Capítulo 10.

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SantaHill 31 de julho de 1916 02:48 da noite.
Fui para o quarto assustado, aquilo nunca havia me acontecido, por mais assustador que tive sido, parecia que eu havia gostado, quando cheguei no quarto, comecei a rir, e então percebi que Samuel estava acordado.
- O que houve? (Samuel)
- Nada, só lembrei de uma coisa. (Jason)
- Estava onde? (Samuel)
- Fui comer alguma coisa, acordei com bastante fome. (Jason)
- Entendo, vê se volta a dormir, vamos acordar cedo amanhã. (Samuel)
- Tudo bem. (Jason)
Samuel virou pro canto e voltou a dormir, fui pra cama e vai no sono.
Dias atuais 14 de agosto de 1942 15:19 da tarde.
- Então, você estava gostando do que aconteceu? (???)
- Sim, eu sei que é estranho, mas simplesmente aconteceu. (Jason)
- Você não se sentia mal com aquilo? Mesmo depois de ter sido estuprado? (???)
- Não, por que dessa vez eu queria. (Jason)
SantaHill 31 de julho de 1916 07:27 da manhã.
Acabei acordando antes de Samuel, levantei da cama, peguei e toalha e fui para o banho, tomei uma ducha rápida, coloquei uma blusa branca e uma bermuda preta, calcei meus sapatos e desci para a cozinha.
Quando cheguei lá, só estava Patrick e Diana, ele estava sentado na mesa e Diana estava preparado o café.
- Olá Jason, dormiu bem? (Patrick)
- Sim, dormi e você? (Jason)
Tratei ele de uma maneira de como se nada tivesse acontecido.
- Ótimo, o que acha se fôssemos em uma festa sábado? Posso levar você e Samuel? (Patrick)
- Por mim tudo bem. (Jason)
- Não vai levar os garotos pro mal caminho, eles ainda são novos. (Diana)
- Tudo bem mãe, vou cuidar deles, preocupa não. (Patrick)
- Quero só ver. (Diana)
Eu ri da cena.
- Ei Jason, como era sua mãe. (Patrick)
Tentei não demonstrar tristeza.
- Bem, eu não sei, fui abandonado quando bebê em um orfanato, e sobre a minha única madrasta que tive, ela quase me matou, e no fim, acabou morta. (Jason)
O clima na cozinha ficou meio estranho.
- Nossa! Me desculpa pela pergunta cara. (Patrick)
- Tá tranquilo, já me acostumei.(Jason)
Sorri tentando disfarçar, Samuel chegou na cozinha.
- Bom dia pessoal, dormiram bem? (Samuel)
Ele estava bonito, usava uma regata preta e uma bermuda cinza.
- Eu sim. – Sorri. – E você? (Jason)
- Sim, dormi muito bem. (Samuel)
- Eu também, o que vão fazer hoje? (Patrick)
- Eu nem sei. (Jason)
- Estou pensando em ir ao parque, o que acha Jason? (Samuel)
- Por mim tudo bem. (Jason)
- Vou sair com uma garota, quem sabe não encontro vocês lá. (Patrick)
- Ótimo. (Samuel)
Olhei para Patrick com uma cara estranha, mas deixei ele de lado, me sentei na mesa, peguei o leite coloquei no copo, e bebi comendo pão com presunto, Samuel saiu da cozinha junto com Diana.
- O que achou da sua primeira noite aqui? (Patrick)
Olhei pra ele com um olhar desafiador.
- Não sei, me diz você o que achou de ter pego no meu Pau. (Jason)
Rimos alto, ele me olhou com uma cara de safado.
- Bem, creio que vai ser bom você aqui nessas férias. (Patrick)
- Sim, quero até ver como vai ser minhas novas experiências. (Jason)
Levantei, sorri pra Patrick e sai da cozinha.
Chegando na sala, Sr. E Sra. Wilson estavam sentados.
- Olá Jason, como estava? (Sra. Wilson)
- Vou bem, e vocês? (Jason)
- Dormimos bem, muito bem. (Sra. Wilson)
- Você viu Samuel? (Jason)
- Ele está no quintal, vai lá. (Sr. Wilson)
Fui até o quintal e encontrei Samuel sentado na grama.
- Oi, tá tudo bem? (Jason)
- Tá sim, só estava aqui sentado vendo a vista. (Samuel)
- O que acha de tomarmos algum sorvete? (Jason)
- Ótima ideia, espera aqui, vou buscar algum dinheiro. (Samuel)
- Ok. (Jason)
Ele saiu e foi buscar o dinheiro, e Patrick veio até mim.
