*Amores, não esqueçam da estrela. Boa leitura! :*
Desde o momento em que Rafael soube que Analice trabalhava no mesmo local que Isabel, temia aquele momento.
O momento em que a verdade seria revelada e não da forma que ele gostaria.
Era fato que tentara de todas as formas chegar no assunto “Isabel” ou mesmo sobre a revista, mas em nenhuma de suas tentativas obteve o sucesso que gostaria.
Talvez, em uma parte minúscula de seu ser, queria preservar Analice daquilo tudo. Queria mantê-la afastada de algo que nem mesmo ele conhecia direito.
Por mais que o que tivesse com Analice não passasse de uma breve e recente amizade, sentira algo inexplicável por ela e, sabia que no momento em que dissesse onde trabalharia e quem era sua noiva, isso tudo viria a baixo.
E ai que morava o perigo.
Queria Analice longe de tudo, mas ao mesmo tempo, perto dele.
O que acontecia com ele? Só poderia estar ficando louco.
Será que quatro anos de relacionamento com Isabel, finalmente estariam cobrando seu alto preço e lhe deixando maluco?
Quem sabe fosse a hora de começar a se consultar em um terapeuta, antes que perdesse de vez a cabeça e fizesse algo de que se arrependesse no futuro.
Como por exemplo, largar Isabel sozinha com aquele diretor e ir até Analice, a agarrando pela mão e a tirando do inferno que se tornaria aquele lugar no futuro.
Deus!, se Isabel sequer desconfiasse de algo, a revista se tornaria um verdadeiro ringue de luta e a principal batalha seria com Analice.
Rafael até mesmo conseguia imaginar a cena. Isabel usando seu mais belo e valioso vestido, com suas jóias e maquilagem impecável. Do outro lado, estaria Analice, usando um simples e lindo vestido florido ― como o que usava no momento ―, um caderno e lápis e, armada com nada mais do que seu sorriso. Seu belo e encantador sorriso.
Aquele sorriso que prometia anos de felicidade.
Aquele sorriso que o deixou louco no momento em que o viu.
Aquele sorriso que seria capaz de amar por toda sua vida...
Aquele sorriso que...
Opa, opa. Amar?
Rafael franziu a testa ao perceber o que acabara de pensar.
De onde ele tirara aquela palavra de quatro letras?
Sim... ele estava ficando mais maluco do que imaginava.
Eu sua mente, só amara e amaria uma mulher, Isabel. Antes pensava assim, mas uns meses atrás, começou a pensar que a verdade não era bem essa.
Não queria pensar que Isabel seria a única mulher que poderia amar. A amara, muito. Mas agora... cogitar a ideia de que ela seria a única, era tenebroso e assustador demais.
Queria amar outra vez.
E Analice...
Bem... Analice seria a pessoa certa para isso.
Oh, sim. Ele a amaria... e a faria sua. Nem que para isso tivesse de se gladiar com a temível Isabel.
E Analice o amaria. Ela só ainda não sabia disso.
― Por que não lhe mostro as instalações dos funcionários? ― Vicente Rosa, o diretor, indagou para Isabel.
― Não pode deixar isso para depois? ― ela rebateu.
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27. As crônicas de uma virgem
عاطفيةToda a história passa-se no Brasil, em um ambiente de trabalho e relações cotidianas. Contém temas comuns em uma sociedade, como contas a pagar, amizades e um romances. Os personagens são apresentados como pessoas normais, com suas dores, amores, di...