Capítulo 11

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Alex

Desde pequeno sou apegado ao meu pai e meus irmãos, meu pai adotivo, o Paul. Meu biológico era horrível. Ele não gostava de mim por que nasci com dismetria, ele vivia me batendo e não procurava um especialista para cuidar de mim, isso só fazia eu sentir mais dor, minha mãe morreu quando eu nasci então ele nos criou sozinho. Criar é modo de falar, quem me criou de verdade até o Paul aparecer foi o Nick. Ele também batia no meu irmão por me defender. Amo meu irmão, sempre fui muito apegado a ele. Quando Paul adotou eu e Nick, ele já tinha um filho, o John, da idade do Nick. Ganhei mais um irmão maravilhoso e me apeguei a ele também.

Quando fiz dezoito anos me mudei para a Inglaterra para fazer faculdade. Estudei serviço social em Oxford, escolhi seguir a área de proteção a criança e ao adolescente. Sempre quis proteger crianças que passam pelo que eu passei por um tempo, e tem crianças e adolescentes que sofrem mais, que não tem um Paul para salvá-las.

Falo com meu pai e meus irmãos todos os dias, não consigo ficar um dia sem ouvir a voz do meu pai e não contar tudo pra ele.

No meu primeiro ano de faculdade conheci a Melanie. Ficamos amigos e um tempo depois começando a namorar. Hoje somos noivos. Quando eu a pedi em casamento e ela aceitou eu liguei pro meu pai na hora e contei. Mesmo não a conhecendo pessoalmente ele sempre apoiou nossa relação. Melanie e meu pai só conversaram por ligação e isso já bastou pra ele saber que a amo e quero passar a vida ao seu lado.

Olho para o lado e vejo Melanie dormindo. Faço um carinho nos cabelos castanhos e beijo seus lábios, ela desperta lentamente e antes mesmo dos olhos castanhos se abrirem vem o sorriso mais lindo do mundo.

- Bom dia, amor – ela diz.

- Bom dia meu amor. Vamos levantar.

- Ah mas a gente acabou de acordar – ela se aconchega mais em meu abraço.

- E daí? Vamos, precisamos pegar um avião pra Chicago. Deixa de ser preguiçosa – ela sempre enrola pra levantar da cama. Por isso nos atrasamos quase sempre pra tudo, mas hoje não vamos nos atrasar, não vou deixar.

- Você sabe que o vôo é só daqui a três horas né? Você tá muito ansioso.

- Sei. E sei também que você demora uma vida pra se arrumar então levanta logo – ela suspira.

- Chato – levanta e vai para o banho, aproveito e vou com ela.

No começo eu me senti um pouco inseguro pela minha perna mas ela nunca se importou com isso. Hoje já é natural eu andar sem meus sapatos apropriados na frente dela.

Depois do banho me visto e fico esperando ela terminar de se arrumar. Nossas malas estão todas prontas, só precisamos ir para o aeroporto. Ontem eu conversei com o dono do prédio em que moramos e entreguei as chaves. Vamos para Chicago e vai ser para ficar.

Quando Melanie termina de se arrumar vamos para o aeroporto e ficamos esperando nosso vôo ser chamado. Olho para Mel e noto sua preocupação.

- Tudo bem? – ela me olha.

- Será que seu pai vai gostar de mim? Seus irmãos também, mas eu sei o quanto a opinião do seu pai significa pra você – sorrio pela sua preocupação.

- Meu pai já te adora, vocês já conversaram antes, sabe disso.

- Conversamos por ligação, será que  ele vai achar o mesmo pessoalmente?

- Claro que vai. Eu te amo e ele vai te amar também – ela sorri.

- Também te amo.

Quando nosso vôo é chamado me sinto mais ansioso ainda. Pego a mão de Melanie e sorrimos. Estou louco para ver minha família.

Amor inesperado- 2° livro da série: Amizade colorida. CONCLUIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora