Capítulo 7

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Comecei a caminhar no quarto enquanto mexia a cabeça em forma de negação, tentando afastar esses pensamentos...
Foi impossível...

Nos primeiros dias em que encontrei o Edson ele foi de mais, cuidou de mim como nunca cuidaram antes, era muito bom ter um irmão até o inferno começa, ele era mais velho que eu e em uma noite ele entrou no quarto que havia cedido pra mim e trancando a porta...ele estava sério, fedido a bebidas alcoólicas e os olhos vermelhos.

Valentina - Ta tudo bem Edson.

Edson - Me chama de Dynho Valentina.

Valentina - Tudo bem...Dynho.

Dynho - Eu sei que é muita falta de educação da minha parte te perguntar isso mais...você...você E virgem?

Valentina - Porque você ta perguntando isso?

Abaixei a cabeça já chorando ao lembrar dos meu pai.

Dynho - Eu só quero saber...o António ele fez algo a você?

Valentina - Por favor não...não quero falar disso.

Ele caminhou ate mim, ate me assustou um pouco então dei pequeno passos para trás, ele me alcançou e se abaixou pra me abraçar...eu nunca havia sido abraçada por alguém.
Eu com meus 14 anos me senti protegida ao lado dele, em alguns meses os abraços evoluíram para beijos, ele cuidava bem de mim e por isso me sentia agradecida mais ainda achava estranho beijar ele por mais que nunca tenhamos convivido na vida ele ainda era o meu irmão, de sangue ainda mais.

Ele nunca mais havia falado sobre o tal negócio que estava abrindo...ele me colocou na escola e em um cursinho de informática, sempre que eu chorava ele tava lá...sempre que eu estava feliz ele estava lá...ele era o motivo, ele nunca foi de desmontrar carinho mais mesmo assim eu me sentia bem com ele, então quando ele avançou o sinal e fez sexo comigo era tarde de mais eu já amava ele.
Hoje em dia eu não sei quem e mais doente, se sou eu ou ele, ele abriu essa boate no morro e algumas meninas foram trabalhar lá e eu era a mais pedida a mais jovem os homens pagavam bem a ele, eu nunca entendi porque ele me cedia a outros homens eu odiava mais fazia pra agradar ele...é hoje eu sou dele e do morro todo.
Mais foda-se a Valentina é só uma vadia rodada, não é isso?

Filha da puta nenhum nunca perguntou minha história de vida e como eu vim parar aqui...que se foda.
Enxuguei mais lágrimas é apaguei meu beck, vesti uma roupa é sai precisava beber ate cair ou sei lá, as bebidas dele acabaram.

Valentina - Ae vou indo ali.

Dynho - Ali onde? Já falei que tu vai ficar comigo hoje.

Valentina - A gente já transou, deixa eu ir.

Dynho - Pra onde inferno Valentina?

Valentina - Me deixa em paz só hoje amor, só quero sair e beber.

Dynho - Fala direito comigo vadia do caralho.

Abaixei a cabeça, e passei por ele hoje ele não vai me segurar.

Dynho - Porra tu da dando as costas pra mim Valentina o que diabos tu tem hoje?

Valentina - O que eu tenho? Porra que não posso pirar de vez enquanto a porra da minha mãe era uma drogada que quase me matou de fome largada na rua, o lixo do meu pai me deixou meses em um quarto pra poder me estuprar sempre que podia é o caralho do meu irmão é a porra do homem que eu amo e que fode gostoso comigo quase todo dia...então me diz porra! Eu não posso pirar?

Dynho - Quantos tu fumou? Ta chapadona pra me tratar assim ne?

Ele partiu pra cima de mim é começou a me bater, meti um socão na cara dele é nois rolou no chão.

Valentina - BATE COM FORÇA CUZÃO!

Óbvio que ele era mais forte e que eu perdi umas duas unhas postiças, mais eu não apanho mais de macho nenhum.

Dynho - TU FODE COM TUDO NE!

Valentina - É com todo mundo.

Eu adorava rir da cara dele quando ele estava por cima de mim dando socos na minha cara.
Meti o salto no pau dele com toda a minha força, ele parou de me bater é saiu gritando.
Mostrei meu dedo do meio a ele é saí da casa gargalhando alto, único bar aberto agora é do seu Ze e é pra lá que eu vou.

Cuspir sangue pelo caminho todo enquanto prendia o cabelo em um coque, meu corpo inteiro doida.

Valetina - O seu Ze desce um litrão de absolut ae.

Ze - Pra já Val.

As pessoas em volta me encaravam como sempre, as mulheres principalmente, a maioria delas eram casadas e eu já havia fodido com o marido delas por isso eu era a puta usurpadora.

Dois mulheres um poucos mais velhas que eu é com centímetros a menos me jogavam umas indiretas, ignorei as duas e enxuguei o sangue do rosto com os guardanapos do seu Ze, ele ainda nem havia notado meu estado.

"Aposto que foi o Dynho"

"Merecido, quem manda ser vadia"

"Prostituta barata"

Valentina - Ae gata, barata não pra foder essa boceta aqui tem que pagar bem...pergunta pro teu marido.

-Como é que é?

Valentina - Só presta atenção numa coisa, eu não amarrei teu macho nem sequestrei não, ele quem foi na boate atrás de mim, quiser para de passar vergonha essa é a hora.

Ela estava vermelha igual uma pimenta, partiu pra cima de mim enquanto a outra só observava, voei em cima dela caindo por cima e comecei a estapear a cara dela, eu gargalhava enquanto ela me xingava.

Uma gritaria começou e tentavam separar a briga, mãos fortes deslizaram pela minha cintura, alguém me puxou de cima dela mais eu ainda acertei dois chutes... eu conhecia esse perfume, conheceria em qualquer lugar.

Valentina - Se você aperta mais um pouco eu vou ficar ainda mais excitada Duka.

Duka - Te procede Valentina.

Eu rir dele e me libertei dos seus braços, vi minha absolut no balcão me sentei e comecei a beber.

Uma Noite no Morro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora