Capítulo 7

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Corri até Estefan, eu não conseguia imaginar que aquilo realmente estava acontecendo, quando cheguei perto dele ele estava morrendo.
- Salve seus amigos. (Estefan)
Ele sorriu e morreu ali mesmo em meus braços, eu entrei em estado de choque e foi naquele momento que Thomas chegou perto de mim e me deu um tapa na cara.
- Acorda Jason, temos que sair daqui e rápido. (Thomas)
Quando olhei pro lado, meus amigos estavam ali comigo e junto com Thomas estava seus dois fiéis companheiros que nunca saiam de perto dele.
- Tudo bem, temos que sair daqui. (Jason)
Saímos correndo pela floresta, sabíamos que não poderíamos ficar ali por muito tempo pois era perigoso, a sirene da escola ainda tocava, o terror estava em nossas caras.
- Preciso achar Sebastian, vocês vão encontrem uma maneira de sair e  me encontrem no parque da cidade. (Jason)
- Não vou deixa você sozinho Jason, eu vou com você. (Samuel)
Concordei e o restante se foi, eu e Samuel corremos, percebemos que não só a escola estava sofrendo um ataque e sim a cidade toda, e foi naquele exato momento que aconteceu, consigo descrever perfeitamente a cena até hoje, o caos em torno da escola, Sebastian estava de joelhos no pátio e um cara apontava uma arma em sua cabeça, ele olhou em minha direção, sorriu e um disparo foi feito.
Sebastian estava morto.
Naquele momento fiquei sem reação, não soube como reagir com a cena, então Samuel começou atirar no cara que havia matado Sebastian com a arma de paintball, e foi chegando perto dele, quando se aproximou acertou o cara em cheio o deixando desmaiado.
Eu ainda estava ali de joelhos no chão, sem acreditar no que havia acontecendo.
- Jason, levante precisamos pegar as nossas coisas, ficar aqui nos é seguro vamos. (Samuel)
- Eu não quero continuar, vai Samuel, me deixe, não tenho mais por que viver. (Jason)
Eu havia perdido um dos motivos deu continuar lutando, ele estava bem ali na minha frente, morto, caído no chão e eu simplesmente não pude fazer nada por ele.
- Não vou desistir de você, levante-se, honre Sebastian, lute por ele, você consegue amigo. (Samuel)
Então, percebi que Samuel tinha razão, me levantei e fui perto do corpo de Sebastian.
- Prometo que ficarei vivo por você, e jamais irei esquecer de você Sebastian. (Jason)
Aquela foi a despedida que mais marcou a minha vida, então peguei a arma que estava com o terrorista morto, eu e Samuel estávamos indo bem, conseguimos entrar em nosso quarto, pegamos nossas coisas e fomos no escritório de Sebastian, peguei uma arma e entreguei para Samuel, e dentro de uma das gavetas haviam uma foto que eu e Sebastian havíamos tirado um ano atrás e junto dela um mapa, guardei comigo e saímos da sala dele.
Mountain of Angels 28 de julho de 1916 21:49 da noite.
Depois que saímos da escola, tivemos que tomar cuidado ainda, as ruas estavam cheia de rebeldes que destruíam tudo que viam pela frente, andamos bem devagar, e rapidamente chegamos no parque.
- Está tudo bem com vocês? (Lucian)
- Mais ou menos, Sebastian está morto.(Jason)
Todos ficaram em silêncio por instantes, então Thomas falou alguma coisa.
- Sei que tivemos grandes perdas aqui, mas temos que fazer alguma coisa, aonde vamos agora? (Thomas)
- Vamos entrar na floresta, mandei com que Sofia e Agatha se escondessem lá, espero que elas estejam bem. (Jason)
- E depois que encontrá-las? (André)
- Teremos que sair de Mountain of Angels, peguei esse mapa aqui na sala de Sebastian, podemos ir para a base de RiverHill, e pedimos reforços lá.(Jason)
- Ótimo plano, vamos salva-las. (André)
Eu realmente estava agindo como um líder, precisava proteger aquelas pessoas e não queria que nada de ruim acontecesse á elas, entramos na mata e começamos a andar rapidamente, ao chegar no meio da floresta, começamos procurar Agatha e sua mãe, no demorou muito para que nós as encontrássemos.
