Capítulo oito.

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*Amores, não se esqueçam das estrelas. Boa leitura! :*

Capítulo oito

Crônica 9

Amor fora de hora.

 

Não sou poeta e nem vou ficar escrevendo milhões de palavras sobre o amor, pois não conheço muito dele. Porém, nada me impede de dizer algumas poucas coisas sobre isso.

Amor.

Quem foi que disse que amar é belo, fácil e mágico, estava completamente fora de sua razão.

Certo. Amar até pode ser rápido. Quando você menos espera, boom! A flecha do Cúpido te acertou em cheio e você se vê de quatro por outra pessoa.

Não pensem que acho o amor errado, Deus me livre. Acho o amor, tudo o que envolve esse sentimento, maravilhoso. O carinho, a atenção, dedicação...

Mas tinha mesmo a necessidade de eu me apaixonar justo agora? E, de todos os homens que habitam a Terra, tinha de ser justo ele?

E pensar que estava reclamando da minha vidinha medíocre de virgem santa, pura e casta. Não havia maneira de estar mais equivocada!

Não pensem também que estou reclamando de ter me apaixonado, não é isso. Sempre quis ter isso, sentir essa coisa toda que dizem ser maravilhosa e sem razão, mas... poderia haver momento melhor para o amor, não?

Ok. Confesso que ouvir que ele gosta de mim me deixou extremamente encantada e talvez até mais apaixonada do que eu estava. Mas, as circunstâncias que nos envolvem não são muito favoráveis.

O pior de tudo foi dizer “não” à quem amo. Acreditem, isso fere mais do que dizem em livros e filmes. É algo parecido como fraturar algum osso. Tenho experiência mais do que suficiente nesse caso, já quebrei alguns ossos e sei como machuca.

E como eu disse, é só algo parecido, porquê a dor... A dor, meu amigo... É pior, nem se aproxima da dor de uma ruptura de osso.

Ainda não sei o que fazer em relação à ele, mas, da forma que está não pode ficar.

Gosto muito dele e queria que fossemos amigos, mas... Talvez essa não seja a melhor saída para a história de meu amor.

Amor...

Amor complicado esse.

Amor descabido.

Amor sem fundamento.

Amor fora de hora.

Amor... Simplesmente, amor.

Não sou um monstro, nem vim de outro planeta. Só sou virgem, e daí, cara pálida?

Cada vez que se lembrava de sua conversa com Rafael e em como foi dolorido dizer não à ele, Analice via-se invadida por uma súbita vontade de descobrir onde ficava o escritório dele e reverter aquela situação.

Se fossem outros tempos, ela não se incomodaria em dizer que já o amava, porém, a possibilidade de fazer isso no momento não existia.

Por que não protegera seu coração contra ele? Estava indo tão bem naqueles anos, sem ter de se preocupar com um possível amor ― mesmo o querendo com todo o seu coração ― e agora, aquilo.

O mundo era muito injusto!

Quando você pedia, implorava, suplicava entre lágrimas e de joelhos, nada do que queria acontecia. Nem mesmo uma flor você recebia. Mas, quando você não queria aquilo, quando nem ao menos esperava, tudo mudava. Aquilo que você sempre pediu cai no seu colo sem mais nem menos e o que se pode fazer numa situação dessas?

27. As crônicas de uma virgemOnde histórias criam vida. Descubra agora