- Sabe que ele gosta de você né? (Patrick)
- Quem? Samuel? (Jason)
- Sim, ele mesmo. (Patrick)
- Não pode ser, você deve tá enganado. (Jason)
- Não estou não, dá pra ver a maneira que ele te olha. (Patrick)
Fiquei com um pouco de vergonha, eu estava sentindo algo por ele, mas eu tentava evitar aquilo, Patrick se despediu e quando ele entrou em casa Samuel voltou.
- Prontinho, vamos? (Samuel)
- Sim, Vamos.
Dias atuais 14 de agosto de 1942 16:34 da tarde.
- Foi difícil aceitar isso que você e Samuel tiveram? (???)
- Não, ele me fez bem, então eu aceitei e fiz ele se sentir bem estando comigo também, o nosso tempo juntos, foi único, não esqueço de nada, ele perdeu a virgindade comigo. (Jason)
- Se foi tudo tão bom, porque acabou? (???)
- Ainda vou chegar nessa parte. (Jason)
SantaHill 31 de julho de 1916 09:40 da manhã.
Estávamos caminhando pela rua e indo tomar sorvete.
- Ei, posso pergunta uma coisa? (Jason)
- Sim, claro que pode. (Samuel)
- Você gosta de mim? (Jason)
- Claro, você é meu amigo. (Samuel)
- Não Samuel, não esse gostar, você sabe gostar. (Jason)
- O que você tá falando Jason? (Samuel)
- Deixa pra lá, deve ser coisa da minha cabeça. (Jason)
Ele olhou pra mim e desviou o olhar rapidamente.
- Tá, eu gosto. (Samuel)
- Sério? Porque não disse antes? (Jason)
- Eu tive medo, e você estava com Agatha, eu não queria atrapalhar, e eu nem sabia se você gostava de mim, eu estava confuso. (Samuel)
Sorri pra ele.
- Calma, eu não vou te julgar, não sei como dizer mas eu tenho sentido algo por você, não sei dizer o que, mas tá me dando uma boa sensação, não precisa se preocupar. (Jason)
- Isso é sério? (Samuel)
- Sim, bem sério. (Jason)
Ele sorriu meio bobo.
- Me sinto aliviado. (Samuel)
- Que bom que está se sentindo assim. (Jason)
Ficamos em silêncio, chegamos no parque central de SantaHill e vimos um homem vendendo sorvete.
- Dois sorvete por favor. (Samuel)
- Que sabor? (Vendedor)
- Chocolate, você quer de Jason? (Samuel)
- Chocolate também. (Jason)
Ele pagou o vendedor, pegamos o sorvete e começamos a andar e conversar.
- Acho que vai ser bacana ter uma experiência diferente com você. (Jason)
- Espero que foste mesmo. (Samuel)
- Vamos na festa sábado com Patrick? (Jason)
- Você quer ir? (Samuel)
- Sim, porque não ? (Jason)
- Então vamos. (Samuel)
Ele sorriu pra mim, e olhou nos meus olhos.
- Posso te dá um beijo? (Samuel)
Fiquei um pouco assustado.
- P-pode, mas nunca fiz isso com um garoto. (Jason)
- Tudo bem, vem. (Samuel)
Ele pegou em minha mão e me levou pra um lugar menos movimentado no parque.
- Aqui é melhor, por que ninguém vai atrapalhar. (Samuel)
- Tá bem. (Jason)
Ele se aproximou de mim, e levemente me beijou, nossos beijos se encaixaram perfeitamente, éramos praticamente da mesma altura, então foi bem perfeito, a boca dele era macia, e sua entrava em minha boca levemente, de uma maneira que eu simplesmente não consegui evitar que me deixasse extremamente excitado.
Parei de beijar e olhei pra ele.
- Foi bom pra você? (Jason)
- Sim, e pra você? (Samuel)
- Um dos melhores beijos da minha vida. (Jason)
Eu lembro do sorriso que ele deu naquele dia, jamais me esqueci ele estava muito feliz, e vê-lo assim me deixava feliz, ainda mais depois de tudo que ele estava fazendo por mim.
SantaHill 31 de julho de 1916 11:15 da manhã.
Era quase hora do almoço quando eu e Samuel estávamos voltando para casa, fomos conversando pelo caminho.
- Ei, então somos namorados? (Samuel)
- Não, acho que é muito cedo pra isso, mas por enquanto estamos nos conhecendo melhor. (Jason)
- Ah, posso me contentar com isso. (Samuel)
Sorri.
- Você é muito bobo. (Jason)
- É, isso é novo pra mim e eu nunca havia sentido o que estou sentindo agora. (Samuel)
- Eu também não, por isso quero que tudo vai devagar para não dá nada errado. (Jason)
- Sim, tem razão. (Samuel)
Continuamos a caminhar, não demoramos muito para chegar em casa, quando entramos todos estavam na cozinha, o almoço estava quase pronto.
