Notas:
Pessoal, eu sei que demorei e muito pra atualizar a fic, mas tenho justificativa:
CONSEGUI UM EMPREGO, FINALMENTE!!!
Ainda não comecei efetivamente a trabalhar, mas estava resolvendo mil e uma coisas (documentação, exames médicos, burocracias de banco e afins) e por isso eu demorei.
Me perdoem por isso, eu tenho tentado escrever sempre que dá e, as vezes o que eu escrevo não fica tão bom (e eu não posto logo porque não quero atualizar de qualquer jeito, quero que esteja bom e que vocês se sintam satisfeitos em ler).
Enfim, era isso, me desculpem de verdade pela demora, eu ainda estou tentando me adaptar.
Boa leitura!
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Alguns dias se passaram e Luciana não deu sinal de vida. Fiquei preocupada com ela.
- Alguém sabe da Lu? Ela não posta nada, não manda uma mensagem, nem no grupo do whatsapp ela está falando...
- Ela me mandou mensagem ontem a noite. Disse que precisa de um pequeno tempo para refletir e colocar a vida em ordem. Pablo concedeu mini férias para ela se recompor – Aline me respondeu.
- Entendo...
- Enquanto isso, nós vamos nos dedicar aos ensaios, já que o próximo show ainda está bem distante...
E assim foi. Nós nos dedicávamos a aperfeiçoar as coreografias, os arranjos vocais, as harmonias de vozes. Tudo ficava cada vez mais perfeito. Porém, faltava ela ali.
Faltava a doçura da sua voz. Seu sotaque mineirinho. Seu jeito moleca. Suas reclamações a cada coreografia. Sua vontade de comer toda hora. Tudo isso faltava naqueles ensaios.
Tivemos algum tempo livre e eu aproveitei para ir até Haia, matar as saudades de Kikish. Fui recebida por ela, juntamente de Nick na estação de trem.
Como não poderia ser diferente, Christine logo percebeu meu estado emocional abalado. Ficou todo o trajeto da estação de trem até nossa casa ao meu lado, segurando minha mão, mas sem fazer perguntas.
Foi só nos despedirmos de Nick, na porta de minha casa e entrarmos, que ela logo disparou:
- Porque você está triste mãe?
- O que te faz pensar que estou triste, pequena? – disse enquanto deixava minha mala na porta de meu quarto e voltava para a sala, me jogando no sofá.
- Você sempre me disse que os olhos das pessoas são expressivos demais e que eles nunca mentem. Comecei a prestar atenção nisso e vi que os seus olhos estão tristes...
Fiquei surpresa com sua fala. Christine realmente era muito sensitiva e nenhum detalhe passava despercebido por ela. Decidi contar a verdade para minha filha.
- Lembra quando eu te disse que estava apaixonada por outra mulher, Kikish?
- Sim mãe, eu me lembro. Você até disse que ela ia se casar...
- Exatamente...
- Ela se casou? É por isso que você está triste mãe? – ela me encheu de perguntas.
- Não e sim, Kikish. Ela não se casou...
- Não entendi. Se ela não se casou, porque você está triste? Significa que você pode namorar com ela agora... – Kikish sempre propunha soluções rápidas e eu gostaria muito que a vida fosse simples de ser resolvida assim.
- Ela não se casou, meu amor, porque eu interrompi o casamento dela... – confessei envergonhada.
- VOCÊ O QUE MÃE? – ela arregalou os olhos e voltou toda sua atenção para mim, sentando no braço do sofá onde eu estava deitada.
- Interrompi o casamento, Kikish. A pessoa que estava realizando a cerimônia disse que se alguém tivesse algo contra o casamento era pra dizer na hora ou se calar para sempre. Aí eu me levantei e disse "EU". – confessei.
- E aí, o que aconteceu depois? Isso parece coisa de filme, meu Deus, mãe. – Kikish parecia empolgada com o que eu dizia.
- Christine Thó, não estou te contando isso para a senhorita ficar empolgada e achar a coisa mais sensacional do mundo não.
- Eu sei que não, mas que deve ter sido engraçado, deve. – ela disse rindo. – Anda mãe, me conta o que aconteceu depois.
- Depois aconteceu que a Lu não quer mais falar comigo. Não quer nem me ver. – disse, triste.
- Lu? – Christine nunca perdia um detalhe.
- Sim, Kikish. Lu.
- A Lu, sua amiga do Rouge? É dela que você gosta mãe?
- Sim, pequena. É daquela Lu que eu gosto...
- Vocês combinam... – ela disse pensativa e eu não pude deixar de sorrir.
A puxei para meu colo e ficamos deitadas no sofá, conversando sobre todos os assuntos possíveis, onde quase todos envolviam Luciana, durante todo o resto do dia.
Depois de quatro dias em Haia e muitos passeios com Kikish, recebi um telefonema de Aline.
- Fan... – sua voz me parecia tensa
- Olá, Aline. Aconteceu algo?
- Sim, Fan... Quando você volta ao Brasil?
- Eu avisei ao Pablo que passaria 15 dias aqui e depois voltaria. O que está acontecendo, Aline? É algo com alguma das meninas? Com a Lu? Por favor. Não me preocupa...
- Espera só um minuto aí então...
Fiquei apreensiva e tentei ouvir o que Aline estava falando, mas acredito que ela tenha tampado o microfone do celular com a mão, pois o áudio estava abafado.
Passaram alguns poucos e extremamente demorados minutos, até que ela retornou a linha.
- Fan...
- Oi Aline, o que está acontecendo? Pode por favor me dizer?
- Você consegue atender a uma chamada de vídeo agora?
- Consigo. Mas responde as minhas perguntas...
- Depois, Fan, depois. Vou desligar e ligar por vídeo, espera.
Aline encerrou a chamada e logo em seguida me ligou via vídeo. Não demorei e atendi. Percebi que ela estava junto de Li e Karin, que tinham expressões indecifráveis em seus rostos. Quando eu ia perguntar pela Luciana, ela apareceu ao fundo.
Visivelmente abatida e com os cabelos mais curtos e mais loiros, elas e sentou ao lado de Karin e não dirigiu o olhar a mim.
- O que está acontecendo gente? Eu estou sem entender... Aline me ligou perguntando quando eu voltava, depois sumiu da chamada e voltou me dizendo que ia ligar por vídeo... Alguém pode me explicar? – perguntei.
Antes eu não tivesse feito isso.
- Remarquei a data domeu casamento e, depois dele, eu vou deixar o grupo. Não vou conseguir manter asduas coisas ao mesmo tempo e o Leonardo é a minha escolha.
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Eu.
RomanceA volta do Rouge estava sendo um sucesso. Muito melhor do que até o mais otimista de nós poderia esperar. Nós cinco nos reunimos, não uma, nem duas, mas sim inúmeras vezes, para que pudéssemos conversar e realmente deixar o passado no passado. E iss...