se recusava a contar onde ele estava ou se ele havia feito algum contato, mas não me importei com isso, eu sei que mais cedo ou mais tarde ele irá aparecer, e eu vou estar preparado.
Porém eu tinha algo mais importante para me preocupar agora, pela primeira vez Enry virá pra minha casa, e meu Deus, como eu estou nervoso. Ainda estamos de suspensão, então nada de escola, e como só agora a mãe do Enry decidiu retirá-lo do castigo, ele resolveu me fazer umavisita. Minha mãe estava no tribunal trabalhando em um caso, então adivinha quem vai ter que cuidar da arrumação sozinho? Pois é, a Nana. Tá bem, eu vou ajudar, mais ou menos.
O que importa que eu nunca havia notado como minha casa era bagunçada até ver a casa do Enry. Ela era chique, enorme, elegante e alinhada. A minha casa não era de todo mal, minha mãe era promotora e ganhava bem, mas não chegava aos pés da dele. Eu não tinha vergonha, mas com certeza queria causar uma boa primeira impressão no rapaz.
Nana eu passamos toda a manhã arrumando a casa, principalmente meu quarto já que passaríamos a maior parte do tempo lá. Enry chegaria às 14:00 e quando terminamos de arrumar, uma hora antes, estávamos exaustivamente exaustos.
— Eu nunca, NUNCA mais faço uma faxina na sua casa. - Nana arfava
— Que exagero, garota, nem tava tão ruim assim.
— Não o resto da casa, mas o seu quarto? Nossa, você já ouviu falar que guarda roupa?! É aquele móvel mágico onde se coloca as roupas para que elas NÃO FIQUEM ESPALHADAS PELO CHÃO.
Olhei pra Nana e comecei a rir, na verdade nem sei do que eu tava rindo, ela falou sério.
— Você vai ficar? - perguntei.
— O que? Claro que não! Não quero atrapalhar vocês.
— Você sabe que não atrapalha. Além do mais, eu me toquei que você e o Enry ainda não foram devidamente apresentados, acho que já tá na hora de vocês se tornarem amigos também.
Ela me olhou por alguns segundos, parecia intrigada.
— É importante pra você?
— Claro que é importante pra mim. Você é minha melhor amiga, se ele não gostar de você, então não gosto dele.
Nana continuou me observando e então sorriu. Eu adorava o seu sorriso.
— Tudo bem então. Mas só um pouco. E se eu ficar segurando vela eu levanto e vou embora. - a última frase veio em tom de ameaça.
— Tá bem, tá bem. Vou tomar um banho, não demoro.
— Tá, vou em casa tomar um também e já volto.
Trinta minutos depois eu já estava pronto, coloquei uma camisa cinza simples, e uma bermuda da mesma cor. Dez minutos depois Nana chegou, deslumbrante como sempre. Não demorou muito até Enrychegar também. E como ele estava lindo, lindo como nunca, eu poderia fitar o sorriso que ele abriu quando abri a porta para sempre. Eu o amava, não tinha dúvidas disso.
— Oi. - ele disse meio acanhado
— Oi. - ficamos nos observado por algum tempo. - Vem, entra.
— Sua mãe tá aí?
— Não, ela tá no fórum, só deve voltar de noite.
— Por que não me disse logo?
Não tive tempo de argumentar. Enry já saltava no meu pescoço me dando um beijo profundo e apaixonado. Passei minhas mãos por sua cintura e me entreguei pra aquele momento de prazer. Eu sentia o gosto de sua boca, doce, como sempre e já sentia seu cheiro infestar todo meu corpo. Por um momento, como se nada mais no mundo importasse, me esqueci completamente que não estávamos sozinhos, Nana estava conosco. Mas é claro que ela me lembraria disso.
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Morfeu (Romance gay)
RomanceThomas é um garoto normal que está terminando o ensino médio. É bonito, porém inseguro. Até que um garoto aparece na sua vida e o muda completamente, lhe dando força. Mas a abstinência desse garoto leva Thomas a descrer no amor. Sem outras opções...