- Olá crianças, como foi o passeio? (Sra. Wilson)
- Foi bem mãe, e já não somos mais crianças. (Samuel)
- Tudo bem filho, vão lavar as mãos e venham almoçar. (Sra. Wilson) que
Subimos as escadas e fomos no quarto de Samuel, ele foi ao banheiro enquanto eu calçava um chinelo que era mais confortável, Samuel saiu do banheiro e eu entrei e tranquei a porta, me olhei no espelho e falei sozinho.
- Espero não me arrepender de está fazendo isso. (Jason)
Sorri, balancei a cabeça, lavei aos mãos e sai do banheiro, do lado de fora Samuel me esperava, ele veio até mim e me deu um beijo.
- Isso é tão bom. (Samuel)
- Eu também acho, vamos descer pra comer? Estou morrendo de fome. (Jason)
- Sim, claro. (Samuel)
Descemos para a cozinha, todos já estavam sentados na mesa preparados para almoçar.
- E aí, animados pra festa? (Patrick)
- Eu estou, nunca fui em uma antes, creio que vai valer a pena. (Jason)
- Até que estou, vai ser bacana. (Samuel)
- Eu também quero ir com vocês, vai ser maneiro. (Daiana)
- Ah, nem vem garota chata. (Patrick)
- Leve sua irmã junto, qual o problema? (Diana)
- Mãe, ela é complicada. (Patrick)
- Se ela não for, você não vai. (Diana)
Eu e Samuel começamos a rir, eu estava me sentindo bem, ali era um bom lugar pra mim, eu estava bem a vontade, não queria deixar aquele lugar, mas como sempre, eu sentia que toda aquela paz, era passageira.
Dias atuais 15 de agosto de 1942 08:50 da manhã.
- Mas Jason, tudo parecia está tudo bem, como algo poderia da errado dessa vez? (???)
- Bem, coisas acontecem e depois da festa de sábado, eu diria que ali tudo acabou. (Jason)
- Não consigo imaginar como. (???)

SantaHill 31 de julho de 1916 13:20 da tarde.
Depois que almoçamos, fomos para o quintal, eu, Samuel, Patrick e Daiana, ficamos conversando por um tempo sobre coisas aleatórias, me senti cansado e resolvi subir para o quarto para descansar, me deitei e comecei a pensar sobre tudo que passei, não demorou muito para que eu caísse no sono.
Sonhei com Samuel, estávamos juntos em um lugar com muito barulho, ele falava algo mais eu não entendia o que era, então percebi que ele estava chorando, tentei ir até ele mas não consegui, quando mais eu me aproximava mais longe ele ficava.
Acordei assustado, olhei para o relógio eram 16:37 da tarde, me levantei e fui até a cozinha, Patrick estava sentado em uma das cadeiras.
- Que cara é essa? Parece que viu um fantasma. (Patrick)
- Não é isso, só tive um sonho estranho, mas já estou melhor. (Jason)
Abri a geladeira e peguei água gelada.
- Onde tá todo mundo? (Jason)
- Saíram, disseram que voltam a noite, Samuel ia te chamar mas você já estava dormindo. (Patrick)
- Entendo, e aí como você tá? (Jason)
- Bem, só morrendo de tédio. (Patrick)
- Te entendo, as vezes não tem nada pra fazer. (Jason)
- Tem certeza que não tem nada pra fazer? (Patrick)
Ele me disse com um olhar de malícia.
- Creio que sim, por que tem alguma ideia? (Jason)
- Tenho, vem comigo. (Patrick)
Ele se levantou e foi em direção as escadas, segui ele até o seu quarto.
- Entra. (Patrick)
Entrei no quarto e sentei na cama, percebi que ele trancou a porta.
- Por que trancou a porta? (Jason)
- Atoa, me diz, não sei se isso é novo pra você, mas quer tentar? (Patrick)
- Tentar o que, acho que pode ser mais específico. (Jason)
- Eu quero te foder cara. (Patrick)
Fiquei um pouco assustado com a forma que ele falou, eu queria negar, mas algo em mim queria aquilo, pensei em dizer não, mas quando eu menos percebi.
- Tá bem, pode ser, mas eu nunca fiz isso com um cara. (Jason)
- Só deixa fluir. (Patrick)
Ele veio em minha direção, primeiro me beijou, diferente do beijo de Samuel, o beijo de Patrick, era quente, era algo que me fez automaticamente ficar excitado, nos deitamos na cama e ele tirou minha blusa, eu queria negar, mas estava me sentindo bem com aquilo, ele subiu em cima de mim.
- Ei, mas e se alguém chegar? (Jason)
- Não vai, eles vão chegar tarde. (Patrick)
Sorri, e ele sorriu de volta, e continuou a me beijar, tirei a blusa dele e ele tirou a minha quando menos percebi estávamos só de cueca, o corpo de Patrick era lindo e sentir o toque dele estava me deixando molhando.
- Posso te foder? (Patrick)
- Isso nunca aconteceu. (Jason)
- Prometo ir com calma. (Patrick)
- Promete que fica só entre eu e você? Não quero magoar Samuel. (Jason)
- Sim, eu prometo. (Patrick)
- Então sim, você pode. (Jason)
Ele sorriu, eu estava um pouco tenso, isso iria acontecer, e me fazia lembrar de senhor Johnson, eu que teria que superar aquilo um dia, então fechei os olhos e simplesmente pensei, que tudo que aconteceu, já se foi e que eu precisaria superar e deixar aquele passado pra trás.
Beijei Patrick, ele pegou em pau e começou a massagear, eu havia gostado da idade, meu tesão só aumentava e quanto mais ele fazia aquilo, mas eu queria ele tirou minha cueca e começou a lamber meus mamilos, eu estava gemendo de tesão.
- Se continuar a gemer assim, vou roubar você do Sam. (Patrick)
Olhei pra ele e ri.
- Cala a boca e continua palhaço. (Jason)
Ele continua a lamber meus mamilos, e foi descendo pelo meu corpo até chegar em meu pau, eu não imaginava que aquilo poderia acontecer, ele começou a me chupar e eu gemia mais e mais alto, ele parou de chupar e mandou eu me virar, ele começou a lamber meu cu.
Por mais que eu achasse estranho, aquilo despertou algo insano dentro de mim, e eu queria sentir ele cada vez mais, ele parou de lamber e começou a colocar o dedo em mim, ele colocava e tirava, e aquilo era bom.
- Você tá gostando? (Patrick)
- Com certeza, continua vai. (Jason)
Ele me deu um tapa na bunda, e começou a esfregar o pau em mim, eu queria mais que nunca sentir ele naquele instante.
- Vou colocar. (Patrick)
E ele penetrou, bem lentamente, e a cada centímetro dele que entrava em mim, mais eu gemia, eu sentia uma mistura de dor e prazer que eu jamais conseguiria explicar com palavras aquela sensação, ele começou devagar depois ia aumentando a velocidade, ele bateu em minha bunda e eu gemi muita mais.
- Caramba, que bunda gostosa cara. (Patrick)
- Caralho! Isso tá muito bom, não para. (Jason)
- Seu perdido é uma ordem. (Patrick)
E ele foi mais forte e mais rápido, trocamos de posição, enquanto ele estava em pé do lado da cama, eu estava deitado pra cima e me masturbando.
- Cara, eu vou gozar. (Patrick)
- Eu também vou. (Jason)
E naquele instante ele tirou o pau, e gozou em cima de mim, e foi a primeira vez que gozei junto com alguém, quando acabamos, me senti estranho, não sabia como reagir ao que havia acontecido, me levantei, peguei minha roupa e fui para o quarto, sem saber o que dizer, e ele me olhou sem entender nada.
Dias atuais 15 de agosto de 1942 11:30 da manhã.
- Por que saiu do quarto já que queria aquilo? (???)
- Não sei, depois que acabamos não me senti bem, eu queria aquilo, mas me senti estranho. (Jason)
- Estranho com que? (???)
- Não consigo explicar, eu só queria sai dali naquele momento. (Jason)
SantaHill 31 de julho de 1916 19:30 da noite.
Depois que sai do quarto de Patrick, fui para o quarto e comecei a chorar, eu queria ter feito aquilo, mas eu não entendia o porquê de estar me sentindo mal, chorando fui para o banho, eu estava triste, e por esta assim, comecei a pensar em todas as coisas ruins que eu havia passado, demorei bastante no banho, então alguém bateu na porta.
- Ei Jason, tá aí? (Samuel)
- Sim, já estou acabando aqui, já falo com você. (Jason)
Desliguei o chuveiro, me sequei, olhei no espelho pra vê se não dava pra perceber se eu estava chorando, e sai, Samuel estava sentado na cama.
- Oi, como vai? (Samuel)
- Estou bem, e você como tá? (Jason)
- Também, ficou fazendo o que esse tempo? (Samuel)
- Fiquei bem de boa aqui mesmo, e seu passeio como foi? (Jason)
- Foi bom, deu pra aproveitar bastante, trouxe uma lembrança pra você. (Samuel)
Ele me entregou uma caixinha é dentro dela havia um colar com uma pedra preta brilhante, eu achei linda, eu provavelmente não usaria, então peguei minha mochila e guardei no bolso de fora junto com o colar que minha mãe havia deixado.