- Agatha, você está bem? (Jason)
- Sim, eu estou bem e vocês? (Agatha)
- Onde está Sebastian? (Sofia)
Eu não tive forças para responder, o silêncio de todos foi o suficiente para ela perceber o que havia acontecido, a floresta estava em silêncio, dava pra perceber que o ar estava pesado.
- É melhor sairmos daqui, vamos pegar um carros e dar o fora da cidade. (Jason)
- Sim, vamos nessa. (Thomas)
Começamos a andar bem rápido, não demorou muito para que saíssemos da floresta, e foi naquele momento que mais uma vez, perdemos alguém, dois terroristas apareceram acertei o peito de um com um tiro, mas o outro conseguiu atirar antes de Thomas o acerta-lo e foi naquele momento, que Sofia levou um tiro na barriga que á levou a morte.
- Mamãe, não isso não pode está acontecendo. (Agatha)
- Está tudo bem minha filha. – Ela chorava. – Vá, saia da cidade, e por favor cuide dela Jason. (Sofia)
Agatha então começou a chorar sem parar, sei que não poderíamos ficar ali por mais tempo, então abracei ela bem forte, e disse que tudo ficaria bem.
Mountain of Angels 28 de julho de 1916 23:17 da noite.
Logo após nos despedimos de Sofia, começamos a andar pelos becos da cidade, Agatha ainda não estava nada bem, ela estava em choque, parecia que não sabia o que fazer, estávamos próximos do restaurante da Nina quando encontramos um carro, ele estava com a janela quebrada, André havia dito que conseguiria fazer ligação direta para que descemos o fora dali.
Mas haviam dois terroristas próximos demais do carro e sabíamos que seria um problema se tentássemos alguma coisa ali, iria chamar bastante atenção já que estava em um ponto bem movimentado da cidade.
- Bem, parece que finalmente chegou a minha vez de fazer alguma coisa. (Thomas)
- O que você vai fazer Thomas? (Jason)
- Vou distrai-los e quando vocês tiverem uma chance, corram pro carro e saiam da cidade.(Thomas)
- Mas cara, fazer isso é suicídio. (Jason)
- Cala a boca, a escolha não é sua, vocês dois estão comigo? (Thomas)
Os dois amigos dele concordaram com a cabeça, e ele contou até três e antes de pudesse ir ele disse.
- Foi bom te conhecer Jason. (Thomas)
Os terroristas correram atrás dos três e naquele momento fomos para o carro, André consegui liga-lo rapidamente, e naquele momento, ouvimos três tiros e sabíamos exatamente o que aquilo significava.
Dias atuais 12 de agosto de 1942 16:59 da tarde.
- E o que houve com Pietro? (???)
- Não conseguimos encontra-lo, mas pelo que descobri creio que ele havia trazido a cidade de Mountain of Angels e se aliado ao grupo terrorista. (Jason)
- Então ele sabia de tudo desde o início? (???)
- Creio que sim, quando chegamos em RiverHill e contamos para eles o que havia acontecido, eles mandaram um esquadrão especial para Mountain of Angels para tentarem recuperar a cidade, mas logo depois, eles pararam de nós da informações sobre o que havia acontecido no lugar. (Jason)
- O que te faz acreditar que Pietro se aliou a eles? (???)
- Eu mesmo ouvi o capitão dos terroristas falando.(Jason)

Mountain of Angels 28 de julho de 1948 23:56 da noite.
André estava dirigindo o carro, e quando parecia está tudo bem me lembrei de Pietro pensei que ele poderia ainda estar vivo, comecei a pensar onde ele estaria, pedi para que André parece o carro e desci, pedi para que cuidassem de Agatha pois havia algo que eu precisava fazer uma coisa, prometo que alcançou vocês.
Agatha não gostou muito da ideia mas acabou aceitando, ela me deu um beijo e eu saí dali e fui para a escola.
No caminho fiquei um pouco assustado, crianças e idosos estavam caídos pelo chão, bastantes lugares da cidade estavam incendiados, o clima era tenso, entrei na escola com o máximo de cuidado possível, e fui em direção da sala de Pietro, quando eu estava quase chegando, tive que me esconder pois eu havia ouvido dois terroristas vindo em minha direção.
