Nova York, 22 de Abril de 2002
Eu estava sentada em uma poltrona enquanto meus pais arrumavam nossas malas rapidamente, eu não entendia nada, aliás quem entenderia aos seis anos de idade.
— Papai nós vamos embora? — perguntei triste brincando com meu irmão caçula que estava em seu berço.
Minha mãe então olhou para o homem barbudo que observava atentamente a janela.
— Vamos para um lugar mais seguro filha, afastada de todos, Sokovia talvez seja uma possibilidade. — falou minha mãe docilmente olhando para mim e em seguida encarou meu pai.
Sokovia poderia ser tudo, menos um lugar seguro.
Mal sabia eu que Sokovia era o lugar mais triste que tive o desprazer em conhecer.
— Tente apenas entender que aqui não é segu... — antes que meu pai terminasse suas palavras uma granada é jogada em nossa sala.
Meu pai me empurra para o lado me mandando ir para debaixo da cama. Assim que me escondo a granada explode fazendo minha casa pegar fogo.
— Mamãe! Papai! Josh! — gritei desesperada chorando.
Minha mãe estava desmaiada e meu pai com sua perna queimada. Olhei para o berço e meu irmão caçula chorava desesperadamente, ele não entendia nada do que estava acontecendo.
E nem eu.
Meu pai então, gesticulou com a mão para que eu ficasse quieta, e um homem de cabelos um pouco acima dos ombros com uma máscara e um braço de metal entra indo em direção de meu pai.
— Onde está a garota? — o mascarado falou autoritário.
Meu pai permaneceu quieto. Mas então minha mãe abriu os olhos, e quando o homem percebeu ele caminhou lentamente até ela e a pegou pelos cabelos fazendo minha mãe gritar.
— Cadê a garota? — gritou.
As chamas só aumentavam em nossa volta.
Ele estava prestes a quebrar o pescoço de minha mãe, eu simplesmente não consegui ficar parada, meu instinto gritou para que eu ajudasse minha mãe, mesmo sendo apenas uma criança.
Então com uma força que não sabia que tinha jogo a cama em cima do homem assustando meus pais.
O homem olha furioso para mim e começa a caminhar em minha direção. Coloco minhas mãos nas chamas sem querer e sinto uma força estranha dentro de mim. Porém, antes mesmo de eu me dar conta do que estava acontecendo, o homem me segurou jogando meu corpo em seu ombro.
— Não mamãe, papai me ajude! — esperneio chorando mas então quando saímos do cômodo ele simplesmente explode — Não! — chorei desesperada — Me solta! — gritei chorando me debatendo em seu ombro.
Quando saímos da casa ele me jogou dentro de um carro, e em nenhum momento eu parei de chorar.
— Você é um monstro. — solucei e pude ver seus olhos azuis pelo retrovisor.
Eles mostravam pena, mas eu não estava nem ai. Ele matou minha família
E eu iria mata-lo.
— Você é minha missão — foi a única frase que ele falou durante todo o percurso.
E essa frase ficaria guardada em minhas lembranças para sempre.
⚛⚛⚛
Depois de cumprir minha missão e, matar aqueles dois agentes da S.H.I.E.L.D, confesso que ao ver aquela menina chorar apertou meu coração e lembranças começaram a vir átona. O que resultou em muitas dores de cabeça e dúvidas de por que eu estaria fazendo aquilo tudo.
Chegando no prédio da Hidra, eles com muito esforço doparam a garota e a jogaram em uma maca para testes. Vou até o mesmo laboratório e me sento em uma maca mais afastada observando a garota atentamente.
Era apenas uma criança.
Suas bochechas coradas de chorar, seus punhos fechados sinalizando sua força feita para fugir de meus braços. Seus cabelos tão escuros se destacando em sua pele pálida, agora vermelha pelo choro. Ela não merecia aquilo.
Eu estava pensativo.
Senti a compaixão voltar a se instalar em meu peito e, o mais importante. Em minha mente.
Estava prestes a fazer a coisa certa, mas meus pensamentos e lembranças confusas jamais permitiriam. Meu líder então chega e se ajoelha na minha frente.
Davis era um homem baixo, forte e mal encarado. Ex-agente infiltrado do governo, percebeu que sequestrar criancinhas ou, dar lar a crianças rebeldes poderia ser uma ótima forma de criar um exército a favor de suas causas fascistas.
— Parece assustado Soldado, o que houve? — Davis perguntou enquanto eu observava o vazio.
— Eu sou um monstro? Porque eu matei os pais daquela menina? — perguntei ainda olhando o nada.
Eu estava confuso.
— Por que eles eram sua missão, sabe disso, eram uma ameaça para nós. O que foi está sentindo compaixão? — não respondi.
Suponho que isso foi uma resposta para Davis porque ele, então se levantou e olhou os cientistas.
— Reinicie ele, está bondoso demais. — diz saindo da sala.
Eles me empurram na maca, me deram algo para colocar na boca e logo em seguida começaram o procedimento doloroso, me fazendo gritar de dor, esquecer tudo, e voltar a ser o monstro que sou.
Novos capítulos toda terça, quinta e domingo!
Revisado✓

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ᴇʟᴇᴍᴇɴᴛᴀʀʏ - ᴛʜᴇ ᴜɴᴛᴏʟᴅ sᴛᴏʀʏ
Actionᴘʀɪᴍᴇɪʀᴀ ᴛᴇᴍᴘᴏʀᴀᴅᴀ sᴀɢᴀ ᴍᴀʀᴠᴇʟ ʙʏ ᴀʀᴛᴏᴍᴀᴢ ↓ Após seus pais serem brutalmente assassinados em sua frente e ser sequestrada por uma das organizações mais perigosas do mundo, Allison Armstrong é torturada e criada como uma cobaia para experimentos da H...