- Gente so um aviso! Esses dias lembrei de uma história adaptada de um livro parecido com esse, mas será uma história rápida.
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Anahi Puente só podia estar louca!
Era o que Alfonso Herrera estava pensando no momento em que ela lhe soltou seu novo plano de verão: perder sua virgindade!
Aproveitaria as férias para finalmente perder aquilo que a tornava única entre todas as garotas do terceiro ano, sua preciosa virgindade.
Alfonso era seu melhor amigo desde que o conhecera no castigo, quando um grupo de garotos foram pegos brigando e Anahi se intrometeu para ajudar o pobre menino franzino caído no chão, o qual Alfonso tinha acabado de surrar. Ele, três anos mais velho, na época estava no primeiro ano e ela o odiou por ter batido em alguém, mas depois de uma hora no castigo ouvindo suas piadas sem graça, ele a havia cativado.
Agora, ela estava com dezessete anos, saindo no terceiro ano e acabara de lhe contar o maior absurdo que já ouvora.
- Mas Poncho, sou a única virgem de minha sala - Murmurou chateada.
"Poncho", seu apelido carinhoso que apenas ela usava, era engraçado até.
- Any, entenda que não é por que algumas garotas já fizeram sexo que você tem que fazer também - Ele disse odiando o assunto. Ela era sua bebê, não podia ter relações ainda.
- Poncho eu estou muito certa de meu plano, e sei que vou conseguir. Carter McCarthy já me cortejou algumas vezes, até me chamou para assistir uma fita em sua casa no fim do mês, quando seus pais vão viajar.
Ele bufou enquanto o lanche chegou a mesa deles. Estavam no Big Mama, a lanchonete mais frequentada pelos jovens, onde Jane, a proprietária, comumente chamada de Mama, acabava de servi-los com cupcakes de coco e baunilha, os favoritos dos dois.
- Obrigado Mama - Ambos agradeceram já com a boca cheia.
- Voltando ao meu plano - Ela balbuciou - Só tenho que escolher o melhor pretendente.
O Moreno revirou os olhos - Você pelo menos sabe como é feito o sexo?
Ela corou - Ora Poncho, já li alguns livros e Maitê me contou como foi a primeira vez dela.
- Maitê não conta, é uma atirada desde nova.
- Não importa. Betty perdeu a dela faz duas semanas e disse que é melhor do que relatam nos livros - Ela piscou os olhos insinuante.
- Eu ainda não entendo por que tem essa pressa toda, é desnecessário.
- Se é desnecessário, por que perdeu a sua com a minha idade?
- Sou homem, é meu dever saber para instruir garotinhas como você - Piscou para a amiga.
- Quer dizer abusar ne? - Riu - Em fim, preciso que me ajude, quero saber como são os garotos, principalmente por que penso em fazer com alguém mais velho.
Alfonso engasgou - Mais velhos? Any, os caras da faculdade são mais experientes, não vão te ajudar. Seria um estupro!
- Poncho quieto! - Ela reclamou olhando ao redor. Sorte que ninguém ouvira.
A cidade de Jacobsville, Texas, era do tipo fofoqueira e intrometida, e a última coisa que queria, eram xeretas em seus planos para o verão. Seu pai morreria de horror se isso chegasse a seus ouvidos, ainda mais sua mãe, que odiava quando se intrometiam na vida dos filhos.
- Any, desista da ideia enquanto é tempo, por favor - Alfonso suplicou.
- Poncho sabe que não vou desistir dos meus planos - Ela disse firme.
Ele suspirou, apoiando o queixo largo na mão, olhando-a - Eu sei.
Fitou os longos cachos acobreados a sua frente, já o dobro do tamanho do verão passado, agora tocando sua cintura. Anahi sempre fora bonita, desde seus doze anos, era gordinha e esbanjava beleza com seus olhinhos verdes e uma risada gostosa, e com o passar dos anos tudo foi apenas se aperfeiçoando, e o verão passado fora o pior dos verões para Alfonso.
Ver a melhor amiga passar de adolescente para uma jovem mulher graciosa e perseguida pelos rapazes, alguns até mesmo amigos dele, a quem ameaçou a morte caso tocasse um dedo em Anahi.
- Poncho você não está me ouvindo - Reclamou, mastigando um restinho de coco em seu prato.
- Estou, quer saber quais dos meus amigos estariam dispostos a te ajudar - Respondeu simplesmente, sabendo que ela odiava quando viajava acordado e ainda assim prestava atenção em cada palavra.
- O odeio - Mas sorriu - E então?
- Nenhum deles.
- Oh Poncho, não está sendo razoável - Sua voz afinou-se numa súplica.
- Você é quem não está sendo razoável Any, pense comigo - Segurou suas mãos por cima da mesa, sem se incomodar em ver quem estava olhando. Andavam juntos desde novos e ninguém mais estranhava a boa amizade que conservavam.
- Está me pedindo para ajuda-la a perder algo muito precioso, algo que vai te marcar a vida toda.
- Não acredito que esta usando meu plano contra mim - Riu, mas sentida, pois sabia que era verdade - Ainda assim, eu quero.
- Tem que deixar acontecer Any. Você não vai morrer se permanecer virgem ate o casamento.
- Ou Deus, essa história de novo não! Nenhum de seus irmãos casou virgem, muito menos sua irmã - Lembrou que Alice estava grávida ao se casar no último ano da escola, há pouco mais de três anos.
- São detalhes! Ela quase não terminou os estudos.
- Detalhes Poncho! Não venha me dizer que sua sobrinha é um erro - Pressionou, sabendo que a pequena Ally era o amor de sua vida.
- Deixe minha sobrinha fora disso, ela é perfeita e você concorda comigo.
- É verdade. Mas não vamos despistar do assunto. Me apresente um de seus amigos, assim saberemos que será alguém de confiança.
- Any não posso te entregar assim de bandeja para os lobos, não pode me obrigar a participar disso.
Ela suspirou - Tudo bem então.
- Tudo bem? - Ele se espantou. Anahi nunca desistia de algo que queria muito.
- É tudo bem. Se não vai me apresentar algum amigo seu, eu mesma procurarei alguém.
- Oh Deus - Murmurou derrotado, ela definitivamente não desistiria. - Podemos conversar em outro momento? Por favor?
Ela riu - Claro, vou te dar um tempinho. Enquanto isso, vai jogar hoje?
Anahi referia-se aos jogos de futebol que acontecia aos sábados após o almoço, quando a maioria dos jovens dos três colégios se reuniam para uma distração, mas que trazia muita competição entre os times. Na maioria das vezes, Poncho jogava como atacante e quase sempre ganhavam, e ela sabia que naquele sábado não seria diferente.
- Vou sim. Você vai assistir não é? É meu amuleto, fiz uma aposta com os rapazes do time do Colégio Albatroz e não pretendo perder.
Ela sorriu - Claro que estarei lá, mas ainda acho que foi apenas uma coincidência as duas derrotas em que não assisti o jogo.
- Já disse que você me traz sorte, só ganho quando está presente e pretendo ganhar hoje - Convencido, arqueou as sobrancelhas para ela. Ele era supersticioso, não ao extremo, mas o suficiente para acreditar que só ganharia com a amiga lá.
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OneShots - AyA
FanfictionHistórias curtas sobre Anahi e Alfonso. Eu mesma escrevo as histórias, as vezes saem menores, as vezes muito maiores; não ha uma regra - Histórias Fictícias - Qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência