Capítulo 12

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SkyHill 01 de agosto de 1916 18:10 da noite.
Havia acabado de anoitecer quando o ônibus chegou em SkyHill, fazia bastante frio então coloquei uma blusa e desci do ônibus.
A cidade parecia não ter mudado muito em todos esses anos, pisar ali novamente me fazia lembrar das coisas que Vivi e passei ali, havia muitos lugares que eu queria visitar ali, mas eu teria que tomar cuidado já que eu tinha apenas dezesseis anos, e não podia correr o risco de ser mandado pro orfanato novamente.
Eu estava me sentindo cansado, então resolvi procurar um lugar que eu pudesse passar a noite, fui pra um hotel qualquer, paguei a estádia e fui para o quarto, coloquei as coisas no lugar, tomei um banho e coloquei uma roupa mais aconchegante.
Não era tão tarde, então resolvi dar uma volta em SkyHill para ver como estavam as coisas.
Comecei a caminhar pela rua, e pensando o que eu faria amanhã, estava pensando em visitar o orfanato e ver se conseguia alguma notícia sobre Tobias, já que lá foi o último lugar que vi ele, e com certeza eles teriam o registro da adoção dele, enquanto eu andava distraído assustei quando trombei com alguém.
- Me desculpa. (Jason)
- Não tem problema eu também estava distraída. (???)
Foi naquele momento que percebi quem era.
- Irmã Judi? (Jason)
- Não me chame assim, não faço mais partes das irmãs do orfanato, quem é você? (Judi)
Apesar de estar mais velha, ela continuava linda como antes, o mesmo sorriso e seus cabelos ruivos estavam mais bonitos ainda, ela estava vestida de uma forma diferente, ela parecia mais vulgar com sua roupa.
- Me desculpe, claro que não se lembraria de mim, eu era apenas uma criança, mas sou eu Jason. (Jason)
Ela me olhou um pouco espantada.
- Como você mudou, está diferente, parece outra pessoa, eu jamais o reconheceria. (Judi)
- Eu sei, muito tempo se passou, e você continua linda como sempre. (Jason)
Ela deu um sorriso.
- O que acha se fossemos para algum lugar e conversar? (Judi)
- Claro. (Jason)
- Me acompanhe, tem uma ótima cafeteira aqui perto. (Judi)
Andamos um pouco, e eu estava muito feliz por ter encontrado alguém de muito tempo, fiquei feliz em saber que estava tudo bem com ela, não demorou para que chegássemos na cafeteria.
Entramos e sentamos em uma mesa perto da janela, então uma moça veio até nós.
- Vão querer o que? (Atendente)
- Um café forte por favor. (Jason)
- O mesmo pra mim. (Judi)
Ela anotou os pedidos e saiu.
- Então, o que veio fazer em SkyHill? (Judi)
- Vim procurar alguma coisa que possa me levar até Tobias. (Jason)
- E pensou que fosse encontrar no orfanato, certo? (Judi)
- Sim. (Jason)
Ela olhou um pouco triste.
- Então você não sabe. (Judi)
- Do que? (Jason)
- Dois anos depois que você foi embora de SkyHill, o orfanato pegou fogo, muitas crianças e irmãs morreram, foi uma tragédia horrível. (Judi)
Meu coração disparou.
- Como Isis aconteceu? (Jason)
- Infelizmente ninguém sabe, a polícia arquivou o caso, mas muitos acreditam que tenha sido um incêndio criminoso. (Judi)
Eu estava assustado.
- E com você, ficou tudo bem? (Jason)
- Sim, consegui fugir com algumas crianças, mas muitas morreram. (Judi)
- O que você fez depois? (Jason)
- Bem, depois do incêndio, eu sabia que seria difícil recomeçar, então comecei a trabalhar na escola, arrumei um marido e hoje sou casada e moramos aqui na cidade. (Judi)
Eu estava triste depois de ouvir a notícia, e ter pensando que o lugar onde passei minha infância, simplesmente foi destruído pelo fogo.
- Consigo encontrar algum arquivo sobre a adoção de Tobias? (Jason)
- Só com a polícia. (Judi)
- Droga, como vou fazer isso? (Jason)
- Não se preocupe, meu marido é policial. (Judi)
- Você me ajuda com isso? (Jason)
- Sim, eu te ajudo. (Judi)
Atendendo voltou com o café e entregou pra gente.
- Mais alguma? (Atendente)
- Não, obrigado. (Jason)
Ela saiu.
- Mas, me conte sobre você o que aconteceu com você esse tempo todo?(Judi)
- Bem, é uma longa história. (Jason)
Respirei fundo e comecei a contar tudo o que havia acontecido pra ela, a cada detalhe que eu contava ela fazia uma expressão diferente.
- Então, você está sem família? (Judi)
- Sim. (Judi)
- Você sabe que isso é perigoso, né? (Judi)
- Sim, eu sei Judi, mas eu preciso disso, preciso descobri sobre mim, preciso me encontrar. (Jason)
- Tudo bem, preciso ir embora, podemos nos encontrar aqui amanhã às seis da tarde, vou reunir todos os dados sobre Tobias e trago pra você. (Judi)
- Posso pedir mais uma coisa? (Jason)
- Sim, claro. (Judi)
- Pode trazer os arquivos sobre mim também? (Jason)
Ela respirou fundo.
- Tá bem. (Judi)
- Obrigado, estou ansioso. (Jason)
Ela sorriu, conversar com ela foi bom, me fez bem, mas foi ruim saber o que houve com o pessoal do orfanato, em saber que talvez se eu não tivesse sido adotado eu poderia está morto junto com as outras crianças.
Logo depois da nossa conversa, pagamos a conta e fomos embora.
- Amanhã às seis, tudo bem? (Jason)
- Tudo bem, tem veio em breve. (Judi)
Ela me deu um abraço e se foi, fui para o hotel pesando no que havia acontecido no orfanato, no caminho de volta tive a ideia de visitar a casa do senhor Johnson para como estava quando cheguei na frente da casa fiquei surpreso com o que havia acontecido.
A cada estava toda destruída, parecia que depois de tudo que aconteceu a casa foi abandonada, e mais uma vez lá estava eu parado e chocado com o que havia acontecido com a casa.
Era um pouco tarde, eu queria entrar na casa mas estava um meio tarde pra fazer isso, então resolvi ir pra casa e voltar ali no dia seguinte pra dar uma olhada, fui direto para o hotel, subi para o meu quarto, e quando percebi que eu finalmente estava sem ninguém, comecei a chorar.
SkyHill 02 de agosto de 1916 06:30 da manhã.
Naquele dia acordei cedo, eu estava muito animado apesar de ter chorado a noite passada, me levantei, escovei os dentes, coloquei meias longas, sapatos preto, blusa branca e bermuda preta.
Sai do quarto dei bom dia pro recepcionista e sai do hotel.
O dia estava bonito, eu queria comprar uma coisa nova, então me lembrei da loja que me Sr. Johnson havia me levado na infância, resolvi que compraria uma boina nova já que havia perdido todas as minhas.
Andei um pouco, e não demorou muito para que eu chegasse na loja, quando cheguei a loja havia acabado de abrir, não demorou muito para que alguém viesse me atender, e claro eu reconheceria aquele rosto de longe.
- Em que posso ajudar? (Elizabeth)
Ela continuava a mesma coisa, porém um pouco mais jovem, mesmo depois de anos Elizabeth continuava ali trabalhando naquele lugar, resolvi não falar que eu era para na alertar ninguém de que eu estava na cidade.
- Gostaria de olhar boinas. (Jason)
- Me siga por favor. (Elizabeth)
A loja estava maior do que da última vez que eu havia ido ali, haviam vários novos rostos, e simplesmente estava incrível aquele lugar.
- Você gostaria de que cor? (Elizabeth)
Pensei pra responder.
- Vou querer preta. (Jason)
Ele me mostrou algumas boinas, não demorou muito pra que eu escolhesse.
- Vou ficar com essa. – Disse olhando pra um espelho. – Mais uma coisa vocês tem suspensórios? (Jason)
- Sim, preto também? (Elizabeth)
- Claro, por favor. (Jason)
Peguei as coisas que eu havia comprado, paguei e me despedi de Elizabeth, me lembrei de Sr. Johnson e então decidi ir até a mansão.
Dias atuais 21 de agosto de 1942 15:37 da tarde.
Depois que sai da sala da Sra. Willians fui pro meu quarto e fiquei lá, eu não teria saído de lá se não tivesse percebido que alguém estava me observando na janela do meu quarto, levantei e fui ver quem era, mas então a pessoa saiu correndo e não consegui ver quem era.
Achei estranho, sai do quarto e comecei a andar pela clínica, eu estava cansado e estava com medo, parecia que eu estava sentindo algo ruim.
Resolvi andar do lado de fora, e foi naquele momento que vi que havia uma pessoa nova ali, uma garota, parecia que ela era nova, tinha no máximo dezesseis anos, ela estava sozinha, fui até ela.
- Não acha que é muito nova pra esta aqui não? (Jason)
Ela olhou pra mim e sorriu, olhos verdes, cabelos longos e castanhos, grades olhos e nariz fino, usava um laço no cabelo e estava com a roupa da clínica.
- Não sei, acha que matar a mãe, o irmão mais novo e deixar o pai na cadeira de rodas séria algo demais pra uma garotinhas da minha idade? (???)
Fiquei assustado e sem reação, e naquele momento ela estendeu as mãos pra mim.
- Prazer, me chamo Alice. (Alice)
SkyHill 02 de agosto de 1916 09:16 da manhã.
Quando cheguei na mansão dei uma olhada de fora pra verificar se não havia ninguém, e realmente aquele lugar estava abandonado, os vidros estavam todos quebrados, e haviam algumas palavras escritas na parede do muro.
Era horrível ver que o lugar onde passei parte da minha vida estava daquele forma, o portão estava quebrado então entrei por ele mesmo.
O quintal que era lindo estava morto, senti como se uma parte da minha vida estivesse morta, só havia desgraças naquele lugar.
A porta da frente estava trancada, então tive que procurar outra entrada, vi uma janela quebrada entrei por ela.
Haviam alguns móveis velho na casa, e realmente não consegui acreditar que o lugar estava totalmente abandonado, comecei a andar pela casa olhando e lembrando das coisas que passamos, olhar pra escada me lembrava de quando eu Terry estávamos ali, juntos correndo pra todo lado.
Naquele instante, ouvi um barulho vindo da porta dos fundos, fui bem devagar ver o que era, olhei bem devagar e vi um homem entrando, mas esbarrei em um copo que caiu e quebrou.
- Quem é você? (???)
- Calma, eu posso explicar. (Jason)
- Jason, é você? (???)
- Como você sabe quem sou eu? (Jason)
- Não lembra de mim? Olavo? (Olavo)
- Olavo? O motorista? (Jason)
- Sim rapaz, venha aqui, me dê um abraço. (Olavo)
Sorri quando vi ele e fui na direção dele e o abracei.
- Como me reconheceu? (Jason)
- Você ainda tem o mesmo rosto de antes garoto, porém agora a barba tá crescendo. (Olavo)
- Realmente. – Comecei a rir. – O que houve aqui? (Jason)
- É uma longa história. (Olavo)
- Bom, creio que eu tenho tempo, você também deve ter, o que acha se a gente fosse pro quintal e conversasse nos um pouco? (Jason)
- Ótima ideia, venha. (Olavo)
Segui Olavo até o quintal, ele havia mudado bastante nesses anos, ele havia envelhecido, já haviam cabelos brancos em sua cabeça, achei um pouco engraçado.
Sentamos no chão perto da fonte que havia no quintal dos fundos.
- O que houve depois que fui embora daqui. (Jason)
- Terry e Melissa ficaram aqui por dois meses depois de tudo, não demorou muito pra que ele fossem embora. (Olavo)
- E por que eles foram embora? (Jason)
- Dona Judith havia ficado doente, e infelizmente ela faleceu, e sem ter quem cuidasse deles aqui, tiveram que ir morar com uma tia deles longe daqui, mas de qualquer forma eles teriam que ir embora depois de um tempo. (Olavo)
Fiquei um pouco chocado.
