Mau Presságio

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Noah Medson (MÍDIA)

SOFIA

Estou no carro de Noah, sendo levada por ele para casa. Seu carro é muito aconchegante e tem um cheiro ótimo.

No rádio, uma música calma, com violinos e piano, toca baixinho.

- Me desculpe pelo beijo. - Noah murmura sem desviar os olhos da pista. Ele se refere ao beijo do bar, o beijo de bêbado.

- Tudo bem, só não repita isso outra vez. - eu tento parecer durona, e ele ri de canto.

- Você continua uma péssima atriz. - ele diz enquanto ri baixinho.

- E você continua muito atrevido.

- Hm. - ele concorda com uma expressão que diz: "Realmente". - Então... aquele cara do bar... - ele diz lentamente, me olhando de relance às vezes. Ele está tentando não demonstrar a sua curiosidade.

- Sim, o que tem ele? - não pense que irei facilitar as coisas para você Noah Medson.

- Ele é seu... sei lá... namorado? Algo assim? - e ele suspira, como se tivesse se livrado de um enorme peso ao conseguir pronunciar aquelas palavras.

Eu ri com sua pergunta.

- O que foi? - ele ri também.

- Nada é só que... - eu continuo rindo.

- É só que o que? Fala aí. - ele continua rindo comigo, tentando entender.

- Eu sei lá, só é engraçado! Tudo isso, toda... essa.... situação. É tudo tão estranho!

- Nisso eu tenho que concordar com você! Isso tudo é muito louco e improvável! A gente depois de anos se encontrar num bar qualquer!? Como isso é possível? - ele gesticula com os braços de vez em quando soltando o volante por breves momentos.

- Não é!? Quais são as chances de isso acontecer?

Noah coloca sua mão sobre a minha por um instante.

- Eu não sei... só... estou feliz por ter acontecido. - ele me olha nos olhos.

Uma forte luz bate nos meus olhos e eu volto meu olhar para a pista.

- Noah! O carro! - quando olho Noah já estava entrando na contramão.  Com sorte ele consegue desviar do carro que buzinava sem parar. - Meu Deus! Eu acho que você não está em condições de dirigir! Vamos parar!

- Não, Sofia, está tudo sob controle.  Não se preocupe! - ele afirma,  agora ele está correndo muito, acho que para chegarmos logo e eu parar de "brigar" com ele.

- Noah, você entrou na contramão e está alcoolizado! - eu estou totalmente virada para ele agora, com os olhos arregalados, sobrancelhas arqueadas e dentes à mostra. Com uma bela e esculpida expressão de medo!

- Tá, primeiro: Isso só aconteceu porque eu desviei meu olhar da pista, não porquê estou alcoolizado, isso nem é verdade! E segundo: Eu não estava totalmente na contramão tá, a roda direita traseira ainda estava do lado certo da pista! Eu vi isso!

- O quê? E do que isso importa se nós íamos MORRER!?

- Nós não íamos morrer, estava tudo sob controle, eu já falei!

- Não, você quase nos matou! Só é orgulhoso demais para admitir isso! - eu me virei para frente, cruzando os braços e fechando a cara.

- Droga! - ele murmura batendo no volante.

Eu permaneci calada, apenas desejando chegar em casa em segurança. Noah por sua vez se queixava o tempo todo, resmungando como um velho bêbado.

Depois de demorados minutos Noah para na frente da minha casa. Eu finjo não perceber, já que não quero descer do carro brigada com Noah. Ele se vira para mim, com as mãos sobre o volante, ele murmura:

Uma doce meninaOnde histórias criam vida. Descubra agora