Reconhecimento Merecido

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×Visão de Finn

– Então você corre por aqui? – Hans pergunta, se sentando ao meu lado, enquanto eu descansava.

– O que você quer, Hans? – pergunto, ficando de pé e ele fica também.

– Fora você? – ele pergunta, passando a mão pelo meu braço e depois tentando passar pelo meu peito, mas eu me distancio, evitando aquele contato.

– Fala logo, tô com pressa.

– Você mente agora? – Hans pergunta e eu o encaro.

– O que?

– Eu pesquisei sobre o autismo... não sentir impulsos de mentir parece poético.

– Eu não estou mentindo quando digo que estou com pressa. – falo, passando por ele.

– Sei... – responde em baixo tom. – Finn, você consegue comer alguém em pé? – paro de andar, me virando pra ele.

– O que? 

– É que eu conheço um lugar, é bem discreto, mas só funcionará se for em pé, o que acha? – Hans pergunta e eu fico incrédulo.

– Que você tem sérios problemas.

– Finn... espera... – ele fala, segurando meu pulso, mas eu me solto. – Tudo bem, eu desisto. 

– Não acredito em você, Hans. – falo, de forma séria.

– Tudo bem, você pode não acreditar, mas eu falo sério. Pensei que você fosse como outras pessoas que conheci. – Hans fala, colocando a mão atrás da cabeça e coçando-a.

– Não sou. 

– Eu sei, você é especial, você é lindo... – Hans se aproxima e eu dou alguns passos para trás.

– Sou noivo e vou me casar com um homem que amo. – Hans revira os olhos.

– Finn... – ele me chama mais uma vez.

– E se eu fosse você, ficaria longe e pararia de me encarar, afinal já tenho um relacionamento e estou muito bem satisfeito com ele.

Saio correndo pela cidade para me exercitar naquela tarde calma e fresca em Denver. Acabei por tirar fotos com algumas pessoas, geralmente eram pessoas de outros países que nunca tinham me visto ou me encontrado na rua, afinal quem mora no Colorado mesmo já tem costume de me encontrar.

Decidi não em casa cedo, afinal Aaron disse que iria gravar pro canal e eu não queria atrapalhá-lo. Acabei me decidindo e indo na casa de Emma e quando cheguei lá, tive uma surpresa engraçada: o delegado Dominic estava lá, lanchando com ela.

– Oi, Finn. – o delegado fala quando entro e eu olho para Emma, olhando para ele em seguida.

– O que você faz aqui? – pergunto.

– Não fale assim com ele, ele tá me ajudando muito, então eu o chamei para um café. – Emma fala e eu percebo que ela segura o riso.

– Sei. 

– Vou colocar pra você também. – Emma diz, indo até a cafeteira.

– Primeiro vou lavar meu rosto... – falo, andando até o banheiro.

– Tava correndo? – Emma pergunta.

– Passei a tarde toda assim.

– Tô vendo, sua camisa esta ensopada de suor. – ela fala, quando volto para a cozinha.

– E vocês, fizeram o que? – pergunto, observando os dois com o olhar semicerrado.

– Conversamos... o Dominic estava me falando sobre a filha dele. – Emma explica.

Aquele Piloto (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora