Capítulo 07

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Jenny

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Estava encostada no vidro da sala, olhava a floresta e lembrava da expressão da Anna ontem. Sei que Mark é um nojo de pessoa, mas não a ponto de fazer a própria irmã de caça.

Christopher estava sentado na poltrona e de vez em quando me encarava sério como se quisesse perguntar algo. Olho pra ele.

ㅡ Estou pensando sobre Anna. ㅡ ele me encara.

ㅡ Eu não perguntei nada. ㅡ ele diz.

ㅡ Mais ia perguntar.

ㅡ Estranha. ㅡ ele fala. Se eu sou estranha o que ele é? ㅡ Já que começou...o que tem ela. ㅡ dou um meio sorriso. Pra quem não ia perguntar nada...ele está bem interessado.

ㅡ Quais eram a intenção dela ontem, quando estava aqui?

ㅡ Poder, pelo que senti...ela queria trocar de lugar com você com intuito de conseguir algo de mim. Independente do motivo dela, eu não suporto pessoas que são obcecadas pelo poder. Você pôde ter poder, mas ele sempre vem com um preço, um preço muito alto. ㅡ sinto que ele referia a si mesmo como exemplo.

ㅡ Ontem sem querer encontrei com ela e Mark na divisa. ㅡ ele não ficou surpreso como eu imaginei. ㅡ Mark castigou ela por ter vindo aqui, ele fez ela de caça, ela estava apavorada...

ㅡ E por causa disso você acha que ela é uma menina indefesa? ㅡ ele suspira ㅡ Você viu como eles tratam as pessoas da alcateia, você sentiu na pele, ela também faz parte disso. Pode ter certeza ela não é uma mocinha indefesa, mesmo que tenha sido alvo do seu irmão.

Me viro olhando novamente a floresta, ele deve estar certo, afinal de contas ela também saiu do ninho de cobras...mas ainda sim senti muita pena dela àquele dia.

ㅡ Você é um supremo, porque não coloca fim na alcateia Pulver? ㅡpergunto sem olhar pra ele.

ㅡ Tenho esse titulo, mas não a posição. Meu pai e minha mãe ainda estão no comando e nenhuma notícia chegou até eles. E antes que me pergunte porque Stella ou Zac não falam, é porque não quero que meus pais resolvam isso, eu mesmo resolverei quando tiver minha posição, o jeito é ter paciência. ㅡ ele diz. ㅡ Não posso fazer nada por enquanto, sem contar que quero me manter alheio a eles...se eu me importar de mais...haveria um banho de sangue, e esse livro aqui...ㅡ me viro e vejo ele com outro livro de auto ajuda e tenho vontade de rir. ㅡ Diz que devo me manter alheio a coisas que me fazem ficar descontrolado.

Me viro novamente e lembro do quase surto dele comigo no escritorio.

ㅡ Suponho quê deve se manter alheio a mim também. ㅡ digo e então sinto um arrepio percorrer meu corpo, a mesma sensação que senti na floresta, aquele sorriso. Me viro e vejo ele com os olhos em seu livro e com um sorriso...é exatamente o sorriso que imaginei e senti na floresta. ㅡ Era você. ㅡ digo e ele levanta seu olhar. ㅡ Você estava na floresta, por isso não ficou surpreso quando disse sobre Mark.

ㅡ Já é a segunda vez que sita esse nome, não faça isso, ma ajude a manter a calma. ㅡ levanto uma sobrancelha. Christopher pode não perceber, mas ele está agindo de um modo diferente comigo, como se estivéssemos mais próximos. ㅡ Só fui lá porque senti que alguém estava próximo a fronteira.

ㅡ Como você não sentiu que a Anna tinha cruzado? ㅡ ele faz uma careta.

ㅡ Boa pergunta. ㅡ ele me encara. ㅡ Como sabia que eu estava lá? Você não pode sentir meu cheiro, ninguém pode. Então como sabe?

ㅡ Eu tive a impressão de alguém...sorrindo atrás de mim. ㅡ ele abre outro sorriso. Nunca tinha visto ele sorri desde quando cheguei aqui, e posso até dizer que é...encantador, meigo...lindo. ㅡ Isso exatamente esse sorriso, tenebroso, assombrador... ㅡ ele desmancha o sorriso e fica serio. ㅡ Não sorria assim por favor.

ㅡ Estou em duvida agora, você não  quer que eu sorria assim por medo de mim ou por medo de você se apaixonar pelo dono do sorriso?

ㅡ Não seja convencido senhor sangue puro. ㅡ digo e quando ele ia abrir outro sorriso alguém começa bater palmas. Stella e Zac.

ㅡ Você viu o que eu vi certo? ㅡ Stella pergunta.

ㅡ Se você está falando do Christopher ter uma conversa civilizada com Jenny e levar as coisas na desportiva...sim eu vi. ㅡ Zac diz. Então caio a ficha que isso realmente aconteceu.

ㅡ É muito bom ver que estão se dando bem. ㅡ Stella diz e Christopher volta olhar deu livro sem  nenhuma expressão no rosto. ㅡ Jenny você poderia me ajudar convencer-lo a ir na casa dos pais dele mês que vem.

Christopher levanta bruscamente e encara Stella, e novamente senti medo daquela expressão, mesmo que não olhasse pra mim...eu sentia medo.

ㅡ Stella não use Jenny para me manipular, não tente insistir nesse assunto. Você sabe qual vai ser minha resposta. ㅡ Stella suspira.

ㅡ Já faz anos que seus pais não te vê, os seus irmãos sente sua falta, você pelo menos imagina o quanto eles cresceram? Você nem mesmo conhece seu irmão mais novo, de uma chance a si mesmo de conhece-lo, ou pelo menos leve em consideração a eles. ㅡ cada palavra que Stella diz mais Christopher tinha uma expressão carregada, ele poderia explodir a qualquer hora. ㅡ Eu só quero ver eles felizes.

ㅡ CHEGA...ㅡ ele grita e por impulso fecho os olhos. ㅡ SE VOCÊ QUER VER ELES FELIZES, NÃO TENTARIA ME ARRASTAR ATÉ LÁ.

Ele sai da sala como se estivesse pronto pra matar qualquer um que entrasse em sua frete. Eu realmente queria que Mark cruzasse o caminho dele.

ㅡ Você tentou. ㅡ Zac diz olhando para Stella com um certo...afeto?

ㅡ Desculpa Jenny, eu fiz ele voltar ser uma bomba, acho que não devia ter falado nada. Ele estava agindo como uma pessoa decente com você e eu estraguei. ㅡ diz Stella.

ㅡ Sem problema..ㅡ digo.

E mais uma vez aconteceu, senti medo dele...

O Filho dos Supremos 5° - Christopher Lewis Onde histórias criam vida. Descubra agora