Quando eles passaram continuei andando com o maior cuidado possível e foi ali que eu descobri, quando cheguei na sala de Pietro comecei a ouvir duas pessoas conversando
- Finalmente, esta cidade é nossa, depois de tempo planejado tudo deu certo. (Terroristas)
- Sim chefe, ninguém vai conseguir tomar essa cidade novamente. (Terrorista)
- Foi tão fácil convencer aquele idiota do Pietro, nos entregou tudo de bandeja, mais tarde vamos dá um fim nele. (Terrorista)
Fiquei assustado ouvindo aquilo, e foi aí que percebeu que já não havia nada pra se fazer ali, dei o fora o mais rápido possível daquela escola, eu tinha que dá um jeito de alcançar o pessoal agora, e naquele momento que ouvi uma buzina vindo em direção a mim, eles vieram me buscar.
Fiquei um pouco chocado, por que esperava que eles fossem, mas fiquei feliz o mesmo tempo por eles terem voltado pra me buscar.
- Não mandei vocês darem o fora daqui? (Jason)
- Agatha nos convenceu a voltar, disse que já perdeu sua mãe, e não queria perder mais ninguém, então voltamos. (Lucian)
Entrei rapidamente no carro, e mandei com que ele acelerasse, naquele momento dois carros começaram a vir atrás de nós, então André teve que acelerar bastante, estávamos tomando distância dos terroristas, então eles desistiram de nos seguir.
Nos sentimos aliviados, estávamos com medo ainda, mas ao menos eles pararam de nós seguir, logo em seguida contei pra eles o que havia acontecido, ficaram chocados pois não esperavam uma traição vinda de dentro da escola, mas agora o que nos restava era ficar o mais longe possível daquele lugar.
StoneHill 29 de julho de 1916 05:17 da manhã.
Havíamos chegado em StoneHill, não sabíamos como era a cidade, era cedo e não tínhamos ideia de onde seria a escola militar de lá, então encontramos uma cafeteria aberta resolvemos entrar para descansar e tomar um café.
- Eu estou exausta. – disse Agatha descendo do carro. – Quero dormir, não estou me sentindo bem. (Agatha(
- Ei, não se preocupe, vai ficar tudo bem prometi pra sua mãe que cuidaria de você. (Jason)
Todos descemos do carro e Samuel olhou como uma cara seria para mim.
- Precisamos achar a escola daqui rápido, e avisar o que aconteceu em Mountain of Angels. (Samuel)
- Certo. (Jason)
Entramos na cafeteria e sentamos em uma mesa próxima a janela, logo uma mulher veio em nossa direção e olhou para cada um de nós.
- Vocês estão péssimos, o que houve? (???)
Ignorei a pergunta dela.
- Por favor, poderia trazer café pra gente? (Jason)
Ela revirou os olhos e saiu de perto, ficamos todos em silêncio, em alguns minutos ela voltou com café pra gente.
- E agora posso saber o que houve? (???)
Contei a história toda pra elas, enquanto todos bebiam o café em silêncio, e ela fazia uma cara de assustada após saber o que havia acontecido.
- Então, pode informar pra gente onde fica a escola? (Jason)
- Sim. (???)
Ela escreveu um endereço em um papel e me entregou.
- Tá aqui, a propósito me chamo Sarah. (Sarah)
- Obrigado Sarah, trás a conta por favor? (Jason)
- Essa fica por conta da casa. (Sarah)
Ela deu uma piscada pra mim e pude ver o olhar de Agatha, Sarah era uma mulher bem bonita, cabelos longos e castanhos, tinha um corpo bem bonito, seus peitos eram grandes, olhos castanhos claros, boca fina e cheirava jasmim, ela usava um avental aquele dia, um short meio curto e a blusa que ela estava faziam seus peitos chamarem atenção.
Saímos da cafeteria, e fomos para o endereço que ela havia passado.
StoneHill 29 de julho de 1916 06:23 da manhã.
