×Visão de Finn
– Eu vi a sua entrevista com o Aaron, estão de parabéns... bem namorados... – Dylan fala, surgindo na oficina.
– É, estamos namorando oficialmente. – digo, enquanto faço reparo em um carro.
– E você vai na festa de aniversário da minha mãe com ele? – eu estranho.
– Ele não me falou nada ainda.
– Ah, desculpa. Eu não sabia, pensei que conversassem sobre tudo.
– Conversamos, Dylan. Se ele não me disse acredito que quem não é importante, é o próprio evento. – respondo e ele fica quieto.
Continuei fazendo os reparos naquele carro. Já tinham se passado algumas semanas desde que eu comecei a trabalhar naquele lugar e cada vez surgiam mais clientes atrás dos meus serviços. Isso aconteceu, por causa da fama que eu tinha recebido de ótimo mecânico – até porque a maior parte dos clientes era constituída por homens com mais de 40 anos que não tinham muito interesse em fofoca virtual, então muitos deles vinham por recomendação de amigos e não por causa dos últimos escândalos.
Felizmente, minha rotina estava no lugar novamente durante a semana. Eu acordava de manhã, tomava café com Emma e ia trabalhar. Na oficina, trabalhava agora até antes do fim da tarde e quando saía, voltava para casa pra tomar um banho e sair pra correr, quando Aaron não me convencia de ir vê-lo apenas para ficarmos juntos.
Eu estava começando a me segurar de ir lá todos os dias, porque ele tinha que se concentrar na aproximação do jogo e na escola, não queria ocupar todo seu tempo livre, mas é claro que ele achou uma forma de fazer com que eu aceitasse vê-lo quando eu queria que ele treinasse: Aaron me pedia para treiná-lo.
Fazia Aaron treinar saltos, musculação e tudo o que ele precisava. Às vezes começávamos à tarde, quando ele saia da escola e eu do trabalho e terminávamos de madrugada, mas tudo para manter seu desempenho – afinal, agora que parte de seu time tinha sido afastado, eles precisavam ainda mais de um líder ativo e resiliente.
Ele acabou por começar um canal no Youtube, postando sua rotina de treino na escola e em casa, para quem gostava de vê-lo treinar e jogar, mas o canal cresceu e ele também começou a postar vídeos sobre alguns assuntos que ele queria discutir e alguns dias da nossa rotina juntos. Eu ainda estava sem redes sociais ou coisa do tipo e foi em um dia que estávamos na minha casa que ele me ajudou a criar minha conta no Instagram.
– Mas pra que serve uma conta que só se posta fotos? – pergunto, enquanto estamos sentados lado a lado na cama.
– Serve pra você ganhar visibilidade, fazer amigos... – Aaron fala, mas ainda assim não vejo muita necessidade de ter.
– Mostrar o quão a sua vida é boa, mesmo não sendo? – ele me olha, sorrindo em seguida.
– Isso também. – Aaron fala. – Vem aqui, vamos tirar uma foto pro seu perfil. – me chama e eu vejo que seu celular está desbloqueado e aberto no seu perfil. Pego o celular e olho um pouco da sua conta.
– Você tem 4 milhões de seguidores? É muita coisa.
– É porque eu posto muito ensaio fotográfico e stories do meu dia de treino.
– Nunca namorou ninguém dos seus seguidores?
– Não, que eu me lembre. Eu já namorei antes, mas não foi nada que eu quisesse levar pro resto da minha vida como é com você. – sorrio.
– Entendi. – coloco seu celular de lado.
– Vem aqui. – ele me puxa.
O primeiro passo foi tirar a minha foto de perfil. Aaron se sentou de frente pra mim e me pediu para olhá-lo. Eu apenas fiz o que ele me pediu e depois de tirar a tal foto ele me olhou e veio me beijar.
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Aquele Piloto (Romance Gay)
RomanceAaron é jogador de futebol americano em uma escola particular de adolescentes importantes em Colorado (US). Astro do time e filho de político, ele ostenta uma vida regada a muito dinheiro e estabilidade financeira, mas se vê em um funil de sentiment...