O começo/A herança

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A família Black tinha um segredo. Um de seus grandes tataravôs, há muito tempo, teve um relacionamento com uma criatura mágica. E vários desses ancestrais fizeram a mesma coisa, afinal, antigamente era um prestígio enorme casar-se com essa gama de pessoas que são mágicas porém, não bruxos. Era chique e na moda.
Hoje em dia, bem, a ideia não era nem um pouco aceita entre puros-sangue. E o problema era esse. A família Black tinha genes altíssimos de herança veela na família e hoje, cairá sobre o restante dos descendentes.
A desgraça que assolou a família desde milênios atrás irá assombrar novamente o mundo bruxo.
Andrômeda teve a graça e sorte de acontecer em seu aniversário de 13 anos, onde pôde estudar o assunto e saber o que estava acontecendo. E, após ser deserdada, encontrar o seu parceiro e casar-se.
O problema era que, todos estavam dentro de um castelo, mais precisamente numa escola: Hogwarts.
Uma escola para bruxos. Esses descendentes se compõem em:
— Sirius Cygnus Black, moreno de olhos cinza, grifinório, o menino mais galinha e beijoqueiro de toda a escola, 5º ano.
— Regulus Arcturus Black, um sonserino quieto, moreno de olhos pretos, apanhador do time de quadribol de sua casa, 3º ano.
— Bellatrix Rosier Black, em seu último ano, o 8º. Apaixonada por um ex aluno, Tom Marvolo Riddle, com quem seu pai era amigo. Morena com um busto tremendamente gigante, quadris largos e temida por todos.
— Narcissa Rosier Black, a mais diferente do grupo, loira de olhos azuis, bem pálida. Quadris e bumbum grandes. Cintura fina, similar com uma bela boneca de porcelana. Está em seu 6º ano.
Agora vocês me perguntam, o porquê apresentei-os nessa ordem. Do mais rebelde até os mais submissos. As damas são treinadas para se submeterem a quaisquer coisas, porém, isso irá mudar.
As meninas seguirão Andrômeda? Sua irmã mais velha e a mais irresponsável, onde colocou o amor acima de seus deveres familiares.
Os meninos serão amigos?

           POV. Narcissa Rosier Black

O dia estava escuro, como a noite. Grandes e largas nuvens negras cobriam o céu, indicando a tempestade que viria, um momento bem inusual, já que no momento, nevava. E mais estranho ainda, era de dia. Mais precisamente, 12:00 de um sábado. Ano de 1971.
Toquei os dedos na janela gelada, sem se importar.
Ardia de febre, e fiquei tentada a sair lá fora da forma que estava, com a camisola clara à mostra, de seda. Um roupão de tecido similar, que cobria-me até as coxas. Não se importava se seria vulgar de sua parte ou não, muitos banhos frios tomara e nenhum deles ajudava sua condição. E o que estava acontecendo consigo?
Suas pernas tremiam uma nas outras, tamanho o calor que sentia. Suava como se tivesse acabado de ter feito sexo. Os pulmões se comprimiam, em uma dor excruciante. Não conseguia respirar, sentia o sangue subir pela sua garganta.
A morte era assim? Tudo acabaria desta forma dolorosa e insignificante? Sua mãe havia lhe dito que a morte é rápida para boas pessoas. Ela era boa?
Deveria ter aproveitado melhor a vida, talvez perdido a virgindade, algo que certamente não fez, esperando o contrato de casamento que seu pai iria lhe arrumar.
Quem sabe deveria ter dado um amasso em Severus Snape? O mestiço era um pitéu de qualquer forma. Aquela aura misteriosa e toda casta. Diferente de Bella, eu não podia me divertir tanto, acabando sempre de boca na virilha dos meninos e meninas.
Arfei, à procura de oxigênio.
Senti algo rasgar a minha pele e gritei, à plenos pulmões. Sem me importar se todos do castelo ouviriam ou não. Lágrimas rolavam de seus olhos com força, eram grossas e revelavam a tamanha dor que sentia. Era assim? Morreria desta forma?
Gritou, gritou e gritou.
Os lençóis da cama se rasgaram com meu toque. Arqueei as costas e escutei um estalo.
Sangue começava a manchar a cama. Parecia que estavam passando o ralador nas suas escápulas.
A porta do quarto abriu-se com força.
— Ciça! - Sirius entrou, correndo até o meu corpo, e o pegando em estilo noiva.
Agarrei o pescoço dele e gritei mais, ardia. Mordi seu ombro com força. Meus órgãos queimavam por dentro. Ele gritou também. Percebi que estava tão quente quanto eu.
Meu primo caiu no chão, convulsionando e me soltando. Cai num baque surdo nas pedras. Arranhei com força minhas costas, aquilo estava me enlouquecendo.
— Narcissa! - olhei na direção do grito em conjunto. O resto dos marotos e Lily Evans estavam lá. Esses grifinórios ousam entrar em meus aposentos dessa forma sem nem bater na minha porta?! Pelas barbas de Merlin, eu estou quase nua!
Teria dito algo, mas engasguei, o meu próprio sangue escapou dos lábios, caindo no chão. Passei a mão, em choque. Algo atravessou os músculos das minhas costas.
E eu apaguei com uma cabeleira ruiva, desesperada, indo na minha direção.

Família Black [HIATUS]Onde histórias criam vida. Descubra agora