Capítulo quatorze

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Depois de dar algumas voltas resolvi voltar para o apartamento. Assim que a porta do elevador se abriu tive uma das piores cenas que poderia ver. Deryk estava beijando outra garota, não sabia se tinha o direito de fazer algo, porém não queria ficar nem mais um segundo vendo aquela cena. Aproveitei que a porta do elevador ainda estava aberta e entrei nele. Sai andando pelas ruas, não sabia o que fazer.

Estava tão imersa em meus pensamentos que nem percebi aonde fui parar, o céu já estava escuro, já era possível sentir o ar gélido. Algumas pessoas quando estão tristes perdem totalmente a fome, já a minha se triplica. Continuei andando por mais algumas ruas e avistei uma loja de conveniência. Peguei alguns salgadinhos, umas bebidas e alguns chocolates, paguei as coisas ao moço do caixa e sai. Sentei em um banco que havia em um pracinha e comecei a comer minhas guloseimas.

Comecei a lembrar do Deryk, do nosso passeio ao shopping, o nosso primeiro beijo, a sensação que sou capaz de sentir quando estou com ele é única, mas talvez tenhamos apressado demais as coisas, nem cheguei a perguntar se ele talvez ainda gostasse de alguém do passado, ou se ele estava apenas comigo, achava que não precisava, agora vejo que era necessário.

- Por que você fez isso comigo?- Digo baixo com os olhos marejados.- Eu estava gostando tanto de você Deryk, tanto.- Comecei a chorar, não conseguia segurar mais, literalmente desabei.

- Ele te traiu? -Escuto uma voz grossa porém doce ao meu lado.

- Não exatamente, ou sim, eu realmente não sei, ou será que foi? -Digo levantando meu rosto para olhar o homem ao meu lado, ele tinha cabelos e olhos castanhos e uma pele aparentemente suave.

-Bom...-ele da uma risadinha.-Vejo que nem você mesmo entende a situação.Seja o que for não adianta nada você comer um monte de porcariada sentada no banco da praça e ainda por cima chorar.

-Eu me perdi e estava morrendo de fome.-Digo a ele.- E chorar alivia sábia.

-Porém não resolve seus problemas.- Ele diz se levantando.- Diga-me aonde você mora que te ajudo a encontrar.

- Esse é o problema.- Digo abrindo uma barra de chocolate.-Nem eu sei.

-Minha nossa menina,como não?- Diz ele perplexo.

-Eu me mudei não faz muito tempo.

-Mas você no mínimo deveria saber o seu endereço.- Diz ele com uma voz de indignação.

-Fazer o que? É a vida.-Digo dando um longo suspiro.

- Se quiser posso lhe ajudar a encontrar sua prestigiosa moradia, querida dama.- Diz ele em um tom brincalhão.

- Adoraria sua prestigiosa ajuda, cavalheiro.- Digo dando-lhe um sorriso.

Por fim ele falou que era melhor nós irmos andando em direção de onde vim. Ficamos horas caminhando, nem cheguei a perceber o quão longe fui. Depois de horas e muito tempo andando finalmente conseguimos encontrar o prédio onde morava.

- Obrigada por me ajudar.- Digo dando-lhe um grande sorriso.- Aliás, qual seu nome?

- Henry, prazer.- Diz ele me estendendo a mão.

- Margo, o prazer é todo meu.- Digo apertando sua mão.- Novamente muito obrigada por ter me ajudado, espero poder retribuir.-Digo adentrando a porta do prédio.- Tchau Henry.

-Nos vemos por ai, Margo.

Cheguei em meu apartamento e fui direto para o banheiro, necessitava de um bom banho quente. Enchi a banheira com água bem quentinha, coloquei alguns sais de banho e me deitei na banheira. Acabei dormindo em meio aos meus pensamentos.

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Gente ainda estou viva, dessa vez realmente pretendo continuar. Perdoem os meus vacilos e não desistam de mim ❤.

O idiota do apartamento ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora