D E T E R M I N A Ç Ã O
D I A II
Pandora estava ferrada.
Digo, não que eu vá brigar com ela. Ah, longe disso. Eu só vou falar com ela, uma conversinha.
Tom havia chorado por ela. Ela não havia entendido as coisas direito e ainda defendeu a puta da Pietra. Ok, não era culpa dela, afinal os dois meio que "erraram" e deu no que deu. Mas isso não me impede de ficar brava porque nada nunca dá certo para eles. E sabe quem também sofre as consequências disso? Exatamente.
Harry tá bravo pois seu irmão está sofrendo. Ele chegou a falar que se a situação se tornar desgastante, ele vai convencer Tom à fazer uma viagem. Não o culpo. Eu faria a mesma coisa se visse que Pan estava sofrendo demais. Dar um tempo pra esfriar a cabeça as vezes era a melhor solução.
As vezes.
Agora a melhor solução seria eles simplesmente se acertarem, porque eu não acho que seria a mesma coisa se eles decidissem deixar todo esse drama pra lá e seguir com a amizade como se nada tivesse acontecido.
Eles haviam mudado. Mais cedo Pandora e Tom saíram e quando chegaram, estavam diferentes. Mãos dadas mas olhares afastados. Não se encararam. Não se abraçaram. Se despediram e cada um foi para seu quarto dormir. Era onze horas da manhã.
Eu fiz o mesmo. E agora, 21:00 acordei com o curisco no corpo.
Entrei como um furacão no quarto de Pandora, encontrando a mesma esparramada feito uma rã na cama. A maldita tinha uma cama de casal enorme, sendo que era a coisa mais pequena que eu tinha visto com vida depois das formigas.
— Vamos conversar. — me joguei em sua cama com a barriga em sua bunda. Ela gemeu, se mexendo. Ouvi algo estalar. — Credo, sua doritos albina.
— Você não tem um pingo de respeito por mim. — murmurou sonolenta, se virando na cama e me empurrando até eu parar em seus pés. Me sentei, a observando.
— Você não tem um pingo de respeito por mim. — repeti, fazendo uma voz infantil. Pandora riu, se sentando de frente pra mim e coçando um olho. Estava com roupa de caminhar, o cabelo preso em um rabo de cavalo e com a cara inchada. — Você chorou?
— Isso vem ao caso? — perguntou ficando mau humorada. É, ela chorou.
Suspirei, me aproximando da menina raivosa que estava na minha frente e a abracei, empurrando seu corpo para se deitar na cama comigo. Ela não relutou, mas tampouco retribuiu o abraço.
— Você o ama? — perguntei, indo direto ao ponto. O rosto de Pandora estava em meu peito e uns instantes depois senti minha blusa molhada.
— Sim, o amo muito. — sussurrou com a voz embargada. Esticou os braços e me abraçou, escondendo o rosto de mim. — Mas eu tenho tanto, tanto medo. E no meio desse medo todo eu acabo o machucando.
— Mas você se machucou também, não é? — coloquei minha mão em seu cabelo, fazendo carinho no mesmo. Eu queria deixar ela chorar, já que era isso que ela queria fazer, mas me dava agonia vê-la mal.
— Depois da briga eu fiquei muito mal, não minto. — fungou, dando uma pausa como se pensasse em algo. — Eu acho que nunca senti uma dor igual aquela. Tudo bem, foi minha culpa também pois eu posso ter entendido as coisas do jeito errado, mas... — se ajeitou, passando uma das mãos no rosto. — Eu chorei demais. Eu quis ligar para minha mãe me buscar naquele momento, me tirar daqui. Eu tive medo de perder Thomas para sempre e eu não queria estar aqui pra vê-lo me rejeitar.
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Seven Days - Tom Holland [✓]
FanfictionEssa história é de como eu me apaixonei por Thomas Stanley Holland. Mais precisamente... Como eu percebi que era apaixonada por ele antes mesmo de beijá-lo. Meu nome é Pandora Riviera e eu quebrei meu coração em 7 minutos. Deus criou o mundo em 7...