- Obrigado, é lindo, tudo bem se eu deixar guardado né? (Jason)
- Tudo sim, será que agora mereço um beijo seu? (Samuel)
Foi estranho quando ele me pediu aquilo, eu não sabia se deveria contar pra ele sobre o que havia acontecido, fui até ele e dei um beijo nele.
- Te beijar é tão bom. (Samuel)
Sorri, e sai do quarto.
Capítulo 11
SantaHill 31 de julho de 1916 19:45 da noite.
Fui para cozinha e Samuel não veio atrás de mim, talvez estivesse cansado, Patrick estava sentado em um das cadeiras.
- Ei, fiz algo de errado hoje? (Patrick)
- Não é você, sou eu, só estou um pouco confuso. (Jason)
- Confuso por que? (Patrick)
- Não sei explicar, eu queria aquilo, mas depois que acabou, me senti estranho e não tente pedir para eu me explicar, por que realmente não consigo. (Jason)
- Tudo bem, fiquei preocupado, mas e aí vai querer de novo? (Patrick)
- Sinceramente, não, eu gostei, mas não sei se é isso que eu quero. (Jason)
A expressão de Patrick mudou.
- Como assim não sabe o que que? Enquanto estávamos lá parecia muito bem que você sabia o que queria. (Patrick)
- Cara, não enche. (Jason)
Me levantei e sai da cozinha indo pra rua, antes de sair avisei para Sra. Wilson que eu precisa sair pra pensar um pouco, ela disse pra eu não demorar muito tempo.
SantaHill 31 de julho de 1916 20:50 da noite.
Caminhei por bastante tempo, me sentia muito confuso, precisava colocar as ideias no lugar, cheguei em uma pequena praça e me sentei em um banco, eu estava com a cabeça quente, então naquele instante alguém sentou do meu lado.
- Ei, quem é você? (Jason)
- Digamos que sou um amigo. (???)
Do meu lado havia sentado um garoto magro e alto, cabelos pretos e quase cobriam seus olhos que estavam com bastante olheira, o que indicava que talvez ele não dormisse fazia algum tempo, usava blusa branca de manga cumprida e calça preta, fazia frio naquela noite, e eu estava sem meu casaco.
- Amigo? Mas eu nem te conheço. (Jason)
- Não precisa conhecer, vi você, parecia não está bem, resolvi falar com você, parece está confuso, conte-me o que você tem? (???)
- O que te faz acreditar que vou desabafar com um estranho? (Jason)
- Tudo bem, se não quer minha ajuda vou indo. (???)
Ele se levantou do banco e eu segurei seu braço pra impedir que ele fosse embora.
- Não vai, espera. (Jason)
- Tudo bem. (???)
- Mas, preciso de um nome. (Jason)
- Me chame de J. (J)
- Um pouco estranho, mas tudo bem J. (Jason)
- Então o que você tem? (J)
Respirei fundo e comecei a contar pra ele tudo o que havia acontecido.
- Bem, é normal se sentir confuso da maneira que está se sentindo, primeiro precisamos saber se você realmente se sente atraído por caras, ou só quer experimentar e pronto. (J)
- Como faremos isso? (Jason)
- Vamos transar. (J)
- Como?  Eu nem te conheço. (Jason)
- Eu não importo, vem comigo. (J)
Ele pegou minha mão e me levou pra algum lugar, não demorou muito até que chegássemos até uma casa na rua principal de SantaHill.
- Essa é minha casa, não se preocupe, não tem ninguém em casa. (J)
- Sim, tudo bem. (Jason)
Entramos na casa, era um lugar simples, pouca mobília, ali parecia que moravam estudantes.
- Você tem que idade? (Jason)
- 19. (J)
- Tenho 16. (Jason)
- Isso não é um problema, quer beber? (J)
- Não sei se devo. (Jason)
- Você quem sabe, senta ali.(j)
Ele apontou pra um sofá, me sentei e ele foi em algum lugar e voltou com alguma bebida que eu nunca havia visto.
- Se quiser beber, me fala que pego mais um copo. (J)
- Sim, tudo bem. (Jason)
- A propósito, vê se gosta disso. (J)
Ele me beijou, fiquei sem reação não sabia o que falar, seu beijo era frio, e sua boa era macia, a cada vez que eu beijava alguém, sentia uma sensação diferente.
