Capítulo seis - Parte final.

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*Amores, não esqueçam da estrela. Boa leitura! :*

Desde o momento em que Rafael soube que Analice trabalhava no mesmo local que Isabel, temia aquele momento.

O momento em que a verdade seria revelada e não da forma que ele gostaria.

Era fato que tentara de todas as formas chegar no assunto “Isabel” ou mesmo sobre a revista, mas em nenhuma de suas tentativas obteve o sucesso que gostaria.

Talvez, em uma parte minúscula de seu ser, queria preservar Analice daquilo tudo. Queria mantê-la afastada de algo que nem mesmo ele conhecia direito.

Por mais que o que tivesse com Analice não passasse de uma breve e recente amizade, sentira algo inexplicável por ela e, sabia que no momento em que dissesse onde trabalharia e quem era sua noiva, isso tudo viria a baixo.

E ai que morava o perigo.

Queria Analice longe de tudo, mas ao mesmo tempo, perto dele.

O que acontecia com ele? Só poderia estar ficando louco.

Será que quatro anos de relacionamento com Isabel, finalmente estariam cobrando seu alto preço e lhe deixando maluco?

Quem sabe fosse a hora de começar a se consultar em um terapeuta, antes que perdesse de vez a cabeça e fizesse algo de que se arrependesse no futuro.

Como por exemplo, largar Isabel sozinha com aquele diretor e ir até Analice, a agarrando pela mão e a tirando do inferno que se tornaria aquele lugar no futuro.

Deus!, se Isabel sequer desconfiasse de algo, a revista se tornaria um verdadeiro ringue de luta e a principal batalha seria com Analice.

Rafael até mesmo conseguia imaginar a cena. Isabel usando seu mais belo e valioso vestido, com suas jóias e maquilagem impecável. Do outro lado, estaria Analice, usando um simples e lindo vestido florido ― como o que usava no momento ―, um caderno e lápis e, armada com nada mais do que seu sorriso. Seu belo e encantador sorriso.

Aquele sorriso que prometia anos de felicidade.

Aquele sorriso que o deixou louco no momento em que o viu.

Aquele sorriso que seria capaz de amar por toda sua vida...

Aquele sorriso que...

Opa, opa. Amar?

Rafael franziu a testa ao perceber o que acabara de pensar.

De onde ele tirara aquela palavra de quatro letras?

Sim... ele estava ficando mais maluco do que imaginava.

Eu sua mente, só amara e amaria uma mulher, Isabel. Antes pensava assim, mas uns meses atrás, começou a pensar que a verdade não era bem essa.

Não queria pensar que Isabel seria a única mulher que poderia amar. A amara, muito. Mas agora... cogitar a ideia de que ela seria a única, era tenebroso e assustador demais.

Queria amar outra vez.

E Analice...

Bem... Analice seria a pessoa certa para isso.

Oh, sim. Ele a amaria... e a faria sua. Nem que para isso tivesse de se gladiar com a temível Isabel.

E Analice o amaria. Ela só ainda não sabia disso.

― Por que não lhe mostro as instalações dos funcionários? ― Vicente Rosa, o diretor, indagou para Isabel.

― Não pode deixar isso para depois? ― ela rebateu.

27. As crônicas de uma virgemOnde histórias criam vida. Descubra agora