18- Knocking

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Bellamy POV

Sempre ajudava no que podia. Gostava de fazer-me útil no acampamento. Nos últimos dias, andávamos a planear voltar para o Mount Weather para apanharmos algumas coisas que podiam ser precisas para a nossa sobrevivência, porém também iríamos aproveitar coisas em termos de cultura que eles estavam recheados. Só não havíamos avançado logo porque andávamos a vigiar a ver se era seguro o fazer. Não iriamos suportar sofrer um ataque neste momento. Eu por um lado tinha um bocado de receio de voltar lá principalmente por tudo o que havia passado ali e por eu ter contribuindo para os últimos acontecimentos que abalaram a vida das pessoas inocentes que lá moravam.

A poucas semanas comecei a dar aulas de luta juntamente com o Lincoln para quem queria aprender a lutar e defender o pequeno pedaço de Terra a que chamávamos casa assim como fazíamos com os 100 que chegaram primeiro.

Só não estava a espera que quando entrasse naquele dia na aula fosse deparar-me com a Sarah. Respirei fundo tentando não me lembrar do quase beijo que tínhamos dado a umas noites atrás porque havia me deixado tão confuso por não saber o que realmente ela sentia por mim depois da conversa que havíamos tido.

Tinha ficado com a ideia de que estávamos num bom caminho para voltar a ficar juntos.

Parece que havia percebido mal.

Mas quando eu e o Lincoln estávamos a falar sentia um olhar sempre sobre mim só que quando olhava para ela, ela desviava o olhar. Tentei parar de ligar aos seus movimentos e concentrar-me no que estava ali para fazer.

(...)

Havia passado 1 semana desde a 1º aula de luta da Sarah e tinha sido uma semana bastante ocupada para mim. Nos últimos dias não podia ter deixado de notar que uma rapariga chamada Hally estava a tentar bastante atirar-se a mim, todas as oportunidades que ela via, lá estava ela a sorrir para mim com malicia ou em todas as oportunidades que podia arranjava conversa comigo.

Não me levem a mal a rapariga era a bonita e não era má de todo até conseguia ter uma conversa boa com ela só que o meu coração não deixava que eu a olhasse de outra maneira. Por mais que ela tinha uma maneira de fazer-me rir como á muito não me ria o que era agradável. Gostava da companhia dela só não lhe conseguia dar o que ela queria.

Foi o caso de hoje quando estava a jantar ela sentou-se na mesa ao meu lado com umas piadas secas de um livro que ela tinha encontrado que eram mesmo secas e era por isso que metiam piada porque chegava a ser ridículo.

- Mas olha esta... Onde vão duas cobras beber um copo no fim de um dia de trabalho?

-Sei lá eu.

- Ao snake-bar -falou entre risos-

- Ri um bocado da maneira que ela se ria- Isso é tão ridículo não acredito que alguém fez um livro com isso.

- Espera ainda há piores... Como se chama um elevador na China?

Houve um pequeno silêncio entre nós.

- Diz duma vez -falei a rir pela expressão de mistério que ela tentava fazer-

– Como no resto do mundo, carregando no botão -solta uma gargalhada alta-

Era impossível não rir da maneira que ela ria mesmo que as piadas fossem bastante secas e simplesmente não serem piadas só serem trocadilhos que tu sabias a resposta, mas da maneira que a pergunta era feita, trocava-te todo.

Vejo alguma movimentação a alguns metros de mim junto dum barulho estridente de metal a bater na mesa o que fez com que moderasse um pouco a minha gargalhada e cortasse um pouco o clima descontraído que estava a ter com a Hally.

Observo uma rapariga a andar em passos rápidos e pesados reconhecendo a mesma até mesmo de costas. Era a Sarah. Vejo o Oliver e a Raven a irem quase automaticamente atras dela e fiquei ligeiramente confuso com o que se tinha passado pois parecia ter acontecido algo.

Mas para variar eu já não sabia de nada do que se passava na vida dela. Estava a ser um mero espectador a ver a vida da rapariga que amava a distância e sinceramente estava a ficar farto destes sinais. Precisava de agir.

Isto começava a ser ridículo as atitudes que estávamos a ter. Não éramos mais crianças para estar com estas brincadeiras, e tínhamos tido tempo suficiente dos dois lados para curar as marcas que o Mount Weather nos tinha deixado e começarmos a apoiar um ao outro porque ninguém mais entenderia o que estava a passar na cabeça de cada um como nós entenderíamos.

Olhei para a rapariga morena a minha frente pronto para despedir-me dela quando senti os seus lábios nos meus apanhando-me de surpresa. Poucos segundos depois afasto a minha cara da sua levantando-me da mesa.

- Hally desculpa se te dei a ideia errada, mas...

-Tu não me vês dessa maneira... eu sei... tu ainda gostas da Sarah.

-Sim... desculpa.

Notei que a sua expressão havia ficado dececionada e triste enquanto eu me afastava dela pensando com certeza que tinha feito algo errado. Não a queria magoar, porém tinha de resolver um assunto que iria ser resolvido hoje e nunca iria responder os sentimentos que ela nutria por mim.

Andei em passos decididos pela Arka até finalmente parar a frente da porta do quarto dela. Respirei fundo por momentos olhando a mesma.

Nunca tinha sentido nervoso quando o assunto era raparigas, porém com a Sarah havia tido a primeira vez para muitos sentimentos que nunca tinha sentido com mais ninguém.

Bati a porta com firmeza.

Passado alguns segundos ouvi passos do outro lado da porta e ela abriu a porta.

Ela parecia cansada e como se tivesse andando a chorar.

Notei a surpresa no seu olhar, mas abriu espaço cedendo passagem.

Entrei com as minhas mãos nos bolsos observando o quarto dela antes de me virar de frente para ela encontrando o seu olhar intenso sobre mim.

- Precisamos de falar.

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As coisas vão começar a aquecer meus queridos por isso não desistam de mim que estamos na reta final desta fic mas mesmo assim obrigado pela paciência.

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