- Gostou? (J)
- Sim, foi bom. (Jason)
- Talvez você goste de meninos. (J)
- Ou não, cara, me desculpa, não quero transar com você, preciso ir embora. (Jason)
Ele me olhou estranho, me levantei e sai da casa dele, por algum motivo comecei a chorar, eu estava sem rumo, estava atravessando a rua, não tive nem tempo de desviar, vi uma luz e desmaiei.
Dias atuais 15 de agosto de 1942 13:20 da tarde.
- Espera, o que houve com você. (???)
- Fui atropelado por um carro. (Jason)
- Se machucou muito? (???)
- Bem, talvez um pouco. (Jason)
Levantei a blusa e mostrei uma cicatriz.
- Tive que fazer uma cirurgia, mas no fim tudo deu certo, porque se não eu nem estaria aqui, não é mesmo? (Jason)
- Sim, tem razão, vamos continue contando sua história. (???)
SantaHill 01 de agosto de 1916 03:01 da madrugada
Acordei assustado, eu não sabia onde eu estavam, mas logo percebi que era um hospital, Sra. Wilson e Samuel estávamos sentados em uma cadeira, Sra. Wilson dormia.
- Ei, você finalmente acordou.(Samuel)
- É, sim, o que aconteceu? (Jason)
- Você foi atropelado, o cara do carro não ficou pra ajudar, a sorte que um amigo meu te encontrou na rua. (Samuel)
- Que amigo? (Jason)
- O James. (Samuel)
Então, naquele momento pensei no J, então era esse seu nome, James, me perguntei o porque ele não querer falar seu nome.
- Você tá bem? (Samuel)
- Com um pouco de dor, acho melhor eu voltar dormir. (Jason)
- Tudo bem, dorme bem.(Samuel)
Ele sorriu pra mim, virei para o lado e rapidamente voltei a dormir.
SantaHill 01 de agosto de 1916 08:17 da manhã.
Quando acordei somente Samuel estava no quarto, do lado da cama do hospital havia algumas coisas pra eu comer.
- Minha mãe conversou com o médico, se tudo continuar bem você vai poder sair daqui pro meu aniversário. (Samuel)
- Isso é bom. (Jason)
- Sim, muito. (Samuel)
- Posso pedir uma coisa? (Jason)
- Sim, claro. (Samuel)
- Depois do seu aniversário, quero voltar pra escola, tudo bem? (Jason)
- Mas Jason... (Samuel)
- Desculpa, não quero mais ficar aqui. (Jason)
Pude ver as lágrimas em seus olhos, ele saiu do quarto e eu fiquei ali sozinho, comecei a chorar por mais que eu não quisesse ficar sem ele, eu não podia ficar ali, eu sabia que logo iria ter que deixa-lo, seria melhor fazer isso antes que ele se apegasse mais, eu tinha um plano, e com certeza não era voltar para a escola.

SantaHill 01 de agosto de 1916 13:30 da tarde
Depois que almocei, Sra. Wilson veio até o hospital conversar comigo.
- Olá Jason, conversei com os médicos, você sai hoje às quatro. (Sra. Wilson)
Sorri.
- Ótimo, fico feliz por isso. (Jason)
- Samuel parecia meio triste, aconteceu alguma coisa? (Sra. Wilson)
- Bem, eu queria falar sobre isso com você. (Jason)
- O que houve? (Sra. Wilson)
- Depois do aniversário de Samuel, quero voltar pra escola. (Jason)
- Mas Jason, você ainda tem um mês de férias, está aqui a poucos dias, por que quer ir embora? (Sra. Wilson)
- Só não quero ficar aqui. (Jason)
- Tudo bem, eu te entendo, podemos pagar ônibus pra você voltar pra lá. (Sra. Wilson)
- Ficaria muito agradecido se fizesse isso por mim. (Jason)
- Sim, farei. (Sra. Wilson)
Ela sorriu meio triste e saiu do quarto me deixando sozinho, alguns minutos depois J entrou no quarto.
- Fico contente que você esteja bem. (J)
- Obrigado por me salvar James. (Jason)
- James? Acho que tá me confundindo com alguém cara, nem me chamo James. (J)
- O que? Como assim? Não foi você que avisou pra Samuel o que havia acontecido. (Jason)
- Não, pode te certeza, eu nem sei quem é Samuel. (Jason)
- Mas então, passei aqui só pra saber como você está se sentindo, parece está bem, nos vemos na melhor hora. (J)
- Ei, espera. (Jason)
- O que foi? (J)
- Na quarta feira, posso te visitar? (Jason)
- Sim, pode, aprece lá pelas quatro da trade, ok? (J)
- Tudo bem. (Jason)
Ele olhou pra mim, sorriu, mandou um beijo e saiu do quarto.
