Capítulo 9

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Anastásia Steele

"Carrick ?" Choro, não acreditando no que está acontecendo.

Como eu queria que tudo fosse apenas um pesadelo.

"Bem vinda de volta, querida." Sorri.

Rapidamente me levanto e corro até a porta.

"Me deixa sair, Carrick." Grito puxando a fechadura da porta.

"Você não vai sair." Diz aproximando.

"Não toque em mim." Grito, batendo em suas mãos estendidas.

"Querida, por favor, não grite."

"Me deixa sair, por favor." Sento encostando-me na porta.

"Não posso, querida. Simplesmente não posso." Ajoelha-se na minha frente.

"Por que não ? Eu quero sair." Pergunto chorando confusa.

"Você é minha agora." Diz.

"O que ? Você é louco ?" Grito diante de tamanho absurdo.

"Será mais fácil se aceitar."

"Eu quero ir embora. ME DEIXA IR." Sinto meu rosto doendo e lembro que ele havia me batido.

"Já falei pra não gritar. Gostando ou não ficará aqui." Declara.

"Eu te odeio." Choro.

"Não, por favor. Não me odeie." Implora olhando pra mim parecendo estar aborrecido.

Ele é completamente louco.

"Então, me deixa ir pra casa, por favor."

"Desculpa, mas não posso fazer isso."

Levanto e continuo distribuindo socos na porta.

"SOCORRO, ALGUÉM ME AJUDA." Grito o mais alto que consigo.

"Cala a boca, Anastásia."

"SOCORRO," continuo batendo na porta. " CHRISTIAN."

"Não chame por ele," grita pegando-me pelo braço. "Você nunca mais irá ver aquele merdinha de novo."

"ME DEIXA IR, SEU MONSTRO!"

"Anastásia, estou avisando! Se continuar gritando, terei que lhe dar outro corretivo." Ameaça.

"SEU MOSNTRO."

"Eu te avisei."

Em um rápido movimento ele me puxa pela mão e me joga no sofá. Vai até a cozinha pra voltar com uma cadeira e carregando uma mochila.

Ele coloca a cadeira no centro da sala e tira umas cordas da mochila.

Vem até mim me puxando pelos pulsos.

"ME SOLTA," tento me soltar. "EU TE ODEIO, SOCORRO!"

"Agora você irá aprender." Joga meu corpo sobre a cadeira e amarra minhas mãos atrás da cadeira.

"PAPAIIII." Grito.

Raymond Steele

Derrubou o jarro de água no chão e coloco a mão sobre o peito. Minha Céu.

"Ray, o que houve ?" Carla vem até minha, me amparando.

"Eu... senti um aperto bem aqui. Alguma coisa está acontecendo! Eu quero minha filha, Carla. Eu quero ela de volta." Apoio minha testa em seu ombro e começo a chorar.

"Calma, meu amor, vamos encontrá-la." Sussurra com os olhos marejados.

"Senhor Steele, o Sr Grey acordou e gostaria de vê-lo." Informa a enfermeira.

"Tudo bem, eu vou."

"Por aqui."

"Eu já volto." Dou um selinho em Carla e saio.

Entro no quarto de Christian e encontro-o sentado terminando de amarrar os sapatos.

"Não sabia que o médico tinha de dado alta!" Digo sentando ao seu lado.

"E não deu, mas não vou ficar aqui enquanto minha mulher está lá fora com algum louco." Responde com raiva.

"Você precisa se curar primeiro. Aprecio o seu carinho pela minha filha, mas também não posso deixar que saia assim. Ela também não iria gostar."

"Eu sei," sorri. "O pouco que eu conheci dela, foi o bastante. Ela é incrível."

"Minha céu é uma menina boa e vamos encontrá-la." Afirmo.

"Isso eu garanto." Diz convicto.

"Certo, agora volte pra cama."

"Ray..."

"Pela Ana." Interrompo.

"Eu não posso, preciso encontrá-la." Sussurra.

"Nós vamos," Garanto. "Vou deixar você descansar." Aviso me levantando.

"Espera! Eu queria saber como estão as coisas. Alguma notícia ?" Pergunta esperançoso.

"Não, ainda não."

"O que querem Ray ? Por que a levaram ?"

"Eu não sei, mas vamos descobrir!"

Christian Grey

Abro os olhos pela quarta vez nesta madrugada. A dor de cabeça insiste em me incomodar. Maldita pancada.
Mas eu juro, nem que leve mil anos, eu vou encontrá-la.

Eu vou te achar, meu amor. Eu juro.

Esconderijo (Em Andamento)Onde histórias criam vida. Descubra agora