Seu Toque - Acasos do Destino # 2

Capítulo 10

* * * * * CONTEÚDO IMPRÓPRIO PARA MENORES DE 18 ANOS  * * * * *

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Entro no salão principal ao lado da Leda. Todos os funcionários estão aqui presentes, até os que estavam de folga hoje. Leda conseguiu que todos estivessem aqui, afinal o que tinha para falar era de fundamental importância. Fomos até o palco que se mantinha montado para aulas, reuniões e shows. As pessoas começaram a se entreolhar quando me viram ao lado da gerente e um burburinho começou. Pessoas cochichavam e faziam expressões estranhas ao me olharem. Combinei com a Leda que ela iniciaria a reunião, mas não me contive e tomei a sua frente.

Peguei o microfone, testei o som e comecei a falar.

- Boa noite a todos. – Não esperei que respondessem e logo continuei – Acredito que todos devem estar se perguntando o que estou fazendo aqui em cima, ao lado da gerente geral. Quem me conhece sabe que não gosto de enroladas, sou direto e objetivo. Por isso, sem rodeios venho aqui para abordar dois assuntos de fundamental importância para o clube Dark. O que vou falar não será surpresa para alguns funcionários, principalmente para os chefes de setores, que desde o momento de sua contratação estão cientes. Esse clube foi idealizado, sonhado, estudado e concretizado por mim! Isso mesmo, antes que se perguntem, eu responderei: SIM! Eu sou o dono disso tudo aqui, do terreno, da construção, da ideia, de tudo. Eu sou o “chefe” ou o “poderoso chefão” como alguns falam. Sempre estive no meio de vocês durante esses anos, mas agora resolvi me revelar.

- Por que só agora? – Alguém grita do meio dos funcionários.

- Isso é uma boa pergunta! Leda sempre insistiu para que isso acontecesse, mas eu sempre ignorei. Gosto de ser tratado bem por ser eu mesmo, mas não gostaria que me tratassem bem por saberem que eu sou o dono. Essa experiência foi muito boa e me serviu para avaliar cada um de vocês. Posso lhes dizer que tenho uma equipe muito boa, de pessoas responsáveis e que trabalham com dedicação. Faço questão de pagar bem a vocês, um pouco acima do valor de mercado para que saibam que estão sendo reconhecidos pelo trabalho que prestam a casa. Então, apenas agora senti que poderia confiar em vocês. Confiança é algo que preso bastante. E por falar em confiança, muitos de vocês devem ter visto a reportagem que saiu nos tabloides de fofoca expondo um de nossos clientes. Já descobrimos a culpada e esta foi devidamente demitida e está proibida de entrar na casa até mesmo como cliente. Toda a segurança será notificada pelo seu chefe. Ela não tem permissão para nada aqui dentro e quem for pego ajudando-a de alguma forma será demitido. Então pessoal isso é tudo que tenho para falar. Se alguém quiser falar comigo, estarei em minha sala no andar superior e minhas portas estarão sempre abertas.

Vou saindo para minha sala quando avisto a Laila. Ela me dá um sorriso tímido que não combina em nada com ela e eu faço sinal com os olhos para que ela vá até minha sala. Mas antes vou até o bar e peço a um dos rapazes para colocar uma dose de puro malte para mim. Enquanto espero, sinto uma sensação estranha, um formigamento e quando olho para o lado vejo Laila ali parada.

- Mestre. – Me fala com uma voz cautelosa – Eu não poderei ir a sua sala. Tenho um cliente agendado para daqui a trinta minutos e ele nunca se atrasa. – Eu acabei de ser dispensado por uma sub?

- Quem é o cliente? – Pergunto curiosa.

- É o Senador – Porra! Tinha que ser um cliente tão importante? Já estava pronto para mandá-la desmarcar, mas não poderia fazer isso com um cliente tão antigo e assíduo.

- Ok! Faça o seu trabalho. – Respondo friamente enquanto pego meu copo e sigo pelo salão.

Gostaria de continuar o que começamos algumas horas em minha sala, meu desejo era comê-la a noite inteira. Queria amarra-la e batê-la do jeito que sei que gosta, mas hoje não seria possível. Ainda bem que ela estará ocupada com o Senador, só assim poderei me afastar dela. Não sei que desejo louco é esse, que necessidade é essa que estou tendo dela. É como se ela fosse uma droga que ao provar vicia e o pior é que parece que estou ficando viciado. O cheiro, o calor e principalmente o seu toque, despertam algo dentro de mim. Algo primitivo, algo animal! A vontade que tenho é de passar o dia todo entrando e saindo dela.