SantaHill 01 de agosto de 1916 16:30 da tarde.
Por volta de quatro horas, Sr. Wilson me buscou no hospital, eu sentia um pouco de dor, a batida do carro havia causado algum problema no pulmão que tive que fazer aquela cirurgia, mas já estava tudo bem comigo, o médico havia passado alguns remédios para que me ajudasse com a dor que eu estava sentindo.
Samuel não tinha ido me buscar com sua mãe, ele parecia meio chateado com tudo, eu estava me sentindo triste por causa disso, mas era o necessário a fazer.
- Está se sentindo bem? (Sr. Wilson)
- Sim, estou obrigado. (Jason)
- Então vamos pra casa.(Sr. Wilson)
Dias atuais 15 de agosto de 1942 18:00 da noite.
- Continuaremos nossa conversa amanhã. (???)
- Tudo bem, vou para meu quarto.(Jason)
Me levantei e fui para o meu quarto, eu estava cansado, me deitei e comecei a pensar em todas as coisas que passei até hoje, e tudo que me fez chegar aqui.
- Você está bem. (???)
- Sim, obrigado por se preocupar Thompson. (Jason)
- Como foi a conversa hoje? (Thompson)
- O de sempre, a cada dia que passa, vou contando mais sobre a minha história, e como você como foi? (Jason)
- Logo estarei melhor, então vou esperar até segunda e falar mais sobre mim. (Thompson)
- Ótimo, o que acha de aproveitarmos que amanhã é domingo e andarmos pelo bosque? (Jason)
- Boa ideia, amanhã é dia de folga, é bom mesmo se andarmos pelo bosque. (Thompson)
Thompson tem trinta e oito anos, moreno, alto, cabelos castanhos, venceu muita coisa na vida, e hoje se tornou um homem melhor, ele sempre se culpa por tudo que fez, e a cada dia que passa, ele tenta fazer algo bom pra se redimir de todos seus pecados.
Enquanto eu conversava com ele, ouvimos o alarme tocar, era hora do jantar, por mais que Thompson gostasse de ficar ali, ele queria sair, a cada dia que passava ele apresentava melhoras, mas ele tinha alguns ataques e saia de si, mas nada que alguns remédios pra que ele ficasse mais tranquilo.
Saímos do quarto e fomos comer.
Dias atuais 15 de agosto de 1942 20:37
Mais tarde fui para a grande sala conversar com Thompson e algumas outras pessoas, ficar ali fazia bem, não ficamos muitos tempo ali, mas sempre que ficamos é divertido, eu não queria está ali, mas sabia que tinha que pagar pelo o que eu havia feito, sempre que eu pensava, vinham flashes em minhas mente, me arrependo amargamente, confesse que só me não matei porque eu ainda não tinha forças o suficiente para fazer aquilo.
Colocamos uma música pra tocar e ficamos lá bom um bom tempo, por volta das dez e meia da noite, fomos para o quarto, me deitei na cama e acabei apagando.
Sempre que eu me deitava, eu tinha o mesmo pesadelo, com aquela cena que não me deixava dormir, fico me perguntando onde fui chegar, é isso sempre me assusta, porque no fim, eu me tornei o que eu mais temia e me doía muito ter que viver com aquilo na mente.
SantaHill 01 de agosto de 1916 17:03 da tarde.
Não demorou muito para que chegássemos, todos me esperavam na porta de casa, ver aquela cena me deixou feliz, por um breve momento me senti importante, mas logo passou quando percebi que Samuel não estava ali, fiquei desconfortável com a cena.
- Você deu um susto na gente em garoto? (Patrick)
- Essas coisas acontecem cara, me desculpem por qualquer trabalho que eu tenha dado a vocês. (Jason)
- Tudo bem. (Sra. Wilson)
- Cadê Samuel? (Jason)
- No quarto, ele não quis descer, acho melhor você ir falar com ele. (Patrick)
- Tudo bem, eu vou lá. (Jason)
Deixei todo mundo lá em baixo e subi para falar com Samuel, bati na porta.
- Ei, posso entrar? (Jason)
- Entra. (Samuel)
- Você está bem?(Jason)
- Mudaria alguma coisa o fato de eu está bem ou mal? (Samuel)
- Tudo bem, vim me desculpar cara. (Jason)
- Se desculpar pelo o que? Não fez nada comigo. (Samuel)
- Mas sinto que lhe devo desculpas, eu queria ter que ficar, mas não posso. (Jason)
- Não pode, ou não quer? (Samuel)
- Um pouco dos dois. (Jason)
- É tão difícil fica comigo Jason? (Samuel)
- Não é questão de querer ficar com você, eu só não quero nada disso pra mim. (Jason)
- Então, já que se sente assim, se quiser já pode ir embora. (Samuel)
Samuel começou a chorar, me senti mal com aquela frase, senti vontade de chorar mas me segurei.
- Tudo bem. (Jason)
Sai do quarto deixando ele sozinho.
SantaHill 01 de agosto de 1916 21:48 da noite.
Passei a tarde toda pensando no que eu iria fazer, pensei muito até chegar a uma conclusão, eu iria dali naquela mesma noite.
Fui para o quarto deixei minhas coisas arrumadas de um modo que Samuel não percebesse o que eu estava fazendo, tomei um banho e fui até a cozinha quando, Patrick estava mais uma vez sentado.
- Até parece que você me persegue em? (Jason)
- Nada disso, só estamos no mesmo lugar sempre, talvez seja destino. (Patrick)
- Ou apenas coincidência? (Jason)
- Sim, pode ser também, você está bem? Tá com um cara estranha. (Samuel)
Pensei antes de responder.
- Não queria contar pra ninguém, mas quero ir embora hoje de madrugada. (Jason)
- Por que isso cara? (Patrick)
- Samuel não me quer aqui, então acho melhor eu partir. (Jason)
- Deixe de ser babaca, ele só estava de cabeça quente. (Patrick)
- Já estou decidido cara. (Jason)
- Tudo bem, se você acha que é o certo, não vou te impedir, espero que não se arrependa depois. (Patrick)
- Tive tempo demais pra pensar sobre. (Jason)
- E quanto a sua cirurgia? Você não se recuperou completamente. (Patrick)
- Eu sei, é só eu tomar meus remédios, e no fim tudo vai ficar bem. (Jason)
- Tranquilo, me espere aqui, vou te dar algo. (Patrick)
Patrick se levantou, foi até seu quarto e voltou.
- Toma. (Patrick)
Ele me entregou algumas notas.
- Não tem muito aí, mas vai te ajudar pelo menos. (Patrick)
- Cara, não posso aceitar. (Jason)
- Claro que pode, vai precisar de dinheiro pra ir pra algum lugar, então leve. (Patrick)
- Tudo bem, obrigado. (Jason)
Ele sorriu pra mim
- Foi bom te conhecer cara, espero que um dia a gente se encontre. (Patrick)
- Sim, digo o mesmo. (Jason)
Ele me abraçou, foi bom, quente, depois de uns segundo deixamos de se abraçar, fui para o quarto e esperei a hora passar.
Dias atuais 16 de agosto de 1942 09:17
Enfim era domingo, acordei um pouco mais tarde já que hoje não precisava fazer nada, percebi que Thompson já havia acordado, levantei me troquei e fui para fora do quarto.
O movimento naquela manhã era grande, fui até a cantina comer alguma coisa, e encontrei Thompson.
- Jason, como vai, dormiu bem a noite? (Thompson)
- Normal, tendo o mesmo pesadelo de sempre. (Jason)
- Entendo, espero que tenha ficado tudo bem. (Thompson)
- Sim, eu também espero isso. (Jason)
- Me diga, nosso passeio pelo bosque, ainda tá de pé? (Thompson)
- Sim, claro. (Jason)
- Termine de comer e vamos. (Thompson)
Senti algo estranho na voz de Thompson, pensei que poderia ser coisa da minha cabeça então deixei pra lá.
Quando acabei de comer, fui até meu quarto coloquei um sapato e me encontrei com Thompson na entrada do bosque, ele parecia bem ansioso.
- Jason, vamos, nosso passeio vai ser incrível. (Thompson)
- Sim, tem razão.
Começamos a caminhar bem animados, Thompson não parava de falar como o dia estava bonito, ele estava agindo bem estranho, e então chegamos em um ponto do bosque.
- Me diga Jason, a filha de Melissa gritava muito? (Thompson)
Olhei assustado pra ele e meu coração começou a disparar.
- O-o que você está falando? (Jason)
- Isso mesmo, a filha de Melissa gritava muito? (Thompson)
- Cale a boca, você não sabe o que está falando. (Jason)
- Claro que sei, seu idiota. (Thompson)
Naquele momento ele me deu um soco que me fez cair no chão.
- Vou lhe ensinar, seu estuprador barato a não brincar com garotinhas. (Thompson)
Então, ele havia enlouquecido, ele veio ferozmente pra cima de mim, e começou a me chutar ali no chão, eu estava sentindo dor devido a queda, ele me batia forte, e a cada chute a dor aumentava, eu não sabia o que fazer, então ele pegou uma pedra, bateu na minha cabeça e eu apaguei.

A Vida De Jason ReymondOnde histórias criam vida. Descubra agora