- Como? O que houve com Judith? (Jason)
- Ela teve um infarto, foi triste, todos aqui sentiram pela morte de Judith. (Olavo)
- Queria está aqui, pra me despedir dela. (Jason)
- Não se preocupe garoto, tenho certeza que ela nunca se esqueceu de você. (Olavo)
- O que aconteceu depois? (Jason)
- A casa foi colocada pra venda, mas infelizmente ninguém quis comprar, o local estava com uma péssima fama e ninguém queria comprar a casa onde aconteceram tantas coisas. (Olavo)
- O que te trouxe aqui? (Jason)
- Eu sempre venho pra cá quando estou me sentindo sozinho, aqui passei ótimos momentos. (Olavo)
- Entendo. (Jason)
- O que te trouxe até SkyHill? (Olavo)
- Vim buscar informações no orfanato sobre um amigo, mas quando cheguei aqui, me encontrei com Judi e ela me disse que o orfanato havia sido destruído por um incêndio. (Jason)
- Judi? Você não deveria andar com ela. (Olavo)
- Por que? (Jason)
- Creio que ela não tenha te contado que foi ela quem colocou fogo no orfanato, não é mesmo? (Olavo)
- O que? Como assim? (Jason)
- Isso mesmo, a polícia encontrou provas o suficiente que pudesse incrimina-la, mas ela se safou, pois estava se envolvendo com o chefe dos policiais. (Olavo)
- Mas, por que ela faria isso? (Jason)
- Ninguém nunca soube, mas tome cuidado com ela garoto, ela é perigosa. (Olavo)
Não consegui acreditar no que Olavo estava me falando, como uma mulher tão boa e doce poderia fazer aquilo com todas aquelas crianças?
- Preciso ir embora, tenho coisas pra fazer hoje ainda. (Olavo)
- Tudo bem, irei embora de SkyHill amanhã, podemos nos encontrar aqui pra se despedir o que acha? (Jason)
- Sim, podemos, nos vemos amanhã às onze. (Olavo)
Nos despedimos e ele foi embora, fiquei ali sozinho, pensando nas coisas que ele havia me falado, e sem perceber o tempo passou rápido enquanto eu estava ali, antes de sair da resolvi dar uma olhada no andar de cima.
O quarto onde tudo havia acontecido, estava sem porta agora, entrei nele e havia uma mesa lá, em cima dela se encontrava uma caixa, abri a caixa e dentro havia fotos, fotos de quando tudo era bom, sorri e ao mesmo tempo, comecei a chorar.
Dias atuais 21 de agosto de 1942 15:38 da tarde.
Por algum motivo minha perna começou a tremer, aquela garota me assustou completamente da forma em que ela falou, como uma pessoa conseguiria fazer aquilo tudo sozinha.
- Ficou sem palavras? (Alice)
Tentei não olha muito pra ela.
- Estou impressionado, não é todo dia que aparece alguém aqui assim. (Jason)
- Não se preocupe, vou sair daqui logo, mas antes vou me divertir um pouco. (Alice)
Fiquei assustado, ela saiu andando e eu estava parado ainda sem reação com a garota.
SkyHill 02 de agosto de 1916 09:16 da manhã.
Limpei minhas lágrimas, peguei as fotos e sai da casa, já não estava me sentindo nada bem naquele lugar, eu precisa comer alguma coisa, então fui até á lanchonete.
Não demorei muito pra chegar, me sentei na mesa onde havia sentado com Judi, e pedi dois salgados e um suco de laranja, aquele seria meu almoço.
Enquanto a garçonete foi buscar o pedido, peguei as fotos e comecei vê-las e lembrar da minha vida ali, junto das fotos havia uma foto que tiramos no dia do piquenique, nunca me esqueci daquele dia, eu estava distraído então a garçonete voltou.
- Aqui está, mais alguma coisa? (Garçonete)
- Não, apenas isso. (Jason)
- Você está bem, parece triste? (Garçonete)
- Estou sim, não se preocupe. (Jason)
Ela sorriu e saiu andando.
Comecei a comer enquanto me lembrava do passado, e então um rosto familiar entrou no rosto, era uma garoto que se sentou em uma mesa próxima a minha, ele conversava com a garçonete como se já se conhecem a bastante tempo.
Eu estava observando ele atentamente, e então ele percebeu, tentei olhar para o lado pra disfarçar, mas não adiantou muito, ele veio em minha direção e sentou na mesma mesa que eu.
- Vi que estava me olhando? (???)
- Me desculpe, é que você me pareceu familiar. (Jason)
Ele sorriu e estendeu a mão pra mim.
- Prazer me chamo Terry. (Terry)
Naquele momento meu coração gelou, fiquei paralisado, nenhuma palavra saia.
- O que foi? (Terry)
- Terry Johnson? (Jason)
- Sim, já deve ter ouvido falar de mim. (Terry)
- Estou tão diferente assim pra não conseguir lembrar de mim? (Jason)
Ele me olhou atentamente.
- Jason? (Terry)
Balancei a cabeça concordando.
