A viagem

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(Sherlock) Eu planejava há dias ter um final de semana especial com John. Mas eram tantas alternativas e planos se comunicando na minha cabeça como um leque de opções que demorou mais do que eu queria para concretizá-lo. 

Pensei seriamente em um itinerário que incluísse peças, óperas além dos bailes belíssimos; eu ficaria satisfeito. Mas tive receio que John achasse exagero. John era simples... 

No fim, optei por alugar uma casa de campo; não era barulhento nem social, e eu imaginava que John gostaria e se surpreenderia.

Armei o plano e essa etapa me divertia bastante, preparei todo o local e o dia chegou. 

Era uma sexta, por volta das 18h e John recebeu uma mensagem de um número desconhecido no seu celular.

"Mr. Watson, há um carro esperando na porta. É urgente". MH.

John não desconfiou do número desconhecido. Mycroft mudava de número constantemente e várias vezes mandava mensagens por algum subordinado dele, talvez por preguiça dele próprio de digitar.

John gritou da sala:

J – Sherlock, uma mensagem do seu irmão. Você também recebeu?

S – Sim.

J – Vamos logo!

Cheguei até a sala.

S – Eu nem sei do que se trata.

J – Pare de pirraça e vamos. Pode ser algo importante.

S – Se fosse algo importante, ele estaria sentado nessa cadeira, pedindo, por favor, para que o ajudássemos.

J – E você tem algo melhor para fazer nessa sexta-feira? Prefere ficar em casa entediado?

S – Ao invés de ajudar meu irmão? Certamente.

J – Vamos lá ver do que se trata! Se você achar entediante, retornamos. Ele disse que já tem um carro na porta. – disse John olhando o carro pela janela com expectativa.

Contemplei John. Eu adorava a animação dele para um novo assassinato. Ele gostava particularmente dos trabalhos solicitados por Mycroft porque quando ele recorria a nós nunca era algo muito simples. 

Sua vivacidade com a ideia de um novo caso já era motivo para eu me sentir eufórico em dobro.

J – O que foi? Vamos!!

S – Se você insiste em ajudar aquele idiota – disse dando meia volta para pegar meu casaco.

Saímos. O carro na porta era 'padrão Mycroft', com um motorista a nossa espera. Este abriu a porta, ambos entramos. Agora era esperar que ele nos conduzisse.

J – Você devia parar de implicar com seu irmão.

S – Você devia parar de se aliar aos meus inimigos.

J – Ele não é seu inimigo.

S – Não confie nele, John. Quando eu digo que ele é uma ameaça, eu falo sério.

J – Eu confio nele sim. Ele me ajuda a lidar com você, sabia?

S – Eu devia proibi-lo de conversar com ele. Exigir que fiquem a dez metros de distância, no mínimo, sempre.

John riu.

Depois de um bom tempo chegamos a um local próprio para pouso de helicópteros. Havia um deles já ligado a nossa espera.

JohnLockOnde histórias criam vida. Descubra agora