Depois de dar algumas voltas resolvi voltar para o apartamento. Assim que a porta do elevador se abriu tive uma das piores cenas que poderia ver. Deryk estava beijando outra garota, não sabia se tinha o direito de fazer algo, porém não queria ficar nem mais um segundo vendo aquela cena. Aproveitei que a porta do elevador ainda estava aberta e entrei nele. Sai andando pelas ruas, não sabia o que fazer.
Estava tão imersa em meus pensamentos que nem percebi aonde fui parar, o céu já estava escuro, já era possível sentir o ar gélido. Algumas pessoas quando estão tristes perdem totalmente a fome, já a minha se triplica. Continuei andando por mais algumas ruas e avistei uma loja de conveniência. Peguei alguns salgadinhos, umas bebidas e alguns chocolates, paguei as coisas ao moço do caixa e sai. Sentei em um banco que havia em um pracinha e comecei a comer minhas guloseimas.
Comecei a lembrar do Deryk, do nosso passeio ao shopping, o nosso primeiro beijo, a sensação que sou capaz de sentir quando estou com ele é única, mas talvez tenhamos apressado demais as coisas, nem cheguei a perguntar se ele talvez ainda gostasse de alguém do passado, ou se ele estava apenas comigo, achava que não precisava, agora vejo que era necessário.
- Por que você fez isso comigo?- Digo baixo com os olhos marejados.- Eu estava gostando tanto de você Deryk, tanto.- Comecei a chorar, não conseguia segurar mais, literalmente desabei.
- Ele te traiu? -Escuto uma voz grossa porém doce ao meu lado.
- Não exatamente, ou sim, eu realmente não sei, ou será que foi? -Digo levantando meu rosto para olhar o homem ao meu lado, ele tinha cabelos e olhos castanhos e uma pele aparentemente suave.
-Bom...-ele da uma risadinha.-Vejo que nem você mesmo entende a situação.Seja o que for não adianta nada você comer um monte de porcariada sentada no banco da praça e ainda por cima chorar.
-Eu me perdi e estava morrendo de fome.-Digo a ele.- E chorar alivia sábia.
-Porém não resolve seus problemas.- Ele diz se levantando.- Diga-me aonde você mora que te ajudo a encontrar.
- Esse é o problema.- Digo abrindo uma barra de chocolate.-Nem eu sei.
-Minha nossa menina,como não?- Diz ele perplexo.
-Eu me mudei não faz muito tempo.
-Mas você no mínimo deveria saber o seu endereço.- Diz ele com uma voz de indignação.
-Fazer o que? É a vida.-Digo dando um longo suspiro.
- Se quiser posso lhe ajudar a encontrar sua prestigiosa moradia, querida dama.- Diz ele em um tom brincalhão.
- Adoraria sua prestigiosa ajuda, cavalheiro.- Digo dando-lhe um sorriso.
Por fim ele falou que era melhor nós irmos andando em direção de onde vim. Ficamos horas caminhando, nem cheguei a perceber o quão longe fui. Depois de horas e muito tempo andando finalmente conseguimos encontrar o prédio onde morava.
- Obrigada por me ajudar.- Digo dando-lhe um grande sorriso.- Aliás, qual seu nome?
- Henry, prazer.- Diz ele me estendendo a mão.
- Margo, o prazer é todo meu.- Digo apertando sua mão.- Novamente muito obrigada por ter me ajudado, espero poder retribuir.-Digo adentrando a porta do prédio.- Tchau Henry.
-Nos vemos por ai, Margo.
Cheguei em meu apartamento e fui direto para o banheiro, necessitava de um bom banho quente. Enchi a banheira com água bem quentinha, coloquei alguns sais de banho e me deitei na banheira. Acabei dormindo em meio aos meus pensamentos.
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Gente ainda estou viva, dessa vez realmente pretendo continuar. Perdoem os meus vacilos e não desistam de mim ❤.
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O idiota do apartamento ao lado
RandomMargo Albuquerque Fonseca, uma menina bela de 18 anos. Sai de sua cidade natal Canadá para realizar seus sonhos em Williams na Califórnia. Mas acontece várias coisas fora de seus planos.