×Visão de Finn
– VÃO! – A menina grita e por segundos a única coisa que se ouve é o som dos pneus contra o asfalto.
Eu evitava olhar pelos retrovisores, enquanto corria no espaço curto das ruas do subúrbio. Ao meu lado, pude ver que Dylan conseguiu passar na frente, mas ele, com outros dois caras, acabaram escorregando em uma poça de óleo logo na frente, mostrando-me onde não deveria passar.
Esses três carros se bateram, foram na direção deles outros três que estavam atrás de mim e terminaram o acidente, mas ainda assim pude ver que o carro de Dylan foi o menos afetado, tanto que ele logo voltou a corrida. Os outros que vieram depois provavelmente não viram que eles tinham batido, mas isso ai não é problema meu.
Atrás de mim vieram duas caminhonetes, e depois de vê-las rapidamente eu logo voltei a atenção para a pista, afinal eu precisava ver com urgência onde estava indo para evitar óleo na pista e não derrapar.
A cada curva meu coração batia mais forte e a cada derrapada proposital, eu sentia que meu corpo reagia com impulsos de felicidade, mostrando o meu amor pelo o que fazia. Para a minha surpresa, logo Dylan apareceu ao meu lado novamente e quando o olhei, ele sorriu. Ele deveria ter pegado algum atalho e eu estava feliz de ver que ele estava ao meu lado, mas enquanto a última e mais longa curva era pra esquerda, eu fui para a direita.
Dylan pareceu não entender e seguiu, mas eu sabia que pra onde ele estava indo tinha uma margem grande de perder o tempo da curva e encontrar algum muro ou poste. Por onde eu estava indo, tinha uma viela que ligava rapidamente a pista de chegada, além de ser mais rápida era mais segura.
Passados alguns segundos, eu fui o primeiro a chegar, com os olhos atentos de todos que esperavam os carros que estavam participando da corrida. Logo em seguida as duas caminhonetes chegaram, mas nada de Dylan.
– Onde ele esta!? – pergunto, descendo do carro e batendo a porta dele.
– Ele bateu... – um dos homens que dirigia uma das caminhonetes fala, quando me aproximo dele.
– Onde?
– Lá atrás... – o outro dos homens fala e eu entro no meu carro novamente, voltando no percurso, procurando o carro de Dylan.
Quando o encontro, desço do meu carro e vou até o dele. Chegando mais próximo, percebo que ele está desmaiado e que em sua testa desce sangue de um ferimento. Eu, então, abri a porta do carro, tirei seu cinto e o peguei desmaiado no colo, levando até o meu carro e o colocando no banco de trás. Em alguns segundos apareceram mais algumas pessoas curiosas para olhar o que tinha acontecido.
– Ele vai ficar bem? – um dos corredores me pergunta, enquanto eu fecho a porta do meu carro.
– Vai sobreviver. – falo, indo até o carro de Dylan.
Quando chego em seu carro eu entro, tiro a chave dele da ignição e fecho tudo, trancando o carro em seguida. A moça que marcou minha chegada e ia me entregar o prêmio se aproxima com o pacote nas mãos e me joga ele, sem dizer nada.
– Vai ajudar ele? – ela pergunta.
– Já estou ajudando. – respondo para a moça e entro no meu carro, coloco o dinheiro no porta-luvas. Dou uma olhada rápida para Dylan desmaiado no meu banco de trás e em seguida saio dali.
×°×
– Onde eu estou? – Dylan fala, acordando atordoado.
– Calma aí, você tá seguro...
– O que aconteceu? Que dor de cabeça do caralho... – ele reclama, colocando a mão onde já tinha o curativo.
Eu tinha trazido Dylan pra minha casa, pois não sabia onde ele morava. Fiz um curativo para seu machucado e o deixei dormir na minha cama. Eu acabei indo dormir no sofá, mas assim que acordei, voltei para meu quarto, para evitar as perguntas de Emma de manhã. Eu acabei ficando a manhã inteira sentado no meu banco, esperando ele acordar.
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Aquele Piloto (Romance Gay)
RomanceAaron é jogador de futebol americano em uma escola particular de adolescentes importantes em Colorado (US). Astro do time e filho de político, ele ostenta uma vida regada a muito dinheiro e estabilidade financeira, mas se vê em um funil de sentiment...