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Não foi preciso de muito para Ana se tornar a nova aluna de Literatura na Universidade Columbia em Nova York. Christian ficou complemente surpreso - para não dizer chocado - quando viu o currículo da garota. Todo o seu boletim era tomado por A+ - a não ser um A- em História na terceira série; ela era fluente em mais três línguas além da búlgara; fez mais de cem projetos sociais voluntários em toda sua vida, e ainda ajudava a mãe com a ONG; tocava quatro instrumentos mesmo que fosse profissional apenas em Violino, mas a garota também tocava piano, flauta e BATERIA - não, ele não conseguia ver aquela garota tocando bateria; e por último, o que provavelmente o assustou mais: ela era faixa preta - PRETA - em karatê.
Se Christian ficou meia hora lendo e relendo todos aqueles dados, não foi exagero, ele ficou sim.
No fim, ele não precisou assinar um cheque tão gordo, apenas o necessário como para qualquer aluno daquele porte, e ficou agradecido em ver sua secretária também ficar chocada com o currículo de Ana.
Uma turma começaria logo na segunda, e o diretor ficou mais do que feliz - talvez mais até demais - em ter Anastacia Grey em sua universidade.
Na segunda, Ana estava nervosa, acordou às cinco da manhã, o que fez Christian acordar também por a garota ficar olhando toda hora através da cortina, fazendo a claridade da manhã - ou melhor, madrugada - entrar no quarto.
_ Ana, por favor, você pode apenas dormir, são cinco da manhã - Christian reclamou, com a voz rouca pelo sono.
A garota o mirou, mordendo o lábio inferior.
O cabelo estava ainda preso pelo trança, mas alguns fios se soltaram, a camisola de seda estava toda amassada de tando a garota enrolar a barra no indicador, os olhos estavam vermelhos da menina ficar coçando o tempo todo.
Ela estava toda destrambelhada, mas continuava linda. A "maquiagem de dormir" completamente intacta, até mesmo o batom - o que era bem impressionante de tanto que a garota mordia o lábio
O que era bem sexy para Christian.
_ Desculpa, não consigo dormir - disse ela, mordendo a unha do polegar e parando mesmo segundo, como se si repreendesse mentalmente.
Christian suspirou e passou a mão pelo rosto.
_ Eu sei que está nervosa, mas a gente não tem que acordar antes das 7h30min, então, por favor, apenas deita aqui e não abra mais essa cortina - ele disse.
_ Tudo bem - ela murmurou e tratou de se deitar na cama, de costas para o outro, colocando a coberta praticamente na cabeça.
Okay, ele havia magoado a menina.
Ela estava apenas nervosa com o primeiro dia na faculdade - o primeiro dia que ela estudaria com outras pessoas em toda a sua vida - e ele havia simplesmente sido um grosseiro com ela.
_ Nossa, eu sou um monstro - sussurrou Christian para si mesmo.
Ele se respirou fundo e se aproximou da menina, passando um dos braços por sua cintura - de uma forma que realmente nunca faziam - e se aconchegou atrás dela, passando um dos braços por debaixo de sua cabeça para que ela deitasse ali.
_ Desculpa - pediu ele. - Eu não queria ter falado desse jeito com você - sussurrou. contra seu cabelo, a boca perto de seu ouvido.
A garota se virou, mostrando - para o desespero do outro - a ponta do nariz vermelha e os olhos molhados.
Ele preferia ela irritada do que chorando. Ele sabia o que fazer com uma garota irritada.
Mas o que fazer com uma garota chorando?
Geralmente, ele apenas não se envolviam quando as mulheres choravam, e depois que elas paravam ele nunca mais ligava para elas.
Não tinha que lidar com aquilo.
Mas aquela ali era sua... Sua esposa, ele não podia apenas deixar ela chorando, ainda mais que havia sido ele quem provocou o choro.
_ Tudo bem, olha, você também não precisa chorar, Ana, eu nem falei nada demais.
Foi só a garota abrir a boca em surpresa, os olhos derramarem mais lágrimas e ela tentar se afastar dele, que o mesmo percebeu que havia perdido o tato novamente.
Se tivesse encontrado, algum dia.
_ Ai, desculpa de novo. Eu não sou nada bom com essas coisas.
A menina virou a cabeça, mas ele segurou seu queixo, trazendo-a de volta a encará-lo.
_ Sinto muito - sussurrou.
Ela entortou a boca dando de ombros num gesto de "tanto faz". Só queria ficar quieta.
_ Às vezes, eu falo sem pensar, e quando vejo, já magoei alguém. E eu sinto muito que eu faça isso muitas vezes com você, prometo tentar mudar isso.
Ela balançou a cabeça.
_ Ei - ele se apoiou no cotovelo, ficando quase em cima da garota, ainda tocando em seu queixo. - Você continua perfeita para mim - sussurrou contra seus lábios vermelhos e inchados pelo choro.
Era diferente beijá-la depois que a menina chorou, era macio e salgado, nada menos do que bom. Ele não aprofundou o beijou, apenas um encostar de lábios, mas foi o suficiente para fazê-lo sentir.
Sentir era algo a mais.
Não seria muito para qualquer outro, mas entre Ana e Christian, era algo muito mais.
Nenhum dos dois sentia algo quando se beijavam, ou até mesmo quando transaram - o prazer estava ali então era o suficiente. Então, ali, sentindo o coração acelerar do nada, Christian apenas queria que parasse.
Era assustador. Bom, mas assustador.
Ele sabia, sabia lá no fundo, que não havia pedido desculpa ou tentado se desculpar porque Ana era sua esposa, e sim porque ele não queria que ela chorasse. Fosse por estar convivendo com ela, ou porque era ela em si. Mas houve algo a mais ali. E os dois apenas não discutiram sobre.
Era tudo uma montanha russa para Ana também. Christian era seu marido, e ela não sabia o que sentir. Ela não sentia nada, na verdade. Mas ela tinha dezoito anos, os hormônios estavam a flor da pele. Christian a magoava, irritava, fazia ficar vermelha de raiva, mas também de chorar. Ela transava com ele. Como é que você transa com um homem e não sente nada por ele, morando na mesma casa, sendo casada... Tendo dezoito anos! Não importava as estatísticas, os ensinamentos, os costumes: Ana era uma adolescente descobrindo a vida. Claro que ela se perguntava se aquilo acontecia com todas as garotas, com as búlgaras, pelo menos. Mas suas amigas eram sempre cheias de coisas boas e felizes para falar de suas vida e maridos, sempre sendo completamente confiantes em seus sentimentos. Ana, às vezes, pensava que talvez houvesse lido livros demais em sua vida, e então seu ideal de expectativa era muito grande para a realidade, e então não conseguia se sentir bem com nada menos do que as cenas que tinha lido. Às vezes, ela tinha medo de nunca conseguir se sentir plenamente feliz por causa daquilo.
Era um medo bobo, mas real. E Christian muitas vezes não ajudava. Mas aí, em momentos como aquele, que ele era extremamente gentil e parecia gostar dela, ela sentia que aquilo tudo era coisa boba, porque ele era um ideal de expectativa incrível.
Droga, era tão difícil tudo aquilo!
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Só sei q sou muito recorde postando o terceiro essa noite, é q to bem vagaba, sem fazer nada hj. Li um livro essa tarde, fiz até a unha - muito chique - e ainda escrevi. Ai, sou muito fazedora de coisas eu! Dá licença 😙😙😊 só ao som de "i'm survivor" ✌
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Prometidos
Fanfiction|Sinopse| Eles foram prometidos um ao outro antes mesmo do nascimento, e chegou o momento de oficializarem.