Um mel e um fel

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As rosas não lhe agradavam

Não germinavam em seu coração

Nem as declamações de amor

Muito menos os versos diabéticos

Inudados de romantismo e mel

A sacada de sua casa nunca seria palco para serenatas

Tanto sentimentalismo amargava a sua boca como fel

Não queria viver um comercial de margarina

Se contentava em ser eternamente o filme das onze

Preferia fazer de seus passos uma linha feita de giz

Para a mente sempre ser o único rastro de sua biografia

E de seu corpo o maior exemplo de poesia viva


Não em tom de rebeldia, mas em respeito ao minuto que nunca retornará


Café amargoOnde histórias criam vida. Descubra agora