Capítulo 5 - Bom Dia!

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Breno

***

Abro os olhos e me deparo com a luz do dia atravessando a janela. Sinto uma fisgada lancinante em minha cabeça. Fecho os olhos com força.

Onde estou? O que aconteceu?

Ainda estou de olhos fechados. Espero a dor passar e tento me acostumar com a luz em meu rosto.

Estou deitado. Sinto o tecido macio em meus ouvidos. Me sento, apoiando em meu braço.

Abro os olhos e quando me adapto a luz do ambiente olho para mim.

Eu estou de cueca e com minha camiseta.

Mas por que diabos eu estou assim?

Eu olho pro lado e vejo o corpo de um garoto. Ele está só de cueca. Seu rosto está virado pro outro lado.

Puta que pariu.

Eu fico vários minutos tentando me lembrar e falho miseravelmente. 

Resolvo refazer minha noite passo a passo.

Me lembro do atraso de Karen, ontem. De chegar aqui e receber um abraço de Willian - adorei o abraço - e ir pra junto de quem eu conhecia. Comecei bebendo aos poucos e...

Droga!

Só espero não ter feito vergonha ou dado problema pra ninguém.

- Ok! - suspiro. - o que fazer quando você acorda de cueca em um quarto estranho, numa casa estranha, com um estranho de cueca do seu lado?

Só então reparo no estranho.

Alto, branco, magro, pernas torneadas e uma bunda bem...

Porra!

Ele tinha um corpo bem gostoso, admito. A vontade de tocar era grande, mas a sanidade era maior.

Será que eu fiz algo com ele?

Afasto esses pensamentos. Eu não ficaria com um estranho nem se estivesse bêbado. 

Bom, eu acho.

Meu coração pula quando eu o vejo se revirar.

Ele se mexe várias vezes até parar. É então que vejo seu rosto, sereno e dorminhoco.

COMO EU VIM PARAR A CAMA DE CUECA COM O WILLIAN?

Porra! Como isso aconteceu? Não tem uma explicação lógica pra isso. Eu realmente devia estar MUITO louco.

Ok! Fica calmo.

Eu o reparo mais uma vez.

Seu rosto está tão lindo e... apaixonante. O cabelo está todo bagunçado. Reparo em suas sobrancelhas bem feitas e em sua boca fina e... deliciosa.

Tô fudido.

Tenho vontade de beija-lo. Quero ficar olhando ele dormir, sem acorda-lo ou move-lo.

Me deito novamente. Depois me preocupo com minhas coisas.

Deito de barriga pra baixo e me viro pro seu rosto. Posso ver um pouco de seus dentes alinhados, através de sua boca entreaberta.

Escuto sua respiração calma e compassada.

Caralho. Ele é muito gostoso.

Eu desço meu olhar por seu corpo. Paro em sua bunda e aprecio a visão. Meu pau fica duro.

Me imagino apertando aquele parte saliente e depois passeando minhas mãos por seu corpo.

Como estaria seu volume? Maior ou menor de quando o reparei com moletom?

Ele se revira de novo. Dessa vez, joga um dos braços em minha cintura e me puxa pra muito perto de si, encostando nossos corpos.

Estou tão nervoso que meu coração quase não bate durante esse movimento.

Sinto o calor de suas pernas nas minhas. É tão bom que até ignorei o fato dele ter me puxado como se eu pesasse menos de 1kg.

É então que percebo. Olhei pro lado e vi os lençóis que vieram junto comigo, revelando uma lona azul. Estamos em um colchão de ar.

Sabia que ele não poderia ser tão forte.

Meu coraçao gela, subitamente. Sinto suas mãos recuarem e pousarem na minha bunda.

Ele apertava. Não como na hora do sexo, mas como se tentasse impedir que eu me distanciasse.

Isso não tem como ficar pior... Ou melhor.

Me enganei.

Ele voltou suas mãos para minha cintura e me puxou, me obrigando a virar de lado.

Ele se vira e se encosta em mim. E puta que pariu. É agora que eu morro.

Ele tira as mãos da minha cintura e vai subindo por dentro da minha camisa, deixando ela quase em meu peito.

Sinto o calor de seu corpo em minhas costas e mais abaixo, sinto seu pau, duro como pedra, sendo pressionado em minha bunda.

Ele é um cavalo ou o que?

Ele me aperta, me encostando cada vez mais nele.

Não vou mentir. Eu estou adorando. Sentir a respiração dele no meu pescoço, o corpo dele colado no meu.

Queria fazer com que minha camisa se desintegrasse.

Era loucura isso, eu sei, mas estava tudo perfeito e eu queria eternizar isso.

Talvez se ele acordasse, se tornaria um pesadelo, mas eu pensaria nisso depois.

Eu estava duro. E sentir seu corpo e seu pau gigante colado em mim me deixava mais duro ainda, se é que isso é possível. 

Senti sua mão se mexer em minha barriga. Alisando meu peitoral e passeando por meu abdômen.

Ele sabia enlouquecer alguém apenas dormindo. Imagine o que ele faz quando acordado.

Tudo que eu queria era sentir suas mãos quentes sobre meu pau.

- Por favor. - sussurei, quase inaudível, mas a excitação era perceptível em minha voz.

Eu não acreditei quando sua mão deslizou por minha barriga e adentrou a minha cueca.

Senti um aperto quente em meu pau. Não consegui segurar o gemido.

Senti beijos sendo distribuidos em meu pescoço e um aperto mais forte em meu pau.

Eu não sabia o que pensar. Já estava imaginando os xingamentos e ofensas, mas o que veio, me atingiu bem mais forte do que qualquer coisa.

- Bom dia, gatinho.

Todas As Escolhas Possíveis (Romance Gay) [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora