Esconderijo (Em Andamento)

Capítulo 26

Anastásia Steele

Em choque fecho a aba e olho para o banheiro. O que mais o Christian tem passado também? Seu celular vibra outra vez e tenho medo de olhar. Suspiro e visualizo. É tio Taylor. Mas o que..

Christian, Carrick já foi transferido. O pedido de habeas-corpus do advogado até o dia do julgamento foi negado. Ele não vai sair. Mas, infelizmente não sei se vou conseguir impedir a presença de Ana no tribunal. Me ligue assim que puder.

Meu Deus. Ele realmente está preso?! Não quero tê-lo que ver novamente. Isso não. Por favor, não.

Ah, Christian. Porque não me contou, amor ?

Ele sempre tentando me proteger. Eu o amo tanto. Será que foi isso que ele foi resolver mais cedo com meu pai e José?

Corro pro banheiro e vejo ele jogando sais na banheira. Ele olha pra mim assustado e me jogo em seus braços.

"Ana, amor. O que foi ?" Pergunta me abraçando preocupado.

"Eu te amo. Amo muito." Sussurro em lágrimas.

"Querida, eu também te amo. O que houve ?"

"Eu vi suas mensagens. Desculpa por olhar. Mas, porque não me contou o que está passando ? É verdade que Carrick está preso? Eu nem sabia que ele tinha acordado."

Christian suspira e se afasta para me olhar.

"Eu não queria que soubesse ainda. Esse era o último assunto que eu traria a tona agora. Eu só quero que fique tranquila e me deixe resolver."

"Mas e o caso dos seus pais? E.. talvez eu tenha que depor." Digo com medo.

"Vou fazer o impossível para evitar isso. E sobre meus pais, ainda tem muitas pontas soltas nessa história." Suspira cansado.

"Numa das mensagens, Flyn disse que encontraram um vídeo."

"O que?" Olha pra mim em choque.

"Parece que é o dia do suposto assalto." Esclareço.

Christian fica me olhando. Acho que ainda está processando a informação. Seja o que for, é possível que este vídeo esclareça muita coisa.

"Ligue pra ele." Christian acena mas, nega com a cabeça.

"Vou cuidar de você primeiro." Diz desligando a torneira.

"Amor, isso é importante." Digo segurando seus ombros.

"Você também é." Diz e me ajuda a entrar na banheira.

Vejo seus olhos distantes e fico triste pelo tempo em que busca pela verdade sobre seus pais. Tantos anos procurando e ainda nada.

Quando ele ia passar a bucha sobre meu peito, tomo de sua mão com delicadeza e ele me olha.

"Senta aqui." Peço.

Christian suspira e senta de frente pra mim. Sento em cima dele apoiando meus joelhos na banheira e abraço seus ombros.

"Deixa eu cuidar de você." Sussurro em seu ouvindo.

"Você não está mais sozinho. Não precisa guardar tudo pra si." Continuo.

Sinto Christian respirar fundo e envolver minha cintura com seus braços.

"Eu senti tanto a sua falta." Funga em meu ombro.

"Eu tô aqui agora. Vai ficar tudo bem."

Cuidei de Christian como se fosse um bebê. Lavei seus cabelos macios com shampoo, distribuindo beijos em seu rosto. Esfreguei seu corpo com sabonete líquido. E fiquei fazendo cafuné em sua cabeça depois de ter feito o mesmo comigo.

Silêncio. É o que ficamos aproveitando antes de voltar para realidade.