Então chegamos, aquela manhã estava quente, a escola militar de StoneHill era maior ainda do que a Mountain of Angels, ficamos admirados com o tamanho daquele lugar, desci do carro e fui em direção ao portão da escola e toquei uma campainha, e um guarda veio me atender.
- Posso ajudar? (Guarda)
- Preciso falar com o capitão da escola é urgência. (Jason)
Ele me olhou com uma cara de desconfiado e fez um sinal para que abrissem o portão para entrar com o carro.
Quando entramos ficamos mais admirados com a organização daquele lugar, era totalmente diferente de tudo que eu havia visto até hoje, era grande, as pessoas conversavam parecia um ótimo lugar para viver.
Estacionei o carro e todos descemos, o guarda veio em minha direção.
- Me acompanhe por favor, vou te levar até o capitão enquanto isso seus amigos podem esperar no pátio. (Guarda)
Balancei a cabeça concordando e o segui.
Chegamos em uma sala, onde havia um home sentando na cadeira, ele vestia um uniforme, era forte, alto, cabelo raspado, barba, olhos azuis e tinha um jeito que me assustava.
- Bem, o que lhe trás até mim garoto. (Capitão)
- Mountain of Angels, foi atacada. (Jason)
Ele olhou com um olhar preocupante.
- Me conte isso direito garoto. (Capitão)
Contei toda a história pra ele, o olhar de preocupado, passou para um olhar de desesperado, então ele pegou o telefone e começou a ligar para algumas lugares.
- Creio, que vocês e seus amigos que escaparam, tenham família, acho que é melhor telefonar, e contar para os familiares onde vocês estão, James. – James era o guarda que havia me levado até ele. – Leve-o até seus amigos e mostre alguém lugar para que eles possam tomar banho e descansar, eles precisam disso. (Capitão)
Ele concordou, estávamos saindo da sala e então o capitão disse.
- Você fez muito bem, conseguindo fugir de lá garoto, será bem vindo pra ficar na escola se quiser. (Capitão)
Sorri pra ele, e então saímos.
StoneHill 29 de julho de 1916 08:10 da manhã.
James havia levado a gente a um quarto onde havia um banheiro e algumas camas assim poderíamos descansar, Samuel estava tomando banho eu, Agatha, André e Lucian estávamos no quarto conversando.
- O que você acham que vai acontecer agora? (Lucian)
- Ainda não sei, eu não tenho lugar pra ir, então creio que ficarei por aqui por enquanto. (Jason)
- Não quero ter que ir morar com meus avós, mas creio que eu não tenha outra escolha, mais tarde irei telefonar pra eles. (Agatha)
- Telefonei pra minha mãe, ela disse que vai aparecer por aqui essa semana e que se eu quiser posso me formar aqui. (André)
- Jason, queria poder ficar, acha que existe alguma chance? (Agatha)
- Ainda não sei, acho melhor descansarmos agora e pensar nessas coisas depois é melhor. (Jason)
Todos concordaram, tomamos banho, deram umas roupas pra gente nos trocamos e fomos dormir.
Dias atuais 13 de agosto de 1942 09:30 dá manhã.
- Você ficou quanto em StoneHill? (???)
- Fiquei por lá dois anos ainda. (Jason)
- O que te fez sair de lá? (???)
- Eu tinha que continuar minha vida, e ainda haviam muitas coisas que eu deveria fazer, por mais que eu quisesse continuar por lá, eu sabia que não seria possível. (Jason)
Stonehill 29 de julho de 1916 16:19 da tarde.
Por volta de quatro da tarde eu acordei, eu já me sentia melhor, levantei da cama, fui ao banheiro, lavei o rosto e quando voltei pro quarto Samuel havia acabado de acordar.
- Boa tarde, que horas são? (Samuel)
Olhei para o relógio que estava na parede atrás de Samuel.
- Bem são quatro e vinte e três, vai fazer o que agora? (Jason)
- Preciso ligar para meus pais e contar o que houve, quer ir comigo? Podemos aproveitar e olhar o lugar. (Samuel)
- Sim, vamos. (Jason)
André, Lucian e Agatha ainda estavam dormindo, deixamos eles lá e saímos do quarto.
Do lado de fora do quarto haviam muitas pessoas, era fim da tarde lá eles estavam terminando de finalizar as tarefas, seria domingo no dia seguinte era um dia que todos não precisam fazer tarefas, eu e Samuel estávamos indo até o telefone, foi nesse momento em que um guarda veio em minha direção.
- Olá, o capitão pediu para que você pudesse me acompanhar até a sala dele. (Guarda)
- Tudo bem, vá com ele vou usar o telefone, depois nos encontramos no quarto. (Samuel)
Segui o guarda até a sala do capitão.
- Por favor, sente-se Jason. (Capitão)
Ele me olhou com uma cara feliz.
- Bem, entrei em contato com a central e foi mandando reforços para que pudesse recuperar a cidade de Mountain of Angels, mas me conte, pretende voltar para seus pais, ou vai ficar e estudar conosco. (Capitão)
- Não tenho pais. (Jason)
Ele ficou um pouco assustado com a resposta.
- Como assim, o que houve? (Capitão)
Contei toda a história para ele, ele prestava atenção em todos os detalhes que eu dava da história, ele parecia bem curioso.
- Bom, temos duas opções, primeiro você pode ir pra um abrigo e ficar por lá até completar seus 18 anos, ou então pode ficar aqui, até completar seus 18 anos. (Capitão)
- Não vai ser nenhum problema eu ficar aqui, vai? (Jason)
- Claro que não, você pode ficar sem problema nenhum. (Capitão)
- Tudo bem, eu ficarei. Obrigado Senhor. (Jason)
- Me chame de Joseph quando não estiver perto dos outros. (Capitão)
- Tudo bem. – Sorri – Então, irei para o quarto preciso descansar um pouco mais. (Jason)
Quando eu me levantei e estava quase saindo da sala, ele disse.
- A propósito, nossas férias começam na semana que vem, espero que não ligue em ficar aqui esse tempo de férias. (Capitão)
- Por mim tudo bem. (Jason)
Sai da sala, estava voltando para o quarto e foi quando eu encontrei Samuel.
- Oi, como foi a conversa com o Capitão. (Samuel)
- Foi bem normal, ele disse que é tudo bem eu ficar por aqui, e como foi a conversa com seus pais? (Jason)
- Bem normal também, expliquei pra eles que as férias daqui começam na próxima semana, e eles disseram que vão me buscar e vamos pra casa dos meus avós em SantaHill, perguntei se poderia levar um amigo, eles concordaram, então se você quiser ir, vai ser legal. (Samuel)
- Sério? Não tem problema eu ir junto? (Jason)
- Não, não tem, o convite está feito, basta você aceitar. (Samuel)
- Sim, eu quero, vai ser ótimo.
Rimos, e então voltamos para o quarto, quando chegamos lá Agatha e Lucian estavam conversando, André não estava mais no quarto.
- Oi gente. – Lucian falava com a gente. – Liguei para meus pais, concluímos que vamos embora do país, ou seja não vai ter como continuar com você. (Lucian)
- E eu liguei para minha vó, irei morar com ela mesmo, é Jason eu conversei com ela, ela disse que se quiser pode ir morar com a gente. – Agatha sorriu. – O que acha? (Agatha)
Olhei com um olhar de tristeza, por mais que eu quisesse ir com ela, eu não podia, aquele lugar me deixaria mais forte, era o que eu precisava naquele momento.
- Agatha, me desculpe mas, não vou poder ir com você. (Jason)
Naquele menos momento, o ar ficou pesado, pude ver as lágrimas nos olhos de Agatha.
- Como assim, você não vai poder vim comigo? Você prometeu que cuidaria de mim. (Agatha)
- Ficarei na escola, preciso disso no momento, me perdoe, vai ser melhor você ficar sozinha com seus avós. (Jason)
Agatha levantou da cama e saiu do quarto chorando.
- Caramba, você poderia ter sido um pouco mais sensível não acha? (Lucian)
- Não havia outra maneira de falar aquilo, eu precisa ser direto. (Jason)
O quarto ficou em silêncio, e não falamos mais nada, então resolvi ir atrás de Agatha.
StoneHill 29 de julho de 1916 17:37 da tarde.
