Prólogo

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Logo se ouviu o choro de um recém nascido em algum lugar.
—Tyler, venha! Venha ver sua irmãzinha! - chamou um homem, com pouquíssimos cabelos brancos, deveria ter uns 30 anos.
Tyler, de quatro anos e, agora, filho mais velho do casal, se levantou animado com seu melhor amigo o acompanhando.
Ambos ficaram nas pontas dos pés para verem um pequeno bebê no colo da mãe de Tyler.
—Que fofa! - comentou Noah, o amigo de Tyler.
—Sim! - afirmou Tyler.
Em pouco tempo a garotinha foi para a maternidade e os meninos puderam vê-la de perto.
—Como ela vai se chamar, Sr. Evans? - pergunta Noah.
—Emilly.
Os olhos dos garotos pareceram se iluminar a simples menção do nome.
—Noah, vamos prometer! - os dois se encaram - Iremos proteger Emilly, a qualquer custo! Não iremos deixar ninguém magoar ela, nem machucar. Você promete?
—Eu prometo e você, promete?
—Eu prometo!
E foi assim que juraram proteger Emilly.
E tempo passou.
Aos dois anos, Emilly proferiu suas primeiras palavras.
Os pais estavam ansiosos, Tyler e Noah brincavam.
—Noah, para de ser tapado! - falou Tyler.
Noah! - gritou a pequena Emilly.
Todos encararam a garota.
—Noah! Noah! Noah! - ficou gritando.
—Diz mamãe! Ma-mãe.
—Mame!
E aquele dia foi muito feliz para a família Evans e para Noah, que sorriu abertamente.
Aos cinco anos, Emilly aprendeu a jogar videogame e ganhou dos meninos.
—Tomem essa, seus tapados! - gritou animada.
—Acha que fomos boas influências pra ela? - questiona Noah ao amigo.
—Sinceramente? Não, fomos péssimas! Mas quem se importa? - ele deu ombros - Ela nos ama!
—Amo! - gritou e pulou em cima deles.
Aos dez, Tyler adoeceu e teve que ficar internado.
Emilly ficou muito chateada, mas Noah ia sempre ver ela, para brincar.
Emilly ficava feliz com Noah e adorava o jeito como se davam bem, mesmo com as diferenças entre idade.
Aos quinze, Emilly descobriu o que era ciúmes, quando viu Noah beijando uma garota na piscina da casa dos Flynn, mesmo achando que era estranho ela sentir isso. É claro que não demonstrou, então aproveitou a festa.
Nos dias atuais, Emilly cursa o segundo ano do ensino médio, aproveitando seus anos finais antes de ir pra faculdade.
—Hey, Tyler! - chamou Noah, entrando pela sacada do quarto dos irmãos (sim, eles dividem o quarto).
—E aí, Noah! - se cumprimentam.
—Vocês poderiam se cumprimentarem mais baixo, estou tentando ler! - reclamou a jovem Emilly.
—Oi, tampinha! - disse Noah, se apoiando na cabeceira da cama.
Emilly o encarou, aqueles olhos gentis e profundos.
—Oi, Noah! - respondeu, voltando a leitura.
—Para de ler, sua chata! - Tyler pega seu livro e sai correndo.
—Tyler, devolve!
—Joga pra mim, joga pra mim!
O livro foi arremessado para Noah, que o agarrou.
—Parem já com isso! - brigou.
Noah levantou a braço.
—Tenta pegar, tampinha!
Emilly começa a pular, tentando pegar de volta seu precioso livro.
Tyler a pega no colo como um saco de batatas.
—Tyler! - brigou com o irmão.
—Tampinha, tampinha!
Logo se cansaram e sentaram no chão.
—Cadê o Noah?
Emilly o viu na sacada.
—Hey, o que...? - Emilly seguiu o olhar do garoto e viu seu livro boiando na água.
A garota saiu correndo, desceu as escadas, caindo no percurso e machucando o joelho, se apoiou na borda da piscina, pegou o livro encharcado e entrou.
Observou as páginas do livro escorrerem a água com cloro, enquanto subia as escadas, sua mãe a mataria, mas não antes de matar Noah Flynn.
—Emilly, desculpa, eu... - começou Noah.
—Desculpas?! - esbravejou ela - Fora desse quarto! Os dois! - eles ficaram a encarando - AGORA!!!
E saíram, deixando a pequena Emilly com seu livro preferido arruinado.

O Melhor Amigo Do Meu IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora