Capítulo 04

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* * * * * CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS  * * * * *

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Isso é tão confuso em minha mente. Em menos de vinte quatro horas eu descubro sobre esse mundo todo de BDSM. Algumas coisas me excitam e outras não e quando eu menos espero descubro que o único amigo que fiz aqui até agora é um Dom e ainda por cima é sócio de clube BDSM. Isso é realmente estranho. Principalmente porque agora estou diante de Bryan, sentado no meu sofá me explicando as coisas básicas sobre o assunto.

Bryan me contou que pediu um empréstimo ao seu pai e junto com mais um amigo abriu o clube. Que conheceu durante uma viagem de férias em Londres. Aquilo o encantou e no ano seguinte ele voltou com seu amigo e atual sócio, e juntos decidiram abrir o negócio que hoje os tornou totalmente independentes financeiramente.

Ele não se atem a falar do negócio em si, foca na prática e  me explica sobre Dominação e Submissão. Que independente de quem assume cada função o importante é que o submisso atenda o dominador sempre.

- Os dominantes sempre escolhem algum pseudônimo, normalmente ligados à realeza ou a algo que remeta ao poder. Como por exemplo: Mestre, Lorde, Senhor e os submissos algo relacionado à sua entrega como escravo ou servo e até alguns mais depreciativos dependendo da relação estabelecida. Já vi alguns Dons chamarem suas submissas de verme ou cadela. Particularmente eu não gosto. Mas isso você decide de acordo com as suas características e necessidades. – Bryan me explica e tudo que consigo fazer e balançar minha cabeça afirmativamente para indicar-lhe que estou entendendo tudo que ele me diz.

- As pessoas simplesmente optam por ser submissas?

- Rick, algumas pessoas simplesmente sentem prazer em serem humilhadas, torturadas e ter seus movimentos restritos. Dentro desse jogo, existem muitas práticas, algumas mais elaboradas e outras menos, mas todas voltadas para o prazer. O mais importante na verdade é que essa prática é consensual para ambas as partes. Você nunca deve fazer isso sem que o outro esteja de acordo. A comunicação é muito importante. Ela é uma das principais ferramentas de consentimento, mas também não podemos esquecer-nos de sempre ter cuidado com o parceiro antes, durante e depois; sempre usar uma palavra de segurança. Usamos a palavra para interromper ou indicar que algo que está sendo feito não está “agradando” o outro, ou está além dos limites que ele suporta. – E assim meu amigo passou a tarde toda em minha casa explicando-me.

Bryan falou e falou por horas, só sendo interrompido por mim quando olhei a hora no relógio e percebi que estava atrasado para meu turno no bar. Despedimo-nos e combinamos de no sábado ele me levar ao clube. Então eu fui tomar um banho e me preparar para trabalhar.

A noite hoje no clube estava bem agitada e minha mente vagava longe de tudo aquilo. Tudo que eu pensava era em como será o clube e o que eu irei aprender lá, milhões de coisas perambulavam em meus pensamentos e muitas vezes despertava dos meus delírios por um pedaço de papel que algum cliente jogava em mim ou algum colega me chamando. Trabalhei no piloto automático o resto da semana até que o sábado chegou e eu já não aguentava mais de ansiedade.

Logo após o almoço recebi uma mensagem do meu amigo informando que logo estaria chegando. Eu já estava pronto e apenas o aguardei. Ele chegou buzinando e logo fui ao seu encontro, entrei em seu carro e partimos para o nosso destino. 

O clube funciona num casarão antigo e muito bonito, vejo um grande estacionamento ao lado com carrões e alguns seguranças na porta. Tudo é muito bonito do lado de fora, mas do lado de dentro fica ainda melhor. O clima é misterioso, a luminosidade é baixa e sou encaminhado até uma espécie de hostess. Bryan me explica que sempre faz um cadastro com seus frequentadores, mesmo que estejam ali apenas uma vez e nunca mais voltem.  

Seu Toque - Acasos do Destino # 2Onde histórias criam vida. Descubra agora