Sai do quarto e comecei a procurar por Agatha, não conseguia encontrá-la em lugar nenhum, não conhecia muito o lugar, então seria um pouco difícil de acha-la, resolvi procura na ala sul da escola, me arrependi amargamente de ter feito aquilo, quando eu estava chegando próximos a um dos alojamentos que tinham por lá, vi Agatha beijando um garoto.
Eu não queria acreditar naquela cena, mesmo depois de tudo que havíamos vivido, não pude acreditar que ela estava fazendo aquilo comigo, mas ver aquilo me fez perceber, que realmente eu teria que deixar ela para poder seguir em frente.
Sai de lá sem que ela percebesse, eu estava um pouco devastado com a cena que eu havia acabado de ver, então sem saber o que fazer sai da escola.
Dias atuais 13 de agosto de 1942 14:17 da tarde.
- Quer dizer que você usou aquilo como uma maneira de deixar Agatha pra trás? (???)
- Não apenas aquilo, aquela foi apenas a primeira coisa. (Jason)
- O que mais você fez pra conseguir deixá-la para trás? (???)
StoneHill 29 de julho de 1916 18:19 da noite.
Comecei a caminhar pelas ruas da cidade, não conhecia aquele lugar muito bem, havia acabado de anoitecer, era sábado e eu estava usando uma calça preta e uma blusa branca naquele dia, estava bem simples, as ruas da cidade estavam bem movimentadas, eu estava meio distraído foi naquele momento que acabei me esbarrando em alguém.
- Ei mocinho, tome cuidado. (Sarah)
Quando percebi, lá estava ela, era Sarah, ela usava um vestido vermelho e um sapato preto, ela estava bem bonita naquele dia.
- S-Sarah, me desculpe não vi você. (Jason)
- Tudo bem mocinho, o que faz aqui? (Sarah)
- Ah, nada. (Jason)
- Você não parece estar bem, quer dá uma volta comigo? (Sarah)
- Tudo bem, pode ser. (Jason)
Começamos a caminhar, estávamos em silêncio, ela me olhava meio curiosa.
- O que houve com você? (Sarah)
- Não quero falar sobre, não me sinto bem com relação há isso. (Jason)
- Tudo bem, quantos anos você tem? (Sarah)
- Dezesseis, porque? (Jason)
- Então você ainda é novinho, seria um erro se eu levasse você pra beber comigo. (Sarah)
Parei de andar e pensei um pouco.
- Me leve? Eu nunca fiz isso, pode ser a primeira vez. (Jason)
- Você tem certeza que não vai ter problemas com isso? (Sarah)
- Sim, tenho. (Jason)
- Tudo bem. (Sarah)
Ela sorriu e começamos a andar novamente.
- Pra onde vamos? (Jason)
- Pra minha casa, não é muito longe daqui. (Sarah)
Caminhamos por uns vinte minutos, e chegamos na casa dela.
- Fique a vontade, sinta-se em casa. (Sarah)
Ela tirou sapato, olhou pra mim e sorriu, fiquei meio bobo com aquilo, senti minhas bochechas ficando vermelhas naquele instante.
- Vou meu quarto, preciso colocar uma roupa mais confortável, volto logo, pode me esperar sentado naquele sofá ali. (Sarah)
Ela apontou para o sofá.
- Tudo bem. (Jason)
Me sentei e comecei a pensar em tudo que eu já havia passado até ali, então veio Agatha na minha cabeça, me deu vontade de chorar, Sarah voltou de seu quarto e percebeu que eu estava meio triste.
- O que foi? Você parece está querendo chorar. (Sarah)
Desviei o olhar.
- Não é nada, então, vamos beber? (Jason)
- Sim, tire seus sapatos. (Sarah)
Tirei meu sapatos e Sarah foi até a cozinha e voltou com dois copos e um vinho na mão e colocou em cima de uma mesa que estava no meio da sala.
- O que acha de ouvirmos algumas músicas?
- Pode ser. (Jason)
Ela foi até um toca disco que havia ali, e então uma música começou a tocar.
- It’s A Long, Long Way To Tipperary de John McCormack, conhece? (Sarah)
- Nunca ouvi. – sorri. – Mas é uma boa música.
Ela olhou pra mim, sorriu e começou a cantar, eu não esperava muita, mas sua voz era linda.
