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- Eu ainda não entendi por que você me chamou nesse lugar tão isolado Tony.

Minha prima perguntou olhando para o parque vazio:

- Porque eu preciso de sua ajuda e não posso arriscar que alguém ouça o que tenho para falar.

- Está me deixando preocupada.

- Calma, eu preciso de ajuda com a Lisa.

- Então foi você quem fez aquilo no rosto dela?

- Claro que não July! Você sabe que não faria isso.

- O que é então?

- Não sei uma maneira fácil de te contar isso....é tão sórdido...

- Tony, para! Olha, você sabe que sou sua amiga, você está parecendo desesperado. Se acalme e comece.

Passei a mão no meu cabelo, olhei para minha prima:

- Eu comprei Lisa.

- Você O QUÊ?

- July!....falei baixo!

- Desculpe. Mas como assim assim a comprou?

- Jonas me levou a uma loja que aluga mulheres.

- Você? Mas Tony, você não gosta de prostituição.

- Eu sei, mas ele ficou me atormentando, e fui até lá para que ele parasse e quando vi já tinha comprado aquele garota.

- Não acredito.

- Eu também não, e agora ela está sendo minha submissa, mas quero ajudá - la.

- Como?

- Ela nasceu e foi criada naquele lugar, Lisa não conhece nada da nossa realidade.

- Quer que eu me aproxime dela?

- Quero, eu  gostaria que você a proporcionasse a ela os prazeres simples da vida.

- Pode deixar comigo.

- Não quero que a incentive a ser ousada!

- Está gostando dela?

- NÃO! Mas sabe como eu gosto de mulher.

- Tudo bem, agora me explique esse negócio de ter comprado essa garota?

- Eu surtei quando vi aquilo e quando vi já estava com o contrato de compra na mão.

- Por que você não denúncia esse lugar?

- Pensei em fazer isso, mas lembrei que o tamanho dessa máfia e tenho medo que façam alguma coisa com Lisa.

- Rasgue esse contrato.

- July, se eu fizer isso e alguém descobrir vão levá - la de novo para aquele lugar.

- Tony, o que fazem lá e horrível. Alguém tem que fazer alguma coisa.

- Eu sei, mas por enquanto ainda não sei como agir, não quero que aconteça nada de ruim com Lisa.

- Vou te ajudar.

- Obrigado.

Eu sabia que poderia contar com minha prima, ela era uma pessoa justa e não me julgaria pelo o que fiz. E afinal eu só queria fazer o bem para Lisa.

Cheguei em casa e ela estava me esperando com um sorriso lindo, me deu um beijo:

- Como foi seu dia?

Ela perguntou desfazendo o nó da minha gravata:

- Foi tranquilo, e o seu?

- Foi bom, li quase todo o livro que comecei ontem.

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