O Melhor Amigo Do Meu Irmão

Capítulo IX (Especial Dia Dos Namorados)

5 de Setembro
•

Respiro fundo e me viro, dentro do círculo feito pelos seus braços.
—O que você quer, Noah? - pergunto ríspida.
Ele me encarou profundamente, meu coração falhou.
—Você - respondeu sussurrante.
Continuo encarando ele com a cara fechada.
—Eu não me importo com isso. - falei - Agora, você poderia me soltar?
Ele me puxou para si, deixando nossos corpos totalmente colados.
—Eu não vou deixar você ir.
—Você que escolheu isso! - joguei em sua cara.
Ele vacilou e afrouxou o aperto.
Me soltei dele e fui em direção às saída.
Parei no portal da porta, olhei por sobre o ombro.
—Espero que seja feliz com a sua escolha.
E voltei pro quarto.
Estaquei, antes de entrar no lugar. Ele viria atrás de mim, não é? Ficar no quarto seria muito fácil pra ele...
Olhei pra escada do sótão, abri ela e subi, puxei a escada de volta e fiquei lá.
Inspirei fundo, o cheiro de mofo invadiu meus pulmões.
Olhei pra janela triangular, a luz invadia e iluminava algumas caixas, com letras garrafais dizendo o que tinha nelas.

(Tipo assim)

Me aproximei e a empurrei, sentei no telhado e observei a rua.
O céu escurecia, pela presença de nuvens carregadas, prontas para despencarem sobre os meros mortais.
Suspiro.
Por que ele faz isso? Merda! Ele disse que nunca iríamos dar certo por causa das PESSOAS, porque as PESSOAS iriam nos julgar, reclamar cochichar.
—Argh! Por que você se preocupa tanto, Noah Flynn!? - coloquei a cabeça entre os joelhos.
—Porque eu quero o melhor pra você - ouvi.
Continuo com a cabeça baixa. Sinto ele sentar do meu lado.
—Eu abriria mão de ti, sem hesitar, se você ficasse mais feliz com outro alguém. - falou - Até o Collin.
—Porque faria isso? - questionei, levantando a cabeça e voltando a encarar a rua - Porque abriria mão da sua felicidade, da pessoa que ama?
—É aquela coisa clichê... - disse calmamente - Se ama de verdade, deixe ir, eu não poderia te prender a mim, se você ama outra pessoa. Isso seria egoísmo.
—Noah, as coisas não são assim. Você não pode, simplesmente, deixar a pessoa ir.
Houve aquele silêncio incômodo. Suspiro.
—Nenhuma causa é perdia, enquanto ainda houver um tolo lutando por ela... - digo.
Ele suspirou.
—Emilly... - chamou.
Viro pra ele e o encaro.
—Olha, as coisas vão ser difíceis se assumirmos algo, vão falar, vão te encher e...
—Cala a boca! - me exaltei - Eu não me importo, Noah! Eu amo você! Como você não consegue entender?!
Ele fez uma cara de "Meu Deus".
Espera, o que eu disse? Eu disse que amava ele?
Oh meu Deus!
—Repete. - pediu.
Nego com a cabeça, sentindo meu rosto corar.
—Repete, Emy - sussurrou, se aproximando.
Seu hálito e seu perfume invadiram meus pulmões e me deixaram meio tonta.
—Repete... - murmurrou.
—Eu amo... Você... - arfei.
Nossos lábios estavam a milímetros de distância.
Sinto algo gelado cair sobre minha bochecha.
—Eu também amo você... - disse, antes de juntar nossas bocas.
Ele segura minha nuca, enquanto eu passava a mão pelos seus cabelos.
O beijo era calmo e quente, cheio de sentimentos.
A chuva começou a cair, nos encharcando.
Nos separamos pela falta de ar.
—Melhor entrarmos. - disse.
Assinto, ainda meio tonta.
Ele levantou e me ajudou a levantar.
Mas, como o telhado estava molhado, eu escorreguei, graças a Deus, eu cai dentro do sótão. Em cima do Noah.
Ele deu um sorrisinho de canto e me beijou novamente.
—Noah... - sussurrei - Estou com frio - terminei de falar, assim que nós separamos.
Ele riu e descemos de lá.
Tomei um banho, enquanto ele ficava do lado de fora do quarto, porque eu não queria que ele molhe meu carpete, mais do que eu já molhei.
Assim que sai, ele entrou.
Sentei na cama, passei os dedos nos lábios e sorri, não sei quanto tempo passei nisso, mas quando me dei conta, Noah já havia saído do banho.
—Alguém está muito feliz. Beijou alguém, Emilly? - pergunto Noah.
Levanto e vou até ele, enlaço seu pescoço.
Sorrio e dou de ombros.
—Não sei, acho que você não conhece o garoto.
—Não? - sorriu e entrou na brincadeira.
—Não. Noah Flynn. Conhece? É uma garoto alto e lindo, que amo desde... Sempre? Só que eu nunca admiti...
Ele riu.
—Eu conheço! - declarou Tyler, entrando no quarto.
—Conhece, Ty? Sabe onde ele está?
Eles riram.
—Então, acho que ele está na fila pra pegar o novo cargo dele na família.
—E qual seria? - questionou Noah.
—Cunhado! - gritou Tyler.
Logo mamãe e papai surgiram no quarto, Noah e eu estávamos abraçados, agora.
—Ownnnn, minha filhinha.
—Finalmente, pensei que iria morrer sem ver Emilly namorar Noah. - comentou meu pai.
—Pai! - briguei, brincando.
Ele riu e deu de ombros.
—Bem vindo a família, Noah! - falou mamãe - De novo!
Rimos.
—Bem, vamos descer. Vou pedir pizzas e a gente come, enquanto assiste maratona de Harry Potter! - se animou mamãe.
Sorrio e assinto, já empolgada.
Os três saíram, me deixando à sós com ele.
—Então, onde estávamos?
—Acho que iríamos nos beijar.
Ele sorriu e me beijou, com carinho e amor.
Descemos e esperamos as pizzas chegarem, mamãe preparava a sala, com ajuda minha e do Tyler, enquanto papai e Noah tinham uma conversa de Sogro e Genro. Vai entender.
Minha mãe deixou os DVDs prontos. Pedra Filosofal já estava pronto, só dar o play.
O entregador chegou e nos deu as maravilhas italianas.
Nos acomodamos na sala e cada um pegou um pedaço de pizza. Dei play no filme.
Nossa maratona começou.

6 de Setembro
•

Acordei com a claridade da sala, esfreguei os olhos e me espreguicei.
Levantei, vi mamãe e papai deitados no sofá, um em cima do outro. Eles são tão bonitinhos.
Vou pra cozinha, vejo Noah e Tyler conversando.
Me sento ao lado deles.
—Bom dia, maninha... - murmurrou Tyler.
—Bom dia... - falei, sonolenta.
—Ah, Noah! - exclamou Tyler - Esqueci de perguntar. O que é amor pra você?
Que? Eu tô boiando no assunto aqui. Alguém me explica.
—Bem - Noah olhou pra mim, sorrindo que nem um bobo - Ele é magnífico!

Feliz dia dos Namorados, pessoal!
Pra quem não namora, o que é meu caso, feliz terça-feira!
Bem, é isso!
Bjs

MettMerry❤❤❤