Acordo com uma dor de cabeça incômoda, mas decido ignorar.
Me remexo atrás de uma posição confortável. Seguro o travesseiro em cima da minha cabeça com força. Oh merda, parece até que o ronco de alguém está dentro da minha cabeça!
Logo entrego os pontos, e vejo que é só o meu despertador natural que me acorda 2 horas adiantada todas as manhãs não importa o tamanho da ressaca que eu tenha. E isso é realmente uma droga.
Mas é claro que nos dias de uma total recaída eu tenho a ajuda de meu fiel escudeiro Bluebonnet!
Assim que me lembro dele, sinto o formigamento nos pés..Uma lambida..Ai porra, uma mordida! Então ele pula em cima da minha cara.
-Bom ver você também B.B. - Resmungo. Ele odeia que eu o chame assim então sai.
Encontrei Bluebonnet em uma viagem de intercâmbio até o Texas, em um campo de 'Bluebonnet'. Achei que combinava, então eu o adotei e trouxe para casa. Na época, fazia um ano que eu estava morando sozinha e então estava me sentindo muito solitária. Bom agora ganhei um companheiro matador de ratos. Afinal, cara estamos em Nova Iorque, a cidade do metrô de roedores.
Me levanto e vou preparar meu gorduroso café da manhã, que consistia em qualquer coisa com bacon, enquanto cantarolo Sunshine & City Lights.
Quando acho que os vizinhos e o meu gato já foram torturados o suficiente com a minha voz, paro de cantar e ligo o rádio. Me mecho conforme a batida e me sinto idiota, porém feliz. O que não é comum, de qualquer forma.
Coloco a comida na tigela de Bluebonnet e como meu café da manhã rápido demais, mas o que posso fazer? Gosto de ficar alguns minutos na sacada antes de sair, e além disso se você enrola demais, o gato esfomeado parte pro ataque.
Vou até a minúscula sacada do meu quarto, levando uma Ice e meu radinho de pilha. Hum hum, nada melhor que Vodka com bacon logo cedo. Estou prestes a sentar no banco da pequena varanda quando paro por um segundo.
-Hmm..Pensando melhor..- Deixo o rádio na minha cabeceira, e pego meu violão. - Bem melhor. - Murmuro e vou, finalmente, até a sacada e me sento. B.B gosta quando eu toco.
Eu simplesmente amo música, não sei. Ela faz você viajar cara, não tem nenhum tipo de mistura química conhecida, - que de bônus acabe com o seu fígado ou pulmão - que me faça relaxar tanto quanto tocar a minha velha guitarra ou violão.
Encosto a cabeça na parede úmida, pelo tempo frio que atualmente está fazendo nessa região, e tomo mais um longo gole da bebida antes selecionar uma música aleatória no meu aplicativo de cifras. Ah! E como sou uma boa garota..
"A Internet destinada ao meu lindo Iphone 5c, é patrocinada por Reynolds! Sim, Meu vizinho com jesus no coração, e sem senha no Wi Fi."
Rio sozinha, e afino o violão. Começo a tocar Hey There Delilah.
" Hey there Delilah, What's like in New York City? I'm a thousand miles away
But girl tonight you look so pretty
Yes you do.
Times square can't shine as bright as you,
I swear it's true.
Hey there Delilah
Don't you worry about the distance
I'm right there if you get lonely
Give this song another listen
Close your eyes.
Listen to my voice it's my disguise
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Anne (revisão)
Novela JuvenilAnnabelle Stanley, ou só simplesmente Anne é uma garota decida e durona que cursa seu último ano de faculdade. Decidida a seguir seu sonho sem nenhuma patricinha indecente para atrapalhar, Anne se exclui do meio da presença das outras pessoas norma...