escola integral?

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Sakura:
    Eu estava no carro do meu pai na parte de trás, meu pai e minha mãe estavam desapontados na parte da frente. Eu estava sendo julgada por algo que nem fiz, estava rezando pra que a grande solução deles não fosse nos separar.
_Pai? Mãe?- nem um dos dois responde.- Sério cara , a gente não fez nada.
_Cara? Com Quem você está falando Sakura Haruno? Com suas amigas problemáticas ou seus pais? Você precisa de educação! E-D-U-C-A-Ç-Ã-O! Minha mãe parecia uma criança soletrando a palavra educação.
    Sinto raiva por ela me corrigir daquele jeito, era meu modo de falar , por que ela não aceitava. Sabe no fundo eu dava graças a Deus por não ser filha do pai da Hinata, o cara era um saco.
_Então, mãe... eu não fiz aquilo, nem uma de nós fez. Digo tentando me explicar.
_Sakura não tem "nós" , sou sua mãe , não ligo pra "se elas" fizeram. O negócio é: você fez Sakura? Minha mãe virou o rosto pra mim e me olhou nos olhos.
_Não! E-U N-Ã-O F-I-Z!  soletro pra ela como ela fez.
_Não me deboche Haruno! Ela faz uma cara irritante.
     O celular do meu pai toca e ela atende.
_Alô!- ela fala sorridente.- Ah, oi senhor Hyugga.- meu coração aperta , era o pai da Hinata.- Uma reunião?- reunião? Que reunião?- claro , na sua casa então. Até!
     O celular se desliga e eu já posso imaginar a reunião e o principal assunto: vamos separa-las.

Tenten:
    Eu estava trancada no quarto, minha mãe e padrasto discutiam no andar de baixo.
_Eu disse pra deixar essa garota com o pai dela! Ele grita e meu coração aperta.
_Tudo bem, damos um jeito! Ela fala tentando acalma-lo.
_Um jeito? Como que ele vai querer alguém que simplesmente colocou fogo na escola? Ninguém quer, ela será nosso fardo pra sempre. Ele fala e eu sinto uma raiva nascer em mim.
_Minha filha não é um fardo. Você que vê problemas nela o tempo todo. Ela falou que não fez nada! Minha mãe tava com voz de choro.
_Ah, claro! O anjinho não fez nada! Vou é sair.
_Por favor não beba hoje, você fica agressivo quando bebe. Minha mãe implora.
_Cala a boca, nada mais justo que essa garota leve uma surra. Ele fala e escuto a porta bater com força.
    Saio do quarto e desço as escadas enquanto observo minha mãe chorando no sofá.
_Que lamentavel, marido bebado e filha incendiária. Sabe vou ta la em cima esperando ele tentar me machucar. Que tal melhor? Marido morto e filha assassina e incendiária? Rio das minhas palavras e ela me olha raivosa.
_Para de brincar, não sabe o quanto te defendo na frente dele. E você , sempre me dando desgosto. Maldito dia que te coloquei no mundo. Ela fala cuspindo as palavras em mim.
_É da próxima vez aprende a manter as pernas fechadas! Digo e ela me encara.
_Va se arrumar , vamos ir na casa dos Hyuggas, temos uma reunião daqui a pouco lá. Ela fala enxugando as lágrimas.
_Ah, claro. Digo subindo as escadas novamente.

Ino:
     Eu estava sentada no sofá enquanto meus pais estavam me fitando sérios em pé na minha frente.
_Ino, você fez aquilo? Minha mãe pergunta séria.
_Se eu disser que não , vocês vão acreditar? Pergunto olhando nos olhos dela.
_Não! Meu pai fala e sinto vontade de gritar.
_Nossa, que justo! Falo revirando os olhos.
    Eles ficam me fitando durante alguns segundos, sabe quando você ta morrendo de fome e fica fitando a comida até ela secar, como se seu olhos tivesse poder? Pois é , eles me olhavam daquele jeito.
_Ino, já conversamos tantas vezes sobre o seu comportamento. Minha mãe choraminga.
_Só esse ano foram 7 vezes e estamos em maio. Meu pai suspira.
_Da primeira vez que você jogou café quente na cara da professora aos 10 anos, achamos que era coisa de criança, não te damos castigo nem brigamos. Ela fala com a voz embargada.
_Ela me chamou de loira burra. Digo em minha defesa.
_E gritamos com ela por conta disso. Mas depois só piorou, você se juntou com aquelas meninas e tudo começou; brigas, discussões, explodiram os vasos da escola, estragaram todos os brinquedos da pracinha da escola... sem contar todas as vezes que o laboratório pegou fogo. Meu pai fala com a mesma expressão de sempre: nenhuma.
_Bom , Sr. Hyugga nos ligou e marcou uma reunião na casa dele. Temos que ir logo. Minha mãe fala.

