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Os dias se passaram rápido, e Ana e Christian pareceram tudo, menos um casal. Era cômico toda aquela situação. Como se quando o outro percebia que estavam perto demais, ele apenas se afastava.
Ana queria gritar com ele, mas apenas foi plena e educada em todos os momentos de estresse.
Eles não tiveram tempo de descansar, o avião pousou às 16h35min, e eles tiveram de ir direto para a casa dos Steele, para o jantar com os pais dos dois.
Seus pais a arrastaram para o escritório de Raymond - seu pai - com a desculpa de estarem com saudade da filha, mas sabia que era apenas um interrogatório que ela teria.
Dito e feito, não houve abraços ou beijos, apenas perguntas.
— E como foi, meu amor? - sua mãe questionou.
— Tudo bem - ela respondeu.
A garota estava sentada no sofá junto da sua mãe, enquanto seu pai estava apoiado contra a mesa de metal.
— Anastacia, já conversamos sobre essas frases monossilábicas - Raymond resmungou, fazendo-a se sentir como uma criança.
Não havia sido monossilábica, foram duas palavras, três sílabas. Mas ela não podia contrariar o pai, não é mesmo?
— Desculpe, papai, é que eu não tenho o que dizer - murmurou ela.
— Você o satisfez?
Engoliu em seco.
— Sim - respondeu, olhando diretamente para seus sapatos novinhos.
Deus, nunca pensou que poderia se sentir tão envergonhada após algo tão natural.
— Mais de uma vez? - seu pai insistiu.
Mordeu o lábio.
Deveria se gabar em dizer sim, ou deveria esperar uma leve bronca ao dizer não?
Porque foi só uma vez.
E, bem, ela ainda se sentia dolorida.
— Hã... Sim?
— Sim ou não, Anastacia?
— Sim - mentiu.
Não estava a fim de uma bronca naquela tarde, seu pai já parecia bastante irritado sem a ajuda dela.
Ela não questionaria Christian sobre aquilo, mas se sentiu estranha - e com muitas dúvidas - por ele não tocá-la mais.
Era tudo tão confuso. Às vezes ela achava que não tinha que fazer nada, que todos aqueles ensinamentos eram errados, mas logo depois ela se repreende por que ela estava indo contra tudo o que seus pais e todos lhe disseram durante toda a sua vida.
Seu marido deveria ajudá-la naquilo, bem, era o que ensinada pelo menos. Mas seu marido a fazia duvidar de tudo e de todos.
No jantar, sua mãe falava sobre como foi diferente e difícil passar os últimos dias sem Ana em casa, como finalmente ela percebeu que sua garotinha cresceu e a garota apenas tentava não ficar vermelha a cada elogiado exagerado de seus pais.
A morena pegou a taça com vinho, tentando disfarçar sua reação ao que seu pai falava sobre sua habilidade com o violino, e quase engasgou quando sentiu a mão de Christian em sua coxa.
A garota arregalou os olhos para o marido, xingando mentalmente por causa do sorrisinho cafajeste que ele tinha nos lábios.
Aquela era realmente a hora de tocá-la? Passaram quatro dias naquela ilha deserta, e ele não fizera nada. E agora ali, na frente de seus pais...
A mão subiu, o coração parou, sua mão agarrou com mais força a taça de vinho, olhando-o de soslaio.
— Ela aprendeu quando tinha seis anos, acredita? E não parava tocar, era o dia inteiro. Sempre tão perfeita - falava sua mãe.
Na verdade, ela odiava violino, e aprendeu a tocar com sete anos. Seus pais a faziam tocar o dia inteiro, até que se tornou profissional naquilo. Ela achava que odiava mais o violino por seus pais a fazerem tocá-lo o dia inteiro quando criança do que o instrumento em si.
A mão de Christian ainda estava em sua coxa, e ele a apertou, roçando os dedos em sua calcinha - para p desespero de Ana.
A garota mexeu as pernas e as cruzou, mas o mesmo não tirou a mão, apenas foi para a outra coxa, passando as ponta dos dedos de leve, deixando-a arrepiada e desesperada.
— Filha, tudo bem? - seu pai perguntou quando a garota quase derrubou a taça.
— S-sim - murmurou ela e logo deu um olha sugestivo para Christian.
— Tem certeza de que está tudo bem? - perguntou ele, cinicamente.
A garota fechou a cara e retirou sua mão discretamente de sua coxa.
E foi a vez do outro fechar a cara
De repente Christian parecia uma criança a qual foi negado seu doce favorito.
Ana franziu o cenho.Se sentia mal por decepcioná-lo.
Mas também, o que ele queria, tocando-a daquela forma bem na frente dos pais dos dois?
— Não, pai, eu não quero ficar mais um mês aqui - Christian falou, fazendo a garota perceber que havia se perdido no meio da conversa.
— Seria melhor para todos.
— Todos quem? Vocês, você quer dizer. Porque até a Ana já concordou em ir para os Estados Unidos na quarta.
É, bem, ela "concordou".
— Filha, você tem certeza? - sua mãe pergunta. - É um país totalmente diferente do nosso.
Certeza? Como ela teria certeza de alguma coisa?
Ninguém conseguia ver aquilo? Ela passou os dezoito anos de sua vida tendo suas decisões tomadas por outras pessoas, até mesmo o banho era dado por suas criadas, suas roupas eram escolhidas a dedo por elas, seus passatempos era decididos por seus pais.
Como eles queriam que de repente ela pensassem sozinha e decidisse algo em sua vida?
— Sim, eu tenho - respondeu por fim.
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Aaaai, Christian seu pervetido gostoso!
Ah, tadinha da Ana, vamos ver no que dá. Esse cap foi meio meia boca, mas juro q eu melhoro rs
Obrigada pelos comentários, pelos votos e tudo mais, adooooooro vcs! ❤🙈
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Prometidos
Fanfiction|Sinopse| Eles foram prometidos um ao outro antes mesmo do nascimento, e chegou o momento de oficializarem.