- It's a long way to Tipperary, it's a long way to go. It's a long way to Tipperary To the sweetest girl I know! (Sarah)
Olhei para ela encantando, e sorri.
- Caramba que voz incrível, não esperava que cantasse bem assim. (Jason)
- Sei fazer muitas coisas mocinhos. – ela riu. – Bem, vamos beber? (Sarah)
- Sim, vamos. (Jason)
Ela pegou o vinho e colocou em nossos copos e fez um brinde.
- Pelos nossa amizade que acaba de começar. (Sarah)
- Por nossa amizade. (Jason)
Ela se sentou do meu lado, e foi ali naquele momento que percebi a roupa que ela usava, ela usava um short jeans bem curto com uma blusa azul bem apertada, que faziam com que seus seios ficassem mais volumosos.
- Tá olhando o que em? (Sarah)
- N-nada. – fiquei vermelho. – Você mora aqui faz quanto tempo? (Jason)
Ela deu um sorriso malicioso.
- Estava olhando meus seios? (Sarah)
- N-não. (Jason)
Fiquei nervoso.
- Não tem problema, eu sei que são grandes, mas respondendo sua pergunta, moro aqui desde que nasci. (Sarah)
Fiquei aliviado quando ela respondeu minha pergunta parecendo mudar de assunto.
- Você tem que idade? (Jason)
- Vinte e dois anos, sou bem nova ainda. (Sarah)
- É sim, você é bem bonita. (Jason)
Eu nunca havia elogiado ninguém daquela forma, parecia que o álcool estava fazendo efeito sobre mim.
- Mas e você, como foi sua vida? (Sarah)
- Minha vida? – eu ri. – Só desgraça, nada deu certo pra mim, e olhe que tenho apenas dezesseis anos, perdi todos que eu amava, fui abandonado quando bebê em um orfanato, e depois disso muita coisa ruim aconteceu, mas gosto de pensar que tudo que houve me deixou mais forte e maduro, me fazendo ser quem eu sou. (Jason)
- Então, você se considera maduro? Interessante. (Sarah)
- Porque acha interessante? – olhei pra ela maliciosamente. – Isso é bom? (Jason)
Eu já estava bêbado.
- Sim, muito bom, o que acha se a gente brincar um pouco? (Sarah)
Ela me olhou mordendo os lábios.
- Brincar? De que exatamente? (Jason)
- Deixa eu te mostrar. (Sarah)
Dias atuais 13 de agosto de 1942 16:01 da tarde.
- Então você dormiu com Sarah? (???)
- Não apenas uma vez, fizemos aquilo várias e várias vezes, acabou virando algo normal.(???)
- Mas, você ainda era bem novo pra tudo aquilo. (???)
- Eu também achava, mas me acostumei.
StoneHill 29 de julho de 1916 20:27 da noite.
Logo depois de ter feito sexo com Sarah, eu acordei um pouco assustado, minha cabeça estava doendo e eu estava pelado, Sarah ainda estava dormindo, levantei, me vesti e sai da casa dela.
Já era noite estava um pouco frio, e eu não estava com nenhum agasalho, comecei a caminhar um pouco mais rápido quando percebi que haviam dois caras me perseguindo, não demorou muito para que eu chegasse novamente no colégio, eu estava um pouco assustado, mas felizmente nada havia acontecido.
Quando cheguei na escola haviam vários alunos na cantina, fui para o quarto, tomei banho e sai do banheiro com a toalha enrolada na cintura, Agatha estava sentada na cama.
- Que unhados são esses?
Ela me olhava apontando para meu peito.
- Nada que seja da sua conta. (Jason)
- Porque tá me tratando assim? (Agatha)
- Não sei! Pergunta o cara que você estava beijando mais cedo. (Jason)
- Ken? (Agatha)
- Então esse é o nome dele? Bom, não queria que terminasse assim, mas a partir de agora eu e você não temos mais nada, espero que curta morar com sua vó, porque realmente nem quero ver mais o seu rosto. (Jason)
Vesti uma bermuda rapidamente, peguei uma blusa qualquer e sai do quarto deixando ela sozinha.

A Vida De Jason ReymondOnde histórias criam vida. Descubra agora