Prólogo - Without at least a goodbye

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– DaHyun –

Tudo ocorreu perfeitamente nesse ano. Fiz novas amizades, adquiri conhecimento, algumas decepções, mas nada do que pudesse me colocar para baixo. Enfim, estava terminando o terceiro ano do ensino médio. O fim desse ano é um grande avanço, porque é a partir dele que decidimos o que faremos de nossas vidas, que rumo ela tomará.

Eu mantia minha mente bem "longe da Terra", continuando a pensar nas coisas que passei em todas as séries que estive, desde notas baixas à paixões de criança. A verdade é que eu evolui demais de lá para cá, passei a me dedicar, prestar atenção na aula, passar a noite em claro com a cara enfiada em um livro... Resumindo, me tornei uma menina mais aplicada e disciplinada. E hoje, lá estava eu, em uma colação de grau. Poucas pessoas conseguiram terminar o colegial, e, graças a Deus, eu fui uma delas

– Terra chamando DaHyun!– Disse Chaeyoung, sacudindo-me devagar, na tentativa de fazer minha cabeça sair da lua. Olhei-a, sorrindo fraquinho, segurando suas mãos em seguida. Chae era uma grande amiga, uma de infância na verdade, eramos, e ainda somos vizinhas.– Hyun, está chegando nossa vez! – Assenti enquanto ria baixinho, Chae estava ansiosa, mais do que eu. Me inclinei para frente, virando a cabeça para o lado sorrindo para minhas outras amigas, mas logo voltando meu olhar para o palco em frente às fileiras de cadeiras que os alunos permaneciam sentados e conversando baixo. Meu olhar estava fixado em um lugar aleatório, mas acabei o desviando quando ouvi uma voz conhecida se manifestar.

– Vocês estão nervosas?– Sana, roendo as unhas pelo nervosismo, segurando a mão de Jihyo na tentativa de se acalmar. Apenas ri soprado pedindo para Mina trocar de lugar comigo, e esta aceitou sem contestar. Levantei-me, sentando ao lado da loira, segurando suas mãos com delicadeza em seguida. Sana era uma amiga que conhecia desde meus quatro anos, nossas mães haviam se conhecido no trabalho e não se desgrudavam. Eu, Chaeyoung e ela eramos um trio inseparável. A japonesa desviou seu olhar para o lado, o que fez com que ela mantesse seus olhos fixos aos meus no mesmo momento. – Vamos lá, unnie! Fique calma, respire fundo! Estamos terminando o colegial! O que deseja fazer? Para qual faculdade quer ir? – Permitia-me fazer tais perguntas apenas para distrair a mais velha, e a mesma não demorou muito para prestar atenção e suspirar. Percebi que ela se sentia mais aliviada e relativamente calma, mas ainda com um leve nervosismo. – E-eu pretendo fazer direito e.. Eu quero ir para a faculdade de.. Osaka– Minha expressão mudou de água para o vinho com a última resposta. Sana era japonesa, e viera para a Coreia quando tinha seis anos, contudo nunca imaginei que ela iria voltar para Osaka, sua cidade natal. Com toda aquela informação, apenas escondi meu leve baixo astral com um sorriso de soslaio.

– Oh... Por que não me avisou?– Perguntei a olhando, enquanto a via se encolher. Não sabia exatamente o porque de ela ter feito isso, porque mesmo sabendo que ela iria ficar longe de mim e da Chae, eu iria apoiá-la de qualquer forma. Tudo para ver aquele sorriso que eu tanto amava.

– Eu tinha medo de você ficar chateada comigo por não cursar a mesma faculdade que você e a Chaeyoung. Sei que tinha prometido ir para a mesma faculdade que vocês – Abaixou suavemente a cabeça, mas a ergui no mesmo instante, abraçando o corpo da loira em seguida– Está tudo bem, esquilinha. Se você acha que ir para lá vai te deixar feliz, eu também fico feliz.– Não era mentira, porém a saudade iria fazer doer

– Obrigada, DaHyunnie... Por me entender e por ser uma amiga maravilhosa em meio a esses longos doze anos ao seu lado, eu te amo muito! E eu juro que volto!– Eu sorri passando meus braços por cima dos seus ombros, agora olhando para o diretor, no qual ditava palavras esplêndidas, e um tanto quanto incentivadoras.

– Bom alunos, depois de muito esforço, vocês conseguiram! Estão aqui porque se dedicaram, deram tudo de si; eu tenho orgulho de todos. Sei que não é uma jornada fácil, e isso prova ainda mais o quão esforçados são. E é hoje que, depois de muito trabalho, sairão do colegial. Chamarei um por um para receber seus diplomas

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