×Visão de Aaron
– Você tá inquieto, desde manhã. – falo para Finn e ele se senta no canto da cama, me olhando em seguida.
– Amor, eu só tô nervoso. – responde e eu o observo mais um pouco. Ele se levanta em seguida e Dá uma volta pelo quarto.
– Por quê? – Finn vem até mim, se sentando na cama novamente. Era uma segunda feira, ele estava nervoso e ainda estava arrumado para a corrida que deveria fazer, mas não fez.
– Você vai descobrir hoje, por favor, não faz isso comigo. – ele fala e eu continuo avaliando-o.
– Tudo bem, se não confia em mim, não parecia falar. – rebato, fazendo chantagem emocional, eu queria saber o que estava acontecendo.
– Aaron... – Finn tenta falar, mas eu pego meu celular e começo a mexer nele.
– Tá. – digo, sem olhá-lo e ele respira fundo.
– Nesses dias que se passaram o Jamal descobriu mais coisas sobre a Elaine e Hans. – Finn fala e eu o encaro por alguns segundos, colocando o celular de lado.
– Como, por exemplo? – pergunto, esperando que ele termine. Finn então respira fundo mais uma vez, se rendendo.
– Ela já prestou queixa contra o Hans por agressão. – ele fala e eu me ajeito na cama.
– E o que vamos fazer? – pergunto e ele me encara por alguns segundos.
– Você, nada. – eu o encaro. – O Jamal descobriu alguns esquemas que o Hans fez de estelionato aqui nos Estados Unidos e quer fazê-lo confessar, mas só eu ou você somos capazes de fazer com que ele confesse.
– Eu faço. – falo e ele me olha.
– Não, amor... eu que vou fazer. Você não tem paciência pra isso. – Finn fala e eu me vejo em uma situação delicada, mas não iria deixar Finn com Hans nem que fosse por minutos sozinhos.
– Amor... – me aproximo dele e toco seu rosto, fazendo com que ele me olhe nos olhos. – Eu, mais do que todos, quero ver esse cara pagar por tudo o que ele fez. Eu faço. – ele confirma com a cabeça, ainda desconfiado e reprovando aquilo.
No horário do jantar Finn e eu nos arrumamos normalmente de forma elegante, para ir até o lugar. Na entrada, tinham diversos paparazzi que tiraram fotos nossas como sempre faziam, mas com o tempo deixava de ser algo extremamente chamativo então raramente iria sair dali alguma reportagem ou alguma matéria sobre nós.
Quando entramos no salão, percebemos que o lugar estava muito bem decorado e que tinham diversas pessoas bem influentes nele. Cumprimentei Ellen, que para a minha surpresa estava com Rosie. Elas provavelmente já tinham reatado o namoro, pois tudo parecia estar em ordem e outros convidados, como Emma e Dominic, mas Dominic não estava exatamente como convidado.
De longe, vi Hans, sentado junto com Dylan na mesa que eu me sentaria com Finn, já que era a mesa da minha família. Eles conversavam o que parecia ser um papo interminável, mas bastou me verem para o papo desaparecer e dar espaço para que eles me encarassem durante todo o tempo que andei com Finn pelo salão. Aqueles olhares não me incomodaram por eu saber que estavam sendo direcionados a Finn, mas foi pior do que isso, já que eu me sentia extremamente desconfortável ali, como se algo horrível fosse acontecer aquela noite.
Me sentei com Finn de frente para os dois na mesa, mas assim que nos sentamos Finn me puxou para uma selfie, beijando meu rosto e me arrancando um sorriso. Eu não sabia exatamente se ele conseguia fingir que não ligava ou se ele realmente não ligava para a presença dos dois, mas todos os meus pensamentos sumiram quando meu pai apareceu no palco do lugar, junto de Elaine.
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Aquele Piloto (Romance Gay)
RomansaAaron é jogador de futebol americano em uma escola particular de adolescentes importantes em Colorado (US). Astro do time e filho de político, ele ostenta uma vida regada a muito dinheiro e estabilidade financeira, mas se vê em um funil de sentiment...