Esther

15 0 0
                                    

Regata cinza, calça jeans, e blusa flanela amarrada na cintura. Era como estava vestida a menina na minha frente. Não sei quem ela é, mas adorei o cabelo curto no tamanho da orelha, ela era bem bonita. Sorri. Parece que ela entrou em choque quando sorri. Será que ela durona? Acho que vou falar com ela. Dou um passo mas então....

Capitulo 5

Sou acordada pela minha mãe ao berros.

-ACORDA! VAMOS! VAMOS! É UM LONGO CAMINHO DAQUI ATÉ A FAZENDA!!

Dou uma olhada no relógio ainda são 6:30. Consigo ouvir meus irmãos brigando pela torrada. Como eles conseguem gritar tanto tão cedo?

Minha mãe começa a me bater com travesseiros e eu grito "AH TAMBOM JÁ ACORDEI AGROA SAI PARA QUE EU POSSA ME TROCA." E ela sai.

Coloco um vestido azul-piscina, "será que é demais?" penso.. Vai ser a primeira vez que vou ver minha vó em anos. quero estar elegante, mas não tanto, não a vejo há 10 anos, agora sou uma mulher e quero mostrar isso a ela.

Esse dias encontrei documentos de minha vó nos sótão. Fui pergunta para minha mãe onde ela está. Minha mãe não conseguiu responder sem derramar lagrima. Acontece que quando minha vó tinha minha idade, ela foi comercializada e vendida para o meu avô, sendo forçada a limpar, passar, e cozinhar, e é claro cuidar dos filhos. Mas chegou uma hora em que minha vó não aguentou mais. Ela estava vendo que seu filhos estavam bem sozinhos, então ela só deixou um bilhete e foi embora para uma fazenda. Certa foi minha vó, que perdeu seus melhores anos para cuidar de crianças, e casa.

Fiquei pensando uma semana nesse assunto. Não podia deixar de pensar nem por um minuto. Então decidi. Falei com minha mãe, ela perguntou se eu não queria visitar minha vó, eu respondi que não, e que eu queria morar com a minha avó a partir dali. Minha mãe passou uma semana conversando com minha vó via e-mail, então as duas concordaram. Agora estou me arrumando para finalmente encontrar minha vó e morar com ela, passarei uns anos com ela. "Não vai ser difícil."

Capitulo 6

Seis e quarenta e cinco da manha e meus irmãos já estão gritando, chego nos berros tirando a torrada que está causando a briga dos gêmeos- "Vocês dois não vão para não, é o ultimo dia da sua irmã nesta casa e vocês querem transformar ele num inferno?"- Berro até eles abaixarem a cabeça e gritarem desculpas.

-Vamos querida. Já coloquei as malas no carro.- Minha mãe grita para que eu saísse rápido, acho que era a emoção de re-ver a mãe depois de um tempo. Dou um abraço caloroso nos gêmeos e vou em direção ao carro.

O carro é grande e espaçoso, mas também é alugado, não temos carro em casa, meu pai diz que "não é ecológico"  então não temos um,  de vez em quando, quando nós fazemos viagem longas assim nós alugamos um carro, mas esse era muito grande, nem parecia que ia só eu e mamãe no carro.  Havia muitas coisa no carro, não só  mochilas, como umas coisas do meu quarto, sabia que ia pra ficar mas não tanto tempo para ter tanta coisa. Sabe as vezes nem parece que eu estou deixando essa cidade sem graça, parece que eu só vou tirar umas ferias.

Estávamos bem no carro ouvindo bandas como  Kiss, Queen, Kansas, esse tipo de coisa, eu e minha mãe gostamos então essa é umas das muitas coisas que nos uni, mas estav com sono então tirei uma soneca.

Acordei e estavamos parados, "chegamos", pensei, mas não era só uma parada, um mercado, minha mãe esta do lado de fora fumando, pra variar, peço a ela dinheiro pois vou comprar comida, estou com fome, ela me dá 20 pratas e diz que já já ela entra. Compro um suco e um salgadinho, minha mãe pega mais um masso de cigarro e um pãozinho, olho de relance para a vitrine do mercado e vejo uma sobra um tanto familiar, era amenina do meu sonho, "não pode ser", falo em voz alta sem querer e minha mãe me olha um tanto estranha, "não pode ser há tem  um novo sabor desse chcolate, há agora com nozes hháháhá" estou rindo de nervoso enquanto minha mãe continua me olhando "pode pegar se quiser", eu pego um chocolate qualque que tem na pratileira, não posso contar do meu sonho, minha mãe ia me achar mais estranha do que eu já sou.

Passamos um tempo explorando a cidade de carro até finalmente irmos para fazenda, não tinha muita coisa no caminho da cidade para fazenda, apenas umas plantações. Tudo tava muito chato até minha mãe gritar "CHEGAMOS",  muito verde em todo lugar, bem diferente da cidade, enquanto minha mãe está estacionando o carro ela disse "vá por trás e ver se sua vó está lá enquanto eu descarrego o carro", fazendo como minha mãe falou eu fi por traz da casa.

É como um dejavu, sinto já ter vivido essa cena, tudo da mesma forma, então lembro do sonho, é tudo igual ao meu sonho, até a cor do portão é a mesma, e o latido do cachorro também é o mesmo, será que ela vai estar aqui? abro o portão e olho pra frente, é ela, meio desengonçada e sem jeito, mas era ela, mas então ela cai, vou até ela correndo e pergunto ''você está bem?".


You've reached the end of published parts.

⏰ Last updated: Jun 29, 2018 ⏰

Add this story to your Library to get notified about new parts!

Kate e EstherWhere stories live. Discover now