Depois daquela aula (e de outras sete) eu fui liberada, contudo, naquele dia minha amiga Camila, não pôde me acompanhar pra casa de ônibus como tínhamos feito todos os dias até então. Ela tinha uma consulta médica se não me engano, e eu não era o enfoque principal do dia.
Fui até o ponto de ônibus a pé, ficava à uns trezentos metros de minha escola, não era cansativo mas sem minha amiga era tedioso. O caminho era bem iluminado mas não muito movimentado, a movimentação notada ali era a dos alunos que pegavam o ônibus naquele mesmo local.
Chegando ao ponto, sentei e comecei a pensar, não só no meu dia ou no toque na minha panturrilha, também pensei na Dalirah, queria saber mais sobre ela, queria saber como se conheceram física e intimamente, queria sentir nem que por palavras o quão profunda e importante tinha sido aquela relação, queria ver mentalmente a reação dele quando descobriu sua doença, queria admirar a força dela para superar, já que ela não era um ameaça, e sim uma triste alegre lembrança na sua mente, não me sentia intimidada, nem ao menos gostaria que ele parasse de pensar nela pra pensar em mim... Isso viria com o tempo. Se Dalirah poderia ser tão apaixonante eu também seria!
O meu ônibus (apertado) chegou.
Nós subimos nele, como se fôssemos leões famintos vendo um cervo indefeso desmaiado no chão, ansiosos por alguém levantar para que nossas bundas quentes se confortassem aos bancos, e que nenhum senhor de idade aparecesse também se não nossas bundas continuariam quentes e de pé.
2 Km rodado.
Faltavam 3 Km para minha casa.
O ônibus deu pau.
E eu buguei.
Eu não tinha mais dinheiro, e estava cansada eu só queria minha cama, sabe? Descansar um pouquinho, com a minha cama eu iria ficar plena e encontrar um ponto de equilíbrio jamais visto em outra pessoa...
Quando eu chegar em casa provavelmente minha mãe vai estar ultrafull-putassa mas a culpa não foi minha...
Continuei andando, o que eu poderia fazer? Enquanto eu tivesse colegas de escola comigo eu estaria mais tranquila, pena que isso não demorou muito, aos poucos, aquele pessoal foi se dispersando... Cada um pro seu canto, alguns em grupos, trios, duplas e eu ali sozinha em ruas pouco movimentadas e com meu cu trancadíssimo.
Se eu não for assaltada hoje é impossível que alguém mais seja, porque olha...
Foi ali que ouvi, um motor de carro bem forte se aproximando de mim...
Eu sabia que era de mim.
Fazia uns cinco minutos que não passava carro por ali, ruas muito calmas me deixam com medo.
Calma, calma, é só uma família passando pra ir pra garagem....
Por fora eu parecia calma, mas minha voz trêmula, minhas mãos suadas, e minhas pernas bambas mostravam que dentro de mim a realidade era outra.
-Mel.
Meu alívio era notável, nem acreditei que era só um anjo mesmo dentro da Hilux.
-Você tem problema?--Falei virando pra ele com uma expressão de raiva misturado com medo e com minha mão esquerda no meu peito.
-Desculpe, não queria te assustar...
Eu ri de nervoso.
-Eu que peço eu sei que você não queria. Bom, vou continuar meu percurso se não depois minha mãe me mata.
Eu voltei a andar, mas algo inédito na minha VIDA aconteceu, depois de uns dez passos que eu dei, ele deu uma acelerada e me disse uma frase, que me levaria para o mal caminho pra sempre.
"Por que não entra? Comigo tem espaço pra mais alguém..."
Esse alguém era eu.
-Não sei acho que é melhor eu ir a pé.
Eu estava tentando bancar a difícil esperando que ele seguisse o script da minha cabeça.
-Onde você mora?
-A uns três quilômetros daqui.
Ele levantou o bucinador esquerdo em sinal de reprovação.
-Vamos garota é só uma carona. Vai ficar tudo bem com você eu te prometo.
Ele deu aquele sorriso perdido, ah... Como era irresistível.
-Tá bom, eu vou.
Ele abriu a porta do passageiro pra mim.
-Yeah vem logo, tá esperando o quê?
Eu virei os olhos sorrindo e logo em seguida entrei.
Começamos a conversar...
-Então garota, e os dezoito?
-Está próximo. Vou ganhar algum presente?
-Como vai!
Ele sorriu pra mim.
-O quê?
-Quer uma prévia?
Eu estava muito nervosa, não sabia o que ia acontecer após aquilo. Ele entrou com o carro numa rua tranquila, subiu os vidros e novamente, tocou minha panturrilha, mas dessa vez ele não tirou a mão rapidamente, e (por cima da calça) foi subindo lentamente acariciando toda minha perna... Eu estava confusa talvez até com medo, mas eu queria ter aquele toque.
-Você é tão bonita.
Eu não disse nada. Estava em choque, ele se aproximou do meu rosto, e com a aproximação senti um leve cheiro de álcool (eu não tinha notado sinais de embriaguez até então, ele dirigia certinho e conversava articuladamente), um pouco antes dele beijar o meu pescoço e morder a minha orelha.
Seu outro braço envolvia minha cintura, ele era forte... Me deixava em êxtase, eu queria que ele me beijasse, mas aquilo não aconteceu.
-Quando fizer dezoito, ganha o resto do presente.
Eu não consegui falar nada, só sorria com a cabeça baixa.
Passou-se uns minutos.
-Então garota, estamos perto. Quer ficar em algum lugar em específico?
-Na esquina da rua Adolfo Lutz.
-Certo garota bom, não esqueça de fazer as atividades.--Ele riu.
-Não vou professor...
-Me deixe te dar um abraço.
Eu me aproximei dele, e ele me agarrou e me sentou em seu colo enquanto beijava meu pescoço novamente, pois não podia beijar minha boca, suas mãos deslizavam pelo meu corpo inteiro, minha cintura, meus seios e meu bumbum, eu não poderia estar mais excitada com tudo aquilo.
-Até mais Mel.
Ele disse enquanto eu saía de seu colo.
-Até mais, Miguel.
Eu disse ao fechar a porta do carro.

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Sua
FanfictionEu fiz amor com meu professor. Eu senti. E você? Você já sentiu o êxtase? O doloroso prazer do sexo? A sutil pesada culpa sobre seus ombros? A fiél infidelidade de alguém? Já sentiu o tempo parar? Já teve uma pessoa que consegue te fazer sentir inúm...