Capítulo 49

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Eu estava feliz por ela não ter me seguido, eu já estava próximo ao complexo da maré.
Assim que vi a movimentação soube que estavam a minha espera.

A parti de agora tenho que tirar a Arya da minha cabeça se não eu vou ficar louco.
Lembrei de cada acontecimento que me marcou nos últimos dias.
A perca do meu morro, o sumiço da Valentina é a morte da minha mãe.

Todo o ódio circulava nas minhas veias naquele momento.
Toda minha raiva foi canalizada.

Graças a puta sorte que tenho a última roupa que a Arya me emprestou era uma camiseta preta com capuz.
Assim que cheguei nos moleque puxei o capuz revelando o meu rosto.
Eu estava na maré e estava seguro.

Duka - Ae aviso pro Hungria que o diabo chegou.

Grego salto de um carro em um piscar de olhos, eu nem notei aquele carro ali.

Grego - Onde você estava seu filha da puta! Você me deu um baita susto!

Duka - Respeita a minha mãe - falei cabisbaixo.

Grego - Se você não contar eu também não conto.

Duka - E serio Grego.

Grego - A tia Adriana está bem, ela esta sã e salva na casa da sua tia.

Duka - O que?

Grego - Ela esta bem, eu pedi pra alguém checar pessoalmente eles te enganaram.

Duka - Não, eu liguei pra minha tia Grego e...

Grego - E ela mentiu, pra proteger a sua mãe ela teve medo de alguém esta ouvindo a conversa ou de você está sendo forçado a ligar.

Duka - Porra eu não pensei nisso.

Grego - Burro... onde você estava mano?

Duka - Em um lugar seguro.

Em um paraíso cacheado.

Grego - Hungria está esperando nós.

Entrei no carro eufórico a minha mãe estava bem! E eu teria o apoio da maré pra tomar meu morro.
Eu queria gritar de alegria porra é a minha mãe!

Chegamos na casa do Hungria, ela estava cercada com os moleques dele.
Desci e acenei pra todos com um riso estampado no rosto na porta uma Ferrari Vermelha viva estacionada.

Passando pela porta vi ele bebendo em um conversa animada com um cara e uma ruiva muito bonita.

Duka - Acho que já sei de quem é a Ferrari ali fora.

Com certeza e da ruiva.
Ela se virou ao ouvir minha voz.

- E ai, vamos resolver as coisas ou não?

Hungria - E ai mano vamo conversar aqui papo reto.

Duka - Manda.

Hungria - O que houve de verdade lá?

Duka - Eu me envolvi com uma mulher chamada Valentina, ela tinha um relacionamento maluco com o irmão dela é ele não gostou do nosso envolvimento.

Contei a história toda resumindo o máximo que pude.

Duka - E ai de uma hora para outra toda essa merda aconteceu.

Hungria - E quem deu os nome pra Polícia?

Duka - Ele.

Hungria - Tu não foi homem nem pra segurar teu morro e agora espera que eu te ajude?

Duka - Sim.

Hungria - Meus moleque tão pronto pra guerra.
Duka quero que conheça uma amiga, Bella a responsável pela favela da rocinha, você tem o apoio dela também.

Bella - A gente tem que se unir sempre, ser dono de morro e isso. Um ajuda o outro.

Hungria - Fechamento.

Grego - Vocês são tão foda que as vezes me da vontade de voltar pra essa vida.

- Sinto isso de vez enquanto.

Duka - Prazer irmão.

-Prazer, Hugo Oliveira.

Bella - E ai vamos bolar um plano ou não?

Hugo - Ela é ótima nisso em.

Precisamos pensar ate nos mínimos detalhes, não era chegar lá e tudo estaria Ok.

Bella - E isso, você tem que fazer ele confessar na frente de todos a verdade.

Grego - Ele não vai se confessar por medo de morrer.

Duka - Também acho.

Bella - Então encontre algo ou alguém por quem ele irá implorar, encontre a fraqueza dele e use a.

Duka - Valentina.

Grego - Eu sei onde ela está.

Duka - Vamos usar ela.

Bella - Você tem que passar despercebido Duka.

Do jeito que ela planejou não tinha como dar errado e não daria.

Eu teria meu morro de volta é a minha honra também.

Hungria - Podemos comer agora? Faminto.

Duka - Eu também.

Grego - Todo mundo precisa comer mesmo a gente não pode ir pra guerra de barriga vazia.

- Então venham que eu já preparei tudo - Uma morena de cabelos cacheados falou entrando na sala.

Hungria - Essa é minha morena. Bora ruiva é a macharada.

A gente comeu no maior papo, nem parece que dali a algumas horas estaríamos todos arriscando as nossas vidas.
Eles mais ainda, se arriscando simplesmente pra me ajudar.

Tendo o apoio de dois morros pelo menos uma certeza eu tinha a gente estava em maio número.
Abaixei a guarda e me permiti lembra do meu anjo... Ela deve esta chorando nesse momento.
Após reviver na minha mente os melhores momentos com ela me toquei de uma coisa.
Os presentes embrulhados, roupas masculinas e cuecas novas.
Ela não me disse de quem era aquilo tudo, mas não importa se for um namorado ela não o ama o suficiente ela ama a mim era comigo que ela estava nos últimos dias e foi pra mim que ela se entregou a algumas horas.

Eu vou voltar meu anjo... E você vai ser só minha.

Uma Noite no Morro 2 Onde histórias criam vida. Descubra agora