- M-mas cara já fazem anos. (Terry)
- Imaginei que não te encontraria aqui, encontrei Olavo ele disse que você não estava na cidade. (Jason)
- E não estava, resolvi passar por aqui pra saber como está a cidade, e confesso que estou surpreso em te encontrar aqui. (Terry)
- Posso dizer o mesmo. (Jason)
- Como estão as coisas? Você está com quem? (Terry)
- Podemos ir pra outro lugar conversar? (Jason)
- Sim claro, o que acha se fossemos para o campo? (Terry)
- Sim, pode ser. (Jason)
Ele nem esperou o pedido e saímos da lanchonete e fomos para o campo, do lado de fora da lanchonete havia um carro parado.
- Que carro lindo! (Jason)
- Ganhei quando completei dezoito anos. (Terry)
- Inveja de você, nos últimos tempo só tenho ganhado muita dor de cabeça. (Jason)
- A vida anda tão difícil assim? (Terry)
- Você não imagina o quanto. (Jason)
- Tudo bem, vamos você pode me contar no caminho. (Terry)
Entramos no carro e Terry começou a dirigir.
- Já faz tanto tempo que não nos vemos não é mesmo? (Terry)
- Sim, realmente. (Jason)
- Tá namorando alguém? (Terry)
- Ah. – pensei nas coisas que passei. – Não, nada deu certo, e você? (Jason)
- Sim, ela é linda espero que um dia você possa conhece-la (Terry)
- E Melissa? Como ela está? (Jason)
- Ela tem estado bem, ultimamente tem saído mais, ela tá namorando um cara, se você visse ela, nem acreditaria que aquela é a Melissa. (Terry)
Sorri meio triste.
- Ei, tá tudo bem? (Terry)
- É estranho ver você falando de Melissa, senti saudades. (Jason)
- Por que não vai comigo pra OceanHill? (Terry)
- Não é tão simplesmente assim Terry, tem muita coisa envolvida.
- O que por exemplo? – ele deu uma pausa. – Chegamos. (Terry)
Não consegui falar, fiquei surpreendido quando olhei para aquele lugar, estava lindo, muitas coisas haviam mudado, haviam muitas árvores novas, e o celeiro estava completamente destruído.
- O que aconteceu aqui? (Jason)
- Depois do ocorrido, não havia mais porque cuidar daqui, minha família dispensou todos os funcionários, e depois fomos embora de SkyHill. (Terry)
- Esse lugar está mais lindo do que antes. (Jason)
- Sim, parece que a natureza tomou conta do lugar todo. (Terry)
Apenas concordei com a cabeça e desci do carro.
- O que aconteceu com Tobi? (Jason)
- Está em OceanHill, já está bem velho. (Terry)
- Imagino mesmo. (Jason)
- Você ainda não me respondeu, por que não pode ir morar com a gente? (Terry)
- Vou te contar toda a história. (Jason)
- Conte. (Terry)
- Depois do que aconteceu em sua casa, eu e Sebastiana nos mudamos pra um colégio militar, aprendi muita coisa lá, conheci Agatha uma garota pela qual me apaixonei, mas me arrependo disso. (Jason)
- Por que se arrepende? (Terry)
- No início, tudo deu certo entre a gente, mas ela me traiu, mesmo depois de tudo que eu havia feito pra ela. (Jason)
- O que você fez por ela. (Terry)
- Eu salvei a vida dela, a cidade da escola militar, foi atacada por um grupo terrorista, muita gente morreu, eu e mais quarto pessoas conseguimos fugir e buscar ajuda na cidade vizinha. (Jason)
- Caramba Jason, você com certeza foi muito corajoso. (Terry)
- Tive que ser, queria ter salvo todo mundo, mas infelizmente, as coisas nunca acontecem como a gente quer. (Jason)
- Você estava morando com Sebastian certo? (Terry)
- Sim, e ele se foi. (Jason)
- Como assim? (Terry)
Ele me olhou perplexo.
- Isso mesmo, ele foi uma das pessoas que morreram. (Jason)
Terry veio até mim e me abraçou.
- Sei como é difícil perder alguém amado, você não está sozinho não se preocupe. (Terry)
As palavras de Terry me tocaram, comecei a chorar.
- Isso, chorar fará você se sentir melhor. (Terry)
Abracei ele mais forte ainda.
- Obrigado por esta aqui comigo, não me sinto bem faz tempo, e não posso conta com ninguém. (Jason)



A Vida De Jason ReymondOnde histórias criam vida. Descubra agora