Let me go home

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Luiza subiu para o apartamento que dividia com Júlia extremamente pensativa com o que acabara de ocorrer no hall do prédio, ela não imaginara que Pedro iria pedir desculpas tão sinceras num período tão curto de tempo. Ao entrar no apartamento, a loira percebeu que iria passar mais uma noite sozinha, pois sua amiga não estava. Sem demora, ela ascendeu as luzes e foi até a cozinha a fim de preparar algo para comer.

Por volta das 00:30min, Luiza, que já estava completamente exausta do dia que havia tido, foi para seu quarto sonolenta desligando todas as luzes durante o percurso. Logo, ela caíra num sono profundo, não sentindo a presença de um corpo de quase dois metros de altura do seu lado da cama observando-a atentamente.

Thiago não se aguentava de raiva e ansiedade por ainda não ter colocado seu plano em prática, contudo finalmente o dia havia chegado. Luiza seria sua de um jeito ou de outro. Entrar no prédio pouco antes da moça chegar, não fora nenhum problema exorbitante. Disfarçado de eletricista, ele comunicou que havia recebido um chamado de um dos apartamentos. Sem lhe dar muita atenção, o porteiro deixou que ele subisse sem nem mesmo olhar para o seu rosto, pois o jogo de futebol que estava passando na pequena tv abaixo do balcão da recepção era mais importante do que a entrada de um eletricista no prédio as 21:00Hrs da noite.

Prontamente, Thiago destrancou a fechadura do apartamento com uma de suas ferramentas, uma vez que havia visto algumas formas de aquilo fazer com um dos vendedores das ferramentas. Para ele, o que foi mais difícil de conseguir fora o número do apartamento das duas amigas. Ao lembrar que teve que levar uma das moradoras até um bar e paquera-la para ter o que queria lhe fez sorrir maliciosamente, pois aquela noite havia rendido uns bons resultados.

[Apertem o play]

Já faziam mais de 15min que o homem estava a olhar a loira dormir, ele sorriu de lado e deu uma risadinha abafada e sarcástica ao pegar o frasco do bolso que continha um liquido banhado em clorofórmio para fazê-la cheirar. Ele se ajoelhou ao lado da jovem e ela se mexeu para o lado dele, Thiago ainda deu um tempo para que Luiza abrisse os olhos, pois ele jamais perderia a chance de presenciar seu desespero.

—Mas o que você está fazendo aqui? - absurdamente assustada, luiza sentou-se na cama, uma vez que com a pouca luz da janela, ela conseguiu focalizar com certa dificuldade o rosto do homem ao seu lado.

—Vim te buscar, amor. -respondeu, agarrando e fazendo com que ela inalasse o cheiro forte do produto químico. Luiza debateu-se com todas as forças que ainda tinha, mas rapidamente tudo se apagou e a ultima coisa que ela sentiu fora a pressão dos lábios molhados de Thiago contra sua bochecha.

Tudo havia sido planejado minunciosamente, mas ele não contara com a demora para Luiza ir dormir, "Ela não costumava se deitar tão tarde quando eles namoravam" pensou consigo mesmo. Sua sorte fora a displicência e imperícia do porteiro que não se deu conta da quantidade de tempo que o suposto eletricista passara dentro do prédio. Contudo nada daria errado, pois se ele notasse algum movimento contrário do porteiro, estaria pronto para abordar a moça ainda acordada, levando-a desmaiada até um carro que a aguardava com um motorista na garagem para leva-la embora, dando a Thiago a oportunidade de sair normalmente como se nada estivesse acontecendo.

Thiago colocou a jovem no porta-malas do carro que havia alugado e que já não possuía nenhum motorista, visto que por ordem dele, o homem havia ido embora as 22:30min. Ao constatar que sua ex-namorada estava razoavelmente "bem acomodada", ele correu até a porta esquerda frontal e se posicionou ao volante. O ex-namorado de Luiza estava maquiavelicamente radiante, ele havia conseguido, ela estava em seu poder.

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