Família Black [HIATUS]

Him & I (Bônus)

Uma visão periférica maravilhosa da cidade, dois garotos sentados no telhado de uma igreja, observando o London Eye em sua "corrida". As pessoas se abraçando, beijando, conversando, interagindo.

Um deles se levantou, o boné cobrindo os olhos enquanto um sorriso sapeca surgia em seu rosto impecável. O outro parecia preocupado, afinal, era um "anticristo", uma besta para a Igreja Católica e lá ele estava, em cima do telhado de uma, apoiado na cruz do topo.

Pov. Remus Lupin

— O que estamos fazendo aqui?

— Não confia em mim? -o sorriso cresceu e meu coração se apertou.

— Claro que sim.

Ele começou a andar pela beirada, minhas mãos tremiam e eu suava, cético para meu amigo.

— Pelo amor de Deus, Abby!!

— Que irônico, anjo. Justo tu apelando para o "Todo-Poderoso"?

— ABBY!

Ele sorriu terno e tirou um pé para fora da construção. Arfei, me aproximando. Sua não procurou a minha e aproximou nossos corpos, colando-os.

— O que você tá fazendo, seu idiota?!

Seus lábios tremeram e uma sonora gargalhada escapou da garganta, pegando-me de surpresa.

— É o que você faz comigo toda vez que te vejo trocando carícias com outros alfas, sabia? Eu me sinto andando num meio fio onde, a qualquer momento que tropeçar, cairei na perdição de seus olhos e me afogarei no teu mar.

Minhas pernas bambearam e seu aperto ficou mais forte.

— Você deveria ser meu, Remus.

— Abby...

— Você confia em mim?

Encarei seus olhos, uma tempestade forte se passava por eles, um turbilhão de emoções, a adrenalina, o amor... Seu boné escondia os cabelos macios que o destacavam numa multidão. Esses braços tão conhecidos, que me consolavam, apertavam e davam segurança quando eu mais precisava. As mãos firmes e de dedos longos, tiravam o cabelo da frente dos meus olhos e davam uma sensação estranha em contato com minha pele. Esse sorriso... O corpo grande que me protegia de qualquer ameaça, me cobria por inteiro e eu me vi entorpecido. Entorpecido por esse homem.

— Com a minha vida.

Ele pulou da construção, segurando-me contra seu peito com força. Escutamos gritos, o vento batendo com força nas costas dele, o boné voando para um destino desconhecido. Seus olhos fecharam-se e nossos lábios conectaram, numa fúria e explosão de sentimentos. Arranhei seus cabelos.

Não me interessava se estávamos em queda livre, prontos para morrer. No final seria eu e ele.

O tempo parou, suas costas bateram contra algo, senti suas mãos afrouxarem um pouco. Abri os olhos.

Rosemary sorria levemente, a varinha em mãos.

— Você beijou um suicida. E ele tem asas.

A afirmação me atingiu como um balde de água fria. Eu acabei de beijar meu melhor amigo. O único alfa que residia em Hogwarts. Um híbrido. E de forma mais louca ainda, seu sangue era um dos mais puros que já vi em minha vida.

— O que foi, lobinho?

— Você podia ter voado.

— Eu morreria para te manter protegido. Independente se eu possuísse asas ou não. Percebe?