Hinata:
    Eu e meu pai estávamos sentados na mesa esperando os convidados chegarem. Meu coração estava na mão, não sabia oque fazer, como sempre meu pai me fitava com aquela cara de bravo. Mas não tinha muita importância por que ele teria a mesma cara o tempo todo. No casamento: a mesma cara. No interro da minha mãe: a mesma cara. No dia do meu nascimento: a mesma cara. No dia do nascimento da Hanabi: a mesma cara. No dia do nascimento dele: a mesma cara. Como disse não tinha muita diferença.
_Pai? Me arrisco a falar com ele.
_Hum? Ele continua com a mesma cara.
_Oque Você quer falar com eles? Pergunto.
_Você me acha um pai ruin? Ele contínua com a mesma cara, que frustrante.
_Você nunca se importou com isso. Falo revirando os olhos.
_Hanabi disse que sou um pai ruin. Ele fala ainda com a mesma cara.
_Talvez ela esteja certa. Por que não tenta melhorar? Respondo.
_To tentando! Ele fala com a mesma cara.
_Se tivesse já teria mudado essa cara, poxa, que agonia! Desabafo.
_Assim? Ele tenta sorrir.
_A pelo amor de Deus, volta ao normal, senhor jesus! Tu não fica legal sorrindo , nunca mais quero te ver assim. Digo rindo.
_Você não é uma boa filha , como posso ser um bom pai? Ele me encara voltando ao normal.
_Ta, você não fica tão ruin assim. Mas quando for sorrir , relaxa um pouco e não abra tanto a boca, pelamor , tente agir normamente. Obrigada, de nada. Agora quero um "eu te amo" e não estou bravo. Falo sorrindo.
_Obrigado! Amo você , mas to bem bravo. Ele fala tentando sorrir novamente.
      A campanhia toca e eu levanto pra atender.
_Tira esse sorriso do rosto pai, você precisa treinar mais! Falo rindo.
    Na porta estava a familia Yamanaka, os 6 olhos azuis fitavam o fundo da minha alma.
_Boa tarde , sr. e sra. Yamanaka. Falo sem jeito.
_Hinata, ainda são 10 da manhã! Ino me corrige.
_É.... entrem então né, relógios com horarios errados fazem a gente pagar mico. Falo e nem um dos pais da Ino pareciam amigáveis.
    De longe vejo os pais da Sakura chegando , sinto um alívio, minhas melhores amigas iriam passar por aquele momento ruin comigo. Um gol vermelho estaciona na porta de casa e vejo Tenten sair.
_Finalmente todos aqui! Meu pai fala ao meu lado.
     Esperamos todos entrarem e nos sentamos ao redor da mesa como eu e meu pai estavamos antes deles chegarem.
_Minha filha mais nova me disse hoje que sou um péssimo pai. Meu pai inicia a conversa.
_E ela tem razão! Sakura murmura e sua mãe lhe da uma cotovelada.
_Deixe a menina, ela tem razão sou mesmo. E sei que se separarmos essas quatro adolescentes agora , todos nós seremos. Ele contínua.
_Pelomenos tem bom senso! Parabéns sr.Hyugga. Ino sorri pro meu pai e pateticamente ele devolve o sorriso, um pouco mais verdadeiro dessa vez.
_Mas não sera bom pra educação delas essa amizade! A mãe da Tenten rebate.
_Por isso elas irão pra um colégio de turno integral. Tenho uma irmã em Konoha e acho que podemos manda-las para lá. O ensino é rigoroso e se eles acharem que elas devem ser separadas, eles o farão. Meu pai termina de dizer.
_Não! Quase grito.
_Sim! Os pais da Ino falam juntos sorrindo.
_Ótima ideia ! A mãe da Tenten fala.
_Só diz isso por que seu marido bebado vai ficar feliz da vida! Tenten retruca.
_Depois que formos podem fazer uma festa , mas por enquanto, respeitem OBRIGADA!  Sakura fala furiosa.
_Colegio interno então? Pergunto.
_Não, Colégio Inferno*. Ino me corrige.

Garotas perigoOnde histórias criam vida. Descubra agora