Minhas Ferias

Capítulo 09

Ja faz uma semana desde o tedioso jantar com Frederico aqui em casa. Nos últimos dias tenho ajudado muito meu tio na loja de surf ele fica na escolinha o que ocupa boa parte do seu tempo e eu ajudo na loja.

Como é na praia não preciso estar toda elegante, basta uma regata, um shortinho solto e uma rasteira.

Esses dias a loja está bem calma o que é ótimo pra mim, não gosto de muita muvuca.

Eu estava sentada atrás do balcão mexendo no celular quando entrou um cliente, parou frente ao balcão pedindo informação sobre meu tio, mas eu estava tão concentrada no que fazia que nem o respondi.

- Com licença, essa é a loja do Manuel certo? - perguntou.

- sim. - o observei calmamente. - Posso ajudar?

- Eu gostaria de falar com ele, sabe me dizer a quieta horas eu posso encontra-lo? 

- Ele não tem vindo com muita frequência a loja. Mais posso passar o seu recado mais tarde quando eu chegar em casa.

-  Em casa? Você e o Manuel..?

- Eca! ele é meu tio, por favor não pense besteiras.

- E você mora com ele? – perguntou fazendo cara de espanto.

- Qual o problema? O Tio Manuel tem sido um super pai para mim.

- Me desculpe, é que o Manuel que eu conheci mal sabia cuidar dele mesmo ainda mais de uma garota de, oque.. 16 anos?

- 18 anos! Afinal quem é você mesmo?

- Perdão estamos conversando a um tempão e não me apresentei corretamente. Muito prazer sou Maxuel irmão mais velho mais só dois anos.. do Frederico e amigo do seu tio.

Fiquei de boca aberta, parece que a família do Frederico só tem caras bonitos. Oh My Good! Beleza ele é um pouco mais velho, mais eu super pegaria.

Olhei tanto para aquele corpo esbelto e escultural que ele acabou percebendo e me tirando dos meus desvaneios fantasiosos e proibidos.

- Ola! Se você quiser um lenço.

- Como disse?

- A baba, sabe.. ficou olhando tanto que acabou babando.

- O que? Eu não babei não.

- Faltou isso aqui. – fez o gesto com os dedinhos da mão.

- Não faltou não – falei cruzando os braços.

Ele saiu lançando beijinhos no ar em minha direção e eu acabei deixando escapar um sorriso bobo e infantil.

Passei o resto do dia todo pensando o quanto o Maxuel é diferente do Frederico. Eu mal conheço o Maxuel mais gostei do jeito dele espero vê-lo novamente.
...

Um mês depois..

Já era tarde, fechei a loja e fui para casa, quando cheguei frente notei que havia um carro diferente e deduzi que meu tio estará com visitas, não era o carro do Frederico e nem o do meu tio que supostamente já estava na garagem.

Parei de tentar adivinhar de quem era e resolvi entrar. Tirei os sapatos coloquei as chaves na mesinha ao lado da porta e fui ate a sala de estar.

Quando cheguei logo vi quem era o dono do carro. Lá estava ele lindo num jeans escuro apertado e uma camisa social branca com uma taça de vinho nas mãos, ao seu lado meu tio como sempre todos largado também com uma taça de vinho.

Os dois conversavam distraidamente quando o Maxuel percebeu que eu estava ali.

- Ola! Babona.

- Vocês se conhecem? Babona? – perguntou meu tio.

Me aproximei dos dois pegando a taça das mãos do Maxuel o que o fez me olhar surpreso .

- Ola! Senhor Maxuel.

- Senhor? Serio?

- Porque não?

- Porque eu só tenho 25 anos, não sou tao velho assim e ate onde eu sei você gostou do viu em questão. Afinal não fui eu que fiquei babando.

- Eu não babei apenas observei, só isso.

- Eu posso saber o que voce tanto observava?

Parei olhei seriamente para ele, levantei uma das sombrancelhas me aproximei mas dele ate chegar ao seu ouvido e disse:

- Advinha! – falei lhe entregando sua taça vazia.

Me virei para o meu tio e notei que ele estava confuso com todo aquele papo, então lhe dei um beijo na testa